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Original para a Internet

A oração silenciosa e a coragem para tomar posição

Da edição de fevereiro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 2 de janeiro de 2019.



A oração silenciosa pode trazer confiança e coragem a todo aquele que esteja disposto a seguir os passos de Cristo Jesus e a curar da maneira como ele ensinou seus seguidores a fazer. Jesus muitas vezes se recolhia a um local silencioso e isolado para comungar com seu Pai, Deus, em oração. Suas devotas orações solidificavam sua confiança em Deus e davam-lhe força e coragem espiritual para enfrentar pensamentos antagônicos, que lhe faziam oposição. Assim ele podia curar os doentes e pecadores.

A oração silenciosa é uma maneira de aprender mais a respeito de Deus e de nós mesmos. Uma conversa com Deus, honesta, franca e atenta, pode nos levar a reivindicar o que é bom e verdadeiro, e nos habilita a desarraigar os pensamentos destrutivos e acabar com eles. Na oração silenciosa, quando nos abrimos para a revelação do bem e do poder de Deus para purificar nossos pensamentos, nós nos tornamos mental e espiritualmente fortes.

Em sua autobiografia, Retrospecção e Introspecção, Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, observou três qualidades que elevam nosso pensamento, e também inspiram coragem e ações corretas. Ela escreveu: “O método do Cristo, para elevar o pensamento humano e comunicar a Verdade divina, melhor se manifesta espiritualmente em poder estacionário, quietude e força; e quando assimilamos esse ideal espiritual, ele se torna o modelo para a ação humana” (p. 93). Essas qualidades são especialmente relevantes quando oramos. Há muitos anos, aprendi algo sobre como corajosamente tomar posição em prol daquilo que é certo e bom, aplicando, ao orar, essas três qualidades.

Poder estacionário

As palavras estacionário e poder são naturalmente compatíveis. Algo estacionário é constante, permanente, confiável. A Bíblia fala em estarmos “arraigados e alicerçados em amor” (Efésios 3:17), o amor de Deus, por meio da fé sincera no Cristo. Também diz que Deus concedeu-nos o espírito “de poder, [e] de amor” (2 Timóteo 1:7). De fato, somos eternamente um com Deus como Sua imagem e semelhança espiritual. Não podemos nunca estar desarraigados nem separados do poder e da riqueza do amor de Deus por nós.

A onipresença estável e estacionária do Amor divino, que lança fora o medo, é um lembrete constante e revigorante de que estamos envoltos pelo Amor e refletimos o Amor, e de que Deus nos concedeu Suas qualidades espirituais, como alegria, paz, liberdade, pureza, harmonia e inteireza, para que as expressemos. A compreensão dessa verdade eleva nossos pensamentos, deixando atrás as crenças desordenadas e encontrando a clara e harmoniosa realidade espiritual do existir. Com essa compreensão, ficamos menos preocupados com nossa própria habilidade e mais voltados a estarmos fundamentados com firmeza nas verdades espirituais. Então, cedemos naturalmente à força poderosa, segura e espiritual do amor imparcial de Deus, que nos capacita a enfrentar e a corrigir os desafios em nossa vida e a curar. 

Quietude

Neste mundo corrido e geralmente frenético, encontrar um local silencioso para orar pode ser um desafio. Contudo, a quietude é basicamente mental, e podemos aprender a tornar-nos mentalmente silenciosos, mantendo com disciplina nosso desejo de fazer isso, e cedendo à paz espiritual que Deus expressa em nós. A quietude nos incentiva a estabelecer o poder estacionário em nossos pensamentos. Por meio dessa quietude, uma convicção honesta do bem e da verdade vêm à tona em nossas orações, de modo que nossos pensamentos não ficam agitados pela obstinação, pressão, nem opiniões ou crenças humanas; podemos dar atenção ao que Deus está expressando, as mensagens angelicais e suaves de Deus, que sempre trazem um senso palpável de paz.

Força

Como explica o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy, “A obediência à Verdade dá ao homem poder e força” (p. 183). Nossa força espiritual natural é estimulada e desenvolvida com a nossa obediência a Deus, e por cedermos à verdade daquilo que de fato somos, ou seja, ideias espirituais de Deus, que refletem e expressam inteligência e amor.

Constatei que, quando o poder estacionário, a quietude e a força se tornam o padrão de nossas orações, eles nos inspiram, resultando em melhorias maravilhosas em nosso caráter humano e na nossa vivência.

Quando fui entrevistada para meu primeiro emprego de professora, fui informada, com bastante firmeza, de que uma mulher não daria conta do trabalho, que eu era muito jovem e inexperiente, e que minhas habilidades não eram adequadas para esse ambiente difícil.

Esses comentários humilhantes quase destruíram minha confiança. Fiquei muito triste. Mas Deus estava bem ali comigo. Logo depois de dizer tudo isso, a entrevistadora precisou sair da sala. De repente, eu tive oportunidade de ficar sozinha com Deus e ter alguns minutos de quietude em oração silenciosa.

Na solidão da sala, senti o que parecia ser uma grande conversa com Deus. Comecei minha oração expressando o poder estacionário, volvendo meus pensamentos e coração à onipotência de Deus, o Amor divino, e focando nessa verdade. Eu sabia que Deus dá a cada um de nós a habilidade inata de vigiar nossos pensamentos e de negar todas as mentiras do mal como sendo irreais e falsas. Para mim, ficar estacionária significava permanecer em comunhão consciente com o poder da Mente divina. Às vezes, oramos, e logo dizemos: “Pronto, orei. Já fiz o que tinha de fazer”. Mas é exatamente nesse momento que precisamos ser mais firmes em nossas orações, e não hesitar até que sintamos uma paz total, que purifica nossa consciência. Eu sabia que Deus está sempre presente e, portanto, estava ali comigo, e eu não ia desistir da presença e do poder do Amor.

Uma grande calma tomou conta de mim, completamente, e percebi que eu estava sorrindo quando a entrevistadora voltou à sala.

Para isso, eu tinha de ficar quieta. Eu sabia que a quietude exigia um calmo silenciar dos meus pensamentos. Determinei que não permitiria que os problemas e preocupações do momento invadissem minha consciência. Isso só me causaria distração, medo, ou raiva. Decidi silenciar as preocupações sobre a possibilidade de injustiça na decisão de contratação desse empregador, sobre minha necessidade de um emprego, e até mesmo sobre meu estômago, que estava roncando. Reivindiquei meu direito divino de paz, exatamente naquele momento. Fui persistente ao reivindicar a quietude como meu direito divino. E venci a batalha. Ouvi e senti esta verdade: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” (Salmos 46:10).

Por meio dessa oração, encontrei força para me manter firme na minha convicção de que somente Deus governa minha vida e de que eu estava pronta para o que quer que Deus tivesse preparado e estivesse desdobrando para mim. Esse raciocínio espiritual foi muito bom e tranquilizador. Encontrei força para raciocinar no lado do Espírito, Deus, negar qualquer pensamento de que eu fosse incapaz ou inferior, e confiar na direção todo-poderosa da Mente divina. Como nos instrui Ciência e Saúde: “Faz tua defesa com uma convicção sincera da verdade e uma percepção clara do efeito invariável, infalível e inquestionável da Ciência divina” (p. 418).

Uma grande calma tomou conta de mim, completamente, e percebi que eu estava sorrindo, quando a entrevistadora voltou à sala. Eu não estava mais reagindo, mas sim, respondendo com força espiritual, paz e alegria. Para minha surpresa, o pensamento dela aparentemente mudara o suficiente para ela me informar que o superintendente do distrito escolar estava ali e queria conversar comigo. O resultado dessa conversa foi uma oferta para o meu primeiro emprego de professora em tempo integral, o que acabou por me abençoar com muitas oportunidades de colocar em prática a oração corajosa de confrontar o que estava errado e permanecer firme no que era correto.

Essa era a prova positiva de que, quando raciocinamos espiritualmente e oramos com o poder estacionário, a quietude e a força, esse curso de ação apoiado espiritualmente nos leva, a nós e aos outros, a uma posição moral mais elevada. Sou imensamente grata por ter aprendido essa lição de coragem moral e ter provado o poder e a eficácia da oração silenciosa com base na Verdade.

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