Faz tempo que eu queria dar este testemunho e espero que ele ajude a trazer inspiração e cura para outras pessoas.
Quando eu era criança, recebi o diagnóstico de asma e enfisema pulmonar. Minha mãe era Cientista Cristã, mas como naquela época meu pai não era (embora ele frequentasse a igreja conosco), o tratamento foi pela medicina. Entretanto, esses dois problemas físicos persistiam e quando eles se agravavam minha mãe com muito amor e firmeza compartilhava as verdades espirituais que ela aprendera na Ciência Cristã, e isso aliviava o desconforto. Uma das minhas ideias favoritas é que nós não somos essencialmente seres materiais, mas somos a expressão espiritual de Deus, o Amor divino e, portanto, expressamos com naturalidade a harmonia e o bem.
Depois do ensino médio fui estudar em uma escola de balé na França. Todavia, a dificuldade de respirar me impedia de participar plenamente do programa. A escola exigiu que eu consultasse um médico, que cordialmente prescreveu uma lista de remédios.
Mas eu queria fazer mais do que apenas controlar os sintomas e sabia, devido às experiências anteriores, que a Ciência Cristã poderia me trazer a cura permanente. Então, em vez de usar a receita médica, entrei em contato com um membro da igreja da Ciência Cristã, que eu já vinha frequentando naquela cidade, e pedi a esse membro um tratamento pela Ciência Cristã.
Essa pessoa concordou em orar por mim e eu tive a convicção de que ela não me via como um mortal lutando com um problema físico, mas como filho perfeito de Deus, ou seja, que eu era Seu filho espiritual e completo. Ficou claro para mim que, como filho espiritual de Deus, eu jamais poderia sofrer de um impedimento na forma de uma incapacidade funcional. Deus, o Espírito, é sempre ativo, onipresente e todo-poderoso.
Pensei em uma cura anterior, que fora um marco no meu progresso espiritual. Eu tinha sido curado instantaneamente de sintomas de gripe, ao orar e compreender a verdade desta passagem da Bíblia: “Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido” (Salmos 91:7). Eu estava totalmente confiante de que neste caso também eu seria curado e não importava como parecesse ser o quadro material ou quão agressivo ele se apresentasse, ele nunca havia tocado minha verdadeira identidade como filho de Deus. Compreender que o poder e o bem de Deus são supremos nos permite vivenciar algo sobre esse fato em nosso dia a dia.
Ficou comprovado que esse fato era verdadeiro quando fui almoçar na casa dessa senhora da igreja, e do marido, e tive a oportunidade de sair para passear com seus dois cães, enquanto o almoço estava sendo preparado. Veio-me o pensamento de que eu jamais conseguiria acompanhar esses dois cães cheios de energia. Mas eu disse: “Não!” a essa sugestão mental, compreendendo que o filho de Deus não poderia se limitar de forma nenhuma.
Eu me lembrei de uma de minhas frases favoritas da Bíblia: “...os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias; correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaias 40:31). Também pensei nesta afirmação do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, que se refere a Deus como a Mente divina: “A Mente é a fonte de todo o movimento, e não existe inércia que lhe retarde ou impeça a ação perpétua e harmoniosa” (p. 283). Essas ideias me lembraram de que a liberdade de movimentos é o direito natural de todos, dado por Deus, e nossa capacidade de expressar essa liberdade realmente não pode ser limitada de nenhum modo, em nenhuma ocasião. A alegria de demonstrar e vivenciar isso é nossa, sempre.
Consegui facilmente completar e até mesmo desfrutar da caminhada, e gostei de ver a exuberância dos cachorros. Depois de uma extraordinária refeição francesa, voltei para casa de ônibus, e então, sem dificuldade, caminhei de volta para o meu dormitório. Foi delicioso e fiquei muito grato por esse progresso!
A cura final ocorreu enquanto eu estava na igreja, uma semana depois. Senti uma recaída daqueles sintomas e imediatamente os rejeitei como falsos, reivindicando minha condição de perfeição espiritual. Instantaneamente me senti muito bem e calmo. Consegui respirar livremente. Um minuto antes eu estava lutando e no minuto seguinte estava completamente livre. Depois do culto, essa senhora amiga e eu nos regozijamos. Daí em diante os sintomas nunca mais voltaram.
Pude voltar ao programa de balé em tempo integral, e mais tarde dancei profissionalmente, tanto balé quanto dança moderna. Isso aconteceu há quarenta anos e ficou comprovado que a cura foi permanente.
Lembro-me do comentário que meu pai fazia todas as semanas ao compartilhar as curas e ideias inspiradoras nas reuniões de testemunhos às quartas-feiras: “Eu verdadeiramente amo a Ciência Cristã”. Mais tarde, ele se tornou membro tanto dA Igreja Mãe como da nossa igreja local. Diariamente agradeço a Deus, pela Ciência Cristã, pelos amorosos e dedicados praticistas da Ciência Cristã e pelos professores da Escola Dominical, pelos vários recursos que são postos à nossa disposição pelA Igreja Mãe, e pelas igrejas filiais que eu frequentei, cujos membros só me ofereceram apoio e amor.
É de admirar que eu tenha dedicado minha carreira à dança? Acredito que cada dia que eu ensino, coordeno, faço coreografias ou tenho aulas, é prova viva da eficácia da Ciência Cristã e uma expressão e demonstração da cura e da liberdade concedidas por Deus, que recebi já faz muitos anos. Que maravilhosa e jubilosa manifestação da Alma e do Espírito divino!
Dean Speer 
Seattle, Washington, EUA
    