Para mim, não há dúvida de que é muito poderosa a verdade declarada nos cultos realizados nas igrejas da Ciência Cristã.
Em maio de 2018, sendo Primeira Leitora, eu conduzia o culto da noite em minha igreja filial e meu marido recebeu o chamado do nosso filho de dezenove anos, David, contando que ele dormira ao volante, enquanto vinha para casa de volta da faculdade, que fica em outro estado. Ele acordou quando o carro estava capotando, pouco antes de bater contra uma barra de concreto no acostamento da estrada.
Ele estava ligando para dizer que estava bem. Contou que alguns funcionários do corpo de bombeiros, que estavam atrás dele na estrada, viram o que aconteceu e imediatamente pararam para prestar socorro. Outro motorista também parou e logo chegou um agente da polícia rodoviária. Todos ajudaram nosso filho a tirar vários pertences do carro e pô-los nos carros deles e um caminhão-guincho rebocou o carro. Essas pessoas esperaram com ele durante duas horas, até meu marido chegar lá.
Antes de os dois chegarem em casa, eu liguei para um Praticista da Ciência Cristã para orar conosco. Conversamos sobre diversos pontos importantes. Primeiro, entendemos que David era o inocente filho espiritual de Deus. Em meu estudo da Ciência Cristã, eu aprendera que o homem não é um filho de Deus que caiu em pecado, mas é a permanente imagem e semelhança de seu Criador, como está declarado no primeiro capítulo do Gênesis.
Segundo, nós afirmamos que, como reflexo de Deus, que é a Mente divina única, o homem expressa vigilância, portanto, não poderia ter havido um momento sequer em que o homem não estivesse desperto. A Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, escreve em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Deus nunca dorme, e Sua semelhança jamais sonha” (p. 249).
Por último, afirmamos que meu filho e nossa família não poderiam sofrer nenhum impacto devido ao acontecido. Ciência e Saúde afirma: “Os acidentes são desconhecidos para Deus, a Mente imortal...” (p. 424) portanto, eles têm de ser desconhecidos para o homem e não haveria nenhuma sequela mental de algo que na realidade jamais acontecera aos olhos de Deus. Para enfrentar o medo que eu senti por meu filho ter estado em perigo, orei especificamente para compreender que o seu existir sempre esteve intacto na Vida divina, porque sua vida era e é completamente espiritual, independente da matéria.
Quando David e o pai chegaram em casa, tarde da noite, vi que o rapaz de fato não tinha nenhum arranhão. Afirmamos que também não poderia haver nenhuma sequela mental. Ele disse que não tivera medo algum durante essa experiência.
Na manhã seguinte, orei com algumas ideias do artigo “O ‘cheiro de fogo’ ” de Louise Knight Wheatley, da edição de março de 1920 do The Christian Science Journal*. O título desse artigo foi tirado do relato bíblico sobre os três hebreus cativos que foram lançados na fornalha ardente pelo rei Nabucodonosor, porque se recusaram a adorar uma imagem de ouro (ver Daniel, capítulo 3). Não somente eles saíram ilesos do fogo, mas suas roupas não tinham sequer o cheiro do fogo. A lealdade em adorar o único Deus provou ser uma proteção, e a vida deles foi preservada. Louise Wheatley escreve: “O ‘cheiro de fogo’ é o reconhecimento de que algo ruim aconteceu. Significa que o mal tem um histórico”. Essa ideia lembrou-me desta afirmação da Sra. Eddy, em Retrospecção e Introspecção: “É preciso revisar a história humana, e o registro material precisa ser totalmente apagado” (p. 22). Afirmei que a única coisa que poderia ter acontecido na experiência de David era o Amor divino cuidando de sua ideia. Ele estava, como diz Ciência e Saúde, “revestido com a armadura do Amor” (p. 571), sempre estivera com essa armadura e sempre estaria, tal como os hebreus cativos do relato bíblico.
David e eu conversamos a respeito do fato de que ficar ileso em um acidente grave não é um milagre, mas sim é o resultado natural da lei do amor de Deus. Quando reconhecemos o fato de que somos governados e protegidos pela lei divina do bem, o único resultado possível é a harmonia na nossa experiência.
Esta citação de Ciência e Saúde realmente me chamou a atenção: “Considerando espiritualmente sua sequência, o livro do Gênesis é a história da falsa imagem de Deus, denominada pecador mortal. Essa inversão da imagem refletida do existir, focalizada corretamente, tem o propósito de sugerir o verdadeiro reflexo de Deus e a realidade espiritual do homem, como aparecem no primeiro capítulo do Gênesis” (p. 502). A definição de um dicionário para inversão é: “desvio; o que diverge de sua origem”. Oba! Afirmei que David nunca poderia ter se desviado ou divergido de sua origem, Deus. O reflexo tem de ser obediente ao seu original, não tem outra escolha, é simplesmente fiel à sua origem, mantido por ela e inseparável dela.
Um dia depois, David disse que estava sentindo um desconforto no pescoço. O praticista nos ajudou a negar que esse “cheiro de fogo” poderia prolongar-se na experiência de meu filho. Afirmamos que o homem expressa espiritualmente as qualidades de flexibilidade e elasticidade e por isso nenhuma circunstância adversa poderia atingi-lo ou deixar uma marca, nem no corpo nem no pensamento. Dentro de dois dias, o desconforto no pescoço desapareceu completamente e jamais retornou.
Na semana seguinte, entramos em contato com a polícia rodoviária estadual e foi confirmado que eles não haviam emitido nenhum boletim de ocorrência referente ao incidente. Essa foi mais uma prova para nós de que todo registro material desse acontecimento tinha sido totalmente apagado. Quando David precisou dirigir de volta para a faculdade, pouco tempo depois, ele estava livre de qualquer senso de medo e eu estava curada de todo senso de preocupação.
Nossa família é muito grata pelas amorosas orações do Praticista da Ciência Cristã e pelo apoio dos queridos amigos de nossa igreja filial, durante essa experiência. Tenho certeza, também, de que o poder da Palavra de Deus lida durante o culto, naquela noite, e a gratidão ali expressa, alcançou David em sua viagem da escola para casa. Em Ciência e Saúde, o livro-texto da Ciência Cristã, a Igreja é definida metafisicamente como “a estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede.
“A Igreja é aquela instituição que dá provas de sua utilidade e eleva o gênero humano, despertando a compreensão que está adormecida nas crenças materiais, levando-a ao reconhecimento das ideias espirituais e à demonstração da Ciência divina, expulsando dessa forma os demônios, ou seja, o erro, e curando os doentes” (p. 583).
Durante essa experiência, “a estrutura da Verdade e do Amor” nos deu o firme alicerce para nossa confiança em que a vida de David sempre fora espiritual e ele não poderia ser atingido pela materialidade de um acidente. A igreja não é um espaço físico ou uma estrutura material, mas é o reconhecimento de nossa inseparabilidade de Deus. Esse entendimento pode ser comprovado em nosso dia a dia. Embora David não estivesse fisicamente presente no culto de nossa igreja, naquela noite, sei que a ideia espiritual de Igreja estava “[dando] provas de sua utilidade”, de forma concreta.
Sou imensamente grata ao nosso Mestre, Cristo Jesus, a Mary Baker Eddy por nos ter revelado a Ciência do Cristo e pelo Curso Primário da Ciência Cristã que é ministrado por professores autorizados da Ciência Cristã.
Debra Jones McCook
Tyler, Texas, EUA