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Original para a Internet

Um festival de música e a cura de uma fratura

Da edição de fevereiro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 18 de dezembro de 2018.



Em meados dos anos 70, eu fazia parte de uma banda iniciante e fomos convidados a tocar em um festival, que teria lugar em um anfiteatro no topo de uma montanha. Representantes de várias organizações também iriam falar. Eu só estava interessado em tocar algumas músicas ao vivo.

No concerto, após termos tocado umas duas ou três músicas, fui surpreendido por uma das organizadoras do evento que interrompeu a apresentação. Ela subiu ao palco e deu início a uma cerimônia em que nós, da banda, iríamos assumir um papel aparentemente importante em uma organização à qual meus colegas da banda haviam se agregado. Mantos bordados à mão foram colocados sobre nossos ombros, e foi feito um pequeno discurso. A organização defendia ideias nas quais não acredito, por isso não gostei nada daquilo e fiquei irritado por não terem me consultado antes. 

Na frente da multidão, sacudi o manto dos ombros e deixei-o cair no chão. Então retirei-me do palco. Pessoas zangadas, tanto na plateia quanto da área do palco, protestaram ruidosamente. Não podia ficar ali com tudo o que estava acontecendo, peguei meu carro e fui dirigindo por estradas secundárias.

Após algum tempo, ainda na montanha, estacionei e subi na colina à beira da estrada, para ter uma vista melhor do pôr do sol que estava começando. A vista era linda. Antes que escurecesse muito, comecei a descer de volta para o carro.

Mais ou menos na metade da descida, o salto da minha bota ficou preso em uma pedra, e eu fui caindo de cabeça para baixo em direção à estrada. Protegi a cabeça com um braço e bati no asfalto com força total. Fiquei desacordado por alguns minutos e, ao despertar, dei-me conta de que o braço estava fraturado. O estrago fora bem grande e, por um momento, me apavorei. Pouco depois, consegui me locomover até o carro e, como não tinha mais ninguém por perto, eu mesmo tive de dirigir até a casa onde estava hospedado.

Foi nesse trajeto que comecei a orar como aprendera na Escola Dominical da Ciência Cristã. Meu foco foi principalmente a “declaração científica sobre o existir” contida no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. A simplicidade e clareza da citação elevaram meu pensar. Essa era, e ainda é, uma oração à qual recorro na hora da necessidade. Ela diz: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é a Mente infinita e Sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal; a matéria é o erro mortal. O Espírito é o real e eterno; a matéria é o irreal e temporal. O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual” (p. 468). A dor logo passou.

Quando cheguei em casa, os colegas estavam me esperando; alguns deles haviam participado do concerto e estavam preocupados. Quando viram o que havia acontecido, quiseram me levar para o pronto-socorro do hospital local. Expliquei-lhes que eu era Cientista Cristão e, embora tivesse a liberdade de ir e verificar a situação do braço e deixar que fosse engessado, eu tinha optado por tratar do problema pela oração.

Eles me deram um prazo até a manhã seguinte, quando então iriam me levar ao hospital. Deixaram-me a sós e disseram que me apoiariam nas próprias orações. Eles não eram Cientistas Cristãos, mas o seu amor a Deus era sincero.

Passei a noite a orar, sempre focado na “declaração científica sobre o existir”. Firmei-me nas verdades dessa declaração durante toda a noite, pois sabia que eram eficazes. Eu estava calmo, confiante, sem medo. Acho que se pode dizer que foi assim que eu senti a presença de Deus. Em dado momento, senti como se eu não estivesse no corpo físico, e percebi que o braço não estava quebrado. Esse foi o momento decisivo, e eu tive a certeza de que estava curado.  

Ao amanhecer, constatei que o braço se reajustara. Tentei movê-lo e vi que podia. Enlevo não é uma palavra suficiente para traduzir como me senti. 

Momentos depois, os amigos que estavam hospedados comigo irromperam no quarto, insistindo para me levarem ao pronto-socorro. Eu disse que estava curado e que não era preciso ir, e mostrei o braço. Eles mesmos tinham visto que o braço estava quebrado na noite anterior. Estavam incrédulos e queriam uma comprovação do hospital, e assim fomos para lá.  

No hospital, fizeram a radiografia do braço. O médico que nos atendeu disse que o braço havia se quebrado, mas tinha sido perfeitamente reajustado, e que estava na segunda semana do processo de calcificação. Perguntou-me sobre o acontecido, e respondi que fora na noite anterior. Ele não acreditou, até que eu disse que era Cientista Cristão e havia orado a noite inteira. Meus amigos confirmaram meu relato. 

O médico sorriu, dirigiu-se para a escrivaninha e tirou da gaveta do meio um exemplar de Ciência e Saúde, o único livro que havia ali. Disse que conhecia a Ciência Cristã. Deu-me uma tipoia e mandou “ficar de repouso”. Agradeci, mas nunca usei a tipoia, por não ser necessária.

Quando voltamos para casa, estavam lá meus colegas da banda e a pessoa encarregada da frustrada cerimônia. Todos queriam saber por que eu agira daquele modo no palco. Notei que estavam com raiva por causa da minha atitude do dia anterior. Afirmar que a raiva deles não podia me atingir de forma alguma foi minha maneira de perdoar a todos os envolvidos. Simplesmente deixei a banda pela falta de comunicação e confiança, mas continuei em relações amistosas com eles. Para mim, isso fez parte da cura. 

Ram Ramakar
Yoncalla, Oregon, EUA

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