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Original para a Internet

Entregar-se apenas à Verdade

Da edição de maio de 2022 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 17 de janeiro de 2022.


Sempre fico animado quando leio nos Evangelhos os relatos de todo o bem que Jesus, a serviço de Deus, fez para tanta gente. Cada uma das pessoas que Jesus encontrou foi de alguma forma curada, alimentada, abençoada, redimida e/ou iluminada. Certamente foi mais do que uma habilidade pessoal o que permitiu a Jesus ajudar e curar, purificar e transformar desse modo. Ele se referiu ao que estava por trás de tudo isso, quando declarou: “…o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras” (João 14:10).

Se, como Jesus explica, é a verdade que nos liberta (ver João 8:31, 32), então é a verdade que faz a obra de cura e é o poder que está por trás, não só das orações de Jesus, mas também de toda oração sanadora eficaz, em todos os tempos. Para a Verdade ser legitimamente verdadeira, tem de ser atemporal.

Deus é o bem infinito, a Verdade divina; e o homem é a amada semelhança espiritual de Deus. Em seu livro sobre cura cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy, a Fundadora da Ciência Cristã, refere-se às orações de Jesus como “profundos e conscienciosos protestos a favor da Verdade — da semelhança do homem com Deus e da unidade do homem com a Verdade e o Amor” (p. 12).

A fim de seguir o exemplo de Jesus na oração, o conhecimento sempre mais amplo a respeito da Verdade absoluta é uma ajuda importante. Deus já realizou a obra de nos definir como Suas criaturas. Os cinco sentidos físicos, juntamente com um mundo de opiniões, talvez tentem nos definir como criações defeituosas de Deus, ou mesmo como erros de natureza biológica, contudo, só a Verdade divina tem a coroa da total autoridade para nos revelar como realmente somos.

Para começar, uma verdade importante é o fato de que Deus é totalmente perfeito. Acreditar que Deus não seja perfeito é apenas acreditar em uma mentira. E a perfeição imutável de Deus é totalmente expressa em cada um de nós, por sermos a criação espiritual de Deus. Aquilo que Deus cria de maneira amorosa e perfeita não O representa de modo material, mas sim espiritualmente. Consideremos como infunde coragem o modo em que Jesus estabeleceu esse elevado padrão para todos os tempos, quando disse: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48)!

À luz do fato de que cada um de nós, sem exceção, foi criado para mostrar a perfeição de Deus, podemos comprovar por nós mesmos como funciona a oração eficaz. O livro Ciência e Saúde diz: “A substância, a Vida, a inteligência, a Verdade e o Amor, que constituem a Deidade, são refletidos por Sua criação; e quando subordinamos o falso testemunho dos sentidos corpóreos aos fatos da Ciência, vemos essa verdadeira semelhança e reflexo em toda parte” (p. 516).

Tão logo reconhecemos a nós mesmos como a semelhança de Deus, ideal e espiritualmente perfeitos, nossa oração é atendida. Percebemos que nunca houve uma versão material de nós mesmos, nem boa nem ruim. Nossa substância é produzida por Deus, é totalmente espiritual e inteiramente verdadeira.

A Verdade é positiva, completamente boa, poderosa e ativa. As mentiras são infundadas e inertes. Uma mentira não pode nos libertar. Só a verdade tem essa capacidade. No entanto, em busca da cura, as pessoas talvez recorram a crenças que não são verdadeiras.

Por exemplo, como resultado de uma opinião amplamente aceita, as pessoas costumavam acreditar que um clima seco pudesse aliviar, e até mesmo curar, a tuberculose. Como resultado, milhares de tuberculosos afluíam ao árido sudoeste dos Estados Unidos. Em vez de ajudar as pessoas, isso só lhes dava falsas esperanças.

Alguns, porém, aprenderam que, como a Ciência Cristã ensina, o que cura não é uma mudança de clima, mas sim uma mudança de pensamento, uma nova compreensão da Verdade divina. Essa foi a experiência de um daqueles que se mudaram para um clima quente e seco, esperando uma melhora, e cuja história foi publicada no número de agosto de 1934 do The Christian Science Journal.

A frase final, no relato daquele homem, é especialmente interessante: “Sou particularmente grato pela compreensão espiritual que me veio mediante o estudo diligente”. Seu estudo diligente da Verdade encontrada na Bíblia e nos escritos de Mary Baker Eddy o equiparam para se livrar das crenças materialistas sobre a vida e a identidade que ele havia aceitado anteriormente, como se fossem realidades. A verdade libertou seu pensamento da mentira de que ele era um mortal vulnerável, sujeito a doenças. Isso o curou.

Suponhamos que pudéssemos voltar no tempo e falar com Jesus, contando que perigo nos ameaça e por quê. Certamente sentiríamos o amor de Jesus, mas será que ficaríamos surpresos se ele não acreditasse no nosso relato sobre nossas falhas ou deficiências? Sabemos que Jesus não hesitaria em contemplar em nós apenas a perfeição de Deus.

Você estaria disposto a mudar de pensamento e de perspectiva, conforme a direção de Deus, e dar testemunho da verdade, como o próprio Jesus fez várias vezes? Como o homem que foi curado da tuberculose, você poderia constatar, mediante a oração e o estudo sincero, que realmente sua identidade provém de Deus, o Espírito, e não de um mundo físico. Jesus conhecia a importância desse fato e declarou: … Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade…” (João 18:37).

O reconhecimento de que a criação espiritual de Deus nunca mudou, nem sofreu erosão, é a base para uma oração poderosa e transformadora. Conforme lemos em Ciência e Saúde: “ Temos de destruir a crença errônea de que a vida e a inteligência estejam na matéria e firmar-nos no que é puro e perfeito” (pp. 222–223).

Devemos tomar uma resolução — entregar-nos apenas à Verdade — firmando-nos no que é real, mantendo-nos inabaláveis em nossa aceitação do que é eternamente verdadeiro. Então podemos deixar que a Verdade faça “as obras”, como Jesus disse, e remova permanentemente do nosso pensamento e da nossa vida tudo o que é dessemelhante da Verdade e do bem.

Pude comprovar isso pessoalmente, anos atrás, quando fui curado da propensão à intoxicação alimentar. Com muita frequência, eu enfrentava esse problema.

Um dia, enquanto orava, fiz a mim mesmo esta pergunta crucial: “Estou pronto para me elevar acima de um mundo inteiro de opiniões e falsas crenças sobre o que a comida pode me fazer, para o bem ou para o mal, e abraçar a verdade de Deus sobre a minha natureza espiritual e invulnerável?” Minha resposta afirmativa foi o primeiro passo para uma mudança de 180 graus em minha maneira de pensar.

Estudei avidamente as verdades atemporais delineadas na Bíblia e no livro Ciência e Saúde. Orei e li esses livros diligentemente, aprendendo coisas novas sobre o fato de que eu sou o efeito, a expressão, de Deus, totalmente dependente dEle para tudo o que me faz ser quem sou. Meus pensamentos cotidianos serviram como uma espécie de pilão, no qual as mentiras — as falsas impressões de que eu era um mortal — foram reduzidas a pó, deixando apenas minha expressão individualizada de Deus, a Verdade divina, que é realmente minha identidade genuína. Isso foi em 1986, e eu nunca mais sofri de intoxicação alimentar depois disso.

Por meio da oração, as mentiras a respeito de Deus e Sua perfeita criação dissolvem-se ante a compreensão da verdade — que apenas Deus, a Verdade, está presente, está agindo e tem autoridade. É grande sabedoria renunciar às mentiras da vida na matéria e entregar-se a Deus, a Verdade divina, deixando que atue na consciência. A Verdade então inspira, transforma cabalmente os pensamentos e assim cura.

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