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Original para a Internet

A confirmação e a cura

Da edição de novembro de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 20 de julho de 2023.


Pode ser muito tentador perguntar: “Corpo, como você está hoje?” ao que o corpo parece responder: “Não muito bem!” No entanto, aprendi com meu estudo da Ciência Cristã a nunca olhar para a matéria em busca de evidências de bem-estar, porque vivemos em Deus, o Espírito, e somos espirituais. Por isso, para descobrir quem somos e como estamos, devemos buscar a evidência espiritual de nossa existência e bem-estar por meio do Espírito, ou seja, por meio da oração e da compreensão espiritual.

Volver-se para o Espírito implica afastar o pensamento da matéria e das dificuldades materiais, orando para saber mais sobre o cuidado amoroso de Deus, que nos mantém a salvo de doenças e desarmonias. Por que, às vezes, isso parece difícil de fazer?

 Porque talvez estejamos tentando fazer isso com a mente humana. No entanto, um dos nomes para Deus, revelados pela Ciência Cristã, é a Mente divina, que inclui toda a inteligência, volição e ação. No livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, que aborda de maneira abrangente a compreensão a respeito de Deus e da natureza mental da saúde, Mary Baker Eddy explica: “A Ciência da cura pela Mente mostra que é impossível a qualquer outra coisa, a não ser à Mente, dar testemunho verídico ou apresentar o status real do homem” (p. 120). A matéria, ou seja, o senso material de existência, não tem inteligência para dar testemunho sobre o “status real do homem”. Seus aparentes relatos tendem, portanto, a ser negativos.

Embora um corpo material e uma mente mortal nunca possam confirmar algo a respeito de nossa real identidade como a imagem de Deus, eles têm de estar de acordo com nossas declarações da verdade quanto a quem somos, o que somos, e como estamos. Uma mentira tem de ceder ao que é verdadeiro. Ela não pode argumentar em contrário, porque não tem inteligência nem poder e, portanto, nenhuma capacidade para contrariar a verdade. Uma mentira, posta a descoberto, é anulada, e nossa experiência fica de acordo com a compreensão que temos da realidade espiritual. A cura ocorre no pensamento — na reconfortante compreensão espiritual de nossa semelhança presente e eterna com Deus. Essa constatação transparece por meio do que Ciência e Saúde afirma ser a “…operação do Princípio divino, ante a qual o pecado e a doença deixam de ter realidade na consciência humana e desaparecem tão natural e tão necessariamente como a escuridão dá lugar à luz, e o pecado cede à reforma” (p. xi). Compreendendo nossa existência perfeita como filhos e filhas de Deus, e estando conscientes da proximidade e do terno cuidado do Amor divino, somos capazes, em certo grau, de elevar-nos acima do senso de vida na matéria; e o corpo fica em conformidade com essa visão mais elevada.                                                                                            

É reconfortante constatar que aquilo que aparece aos sentidos materiais como matéria — embora nunca possa confirmar a verdade espiritual e a realidade de nosso existir — tem de estar em conformidade com a verdade. Não há necessidade, portanto, de perguntar à matéria como ela está. Nós temos domínio sobre a matéria e, ao invés de falar com ela como se fosse uma entidade em si, deixamos o Amor divino falar conosco e nos dizer o que é realmente verdadeiro para nós e para todos. 

Um dos relatos de que mais gosto, na Bíblia, ilustra como o corpo, embora não possa confirmar nada, tem de se adaptar, quando a realidade espiritual é compreendida. No Evangelho de Mateus, um centurião romano vem até Cristo Jesus pedindo-lhe que cure um servo que lhe é querido e que está muito doente. Jesus se oferece para ir com ele para curar o servo mas, reconhecendo a autoridade suprema de Jesus em assuntos de cura, o centurião responde que não é necessário e diz: “…apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado” (Mateus 8:8). Podemos pensar na declaração do centurião como significando: “Tua declaração da verdade espiritual só pode fazer com que a situação se ajuste a essa verdade”. Realmente, o servo do centurião foi curado.

Certo dia, ao estudar essa história, tive de repente a compreensão de que cada um de nós tem um servo, que é o corpo humano. Enquanto parecermos viver neste corpo, é importante vê-lo como nosso servo, não como nosso patrão. Por isso, o corpo tem de se adaptar a seu papel de servo, como no relato bíblico acima. Quando a verdade a respeito de nosso existir é compreendida, segue-se a cura. Vemos e sentimos essa verdade mais prontamente se não ficarmos verificando o que está acontecendo no corpo, como se precisássemos de que ele nos confirme o que estamos compreendendo. O corpo só pode obedecer ao que sabemos espiritualmente ser verdadeiro, porque o pensamento governa a experiência, e os pensamentos espirituais curam.

Verificar o estado do corpo, quando buscamos a cura, é contraproducente, pois fixa no pensamento imagens materiais que não fazem parte do Espírito infinito, nem do homem e da mulher feitos à perfeita imagem e semelhança do Espírito.

Certa vez, lutei durante vários meses com uma feia erupção cutânea avermelhada na metade inferior do rosto. Apesar de minhas próprias orações e das de outros Cientistas Cristãos experientes, a quem pedi que orassem por mim, a erupção cutânea continuava. Todas as manhãs, eu me levantava e examinava a erupção no espelho do banheiro, apenas para constatar que não havia nenhuma melhora — nenhuma confirmação de cura. Entretanto, outras curas que eu tivera no passado, por meio da oração, me asseguravam que eu acabaria encontrando a cura nesse caso também. Um dia, respondendo a um comentário carinhoso de um colega, na escola onde eu lecionava, respondi: “Sim, estou tendo um problema, mas sei exatamente o que é, e sei o que fazer a esse respeito”.

Naquela noite, em casa, eu me perguntei por que havia dito aquilo, pois aparentemente eu não sabia o que fazer com a erupção cutânea! Foi então que senti uma onda de protesto, eu realmente sabia o que era aquela erupção e o que fazer a respeito. Tinha de reconhecê-la como sendo o nada e tinha de manter mentalmente que era o nada. Parei de perguntar ao espelho como iam as coisas. Não me importei mais com o que o espelho dizia. Eu sabia que minha fonte e substância era Deus, o Amor divino, o Espírito infinito e perfeito — todo o bem. Três dias depois, notei que toda a erupção havia desaparecido. O corpo estava conforme os fatos espirituais. Tudo estava bem.

 A Sra. Eddy escreve: “O pobre coração sofredor necessita da nutrição apropriada, tal como paz, paciência na tribulação e o precioso senso do carinho e do amor do Pai querido” (Ciência e Saúde, pp. 365–366). Essas qualidades sanadoras são encontradas quando se recorre a Deus — a Verdade e o Amor divinos — para obter informações e entendimento, e não ao corpo. O Amor divino contempla em nós beleza, saúde e bem-estar perfeitos. Por meio da compreensão espiritual a respeito do cuidado amoroso e do controle perfeito de Deus, nossa oração em busca da cura é atendida. A paz e o consolo que preenchem a consciência confirmam esse fato. Por isso, à medida que reconhecemos a operação da lei divina, a situação humana visível tem de estar conforme a realidade espiritual, sem que tenhamos de olhar para o senso material limitado de existência, a fim de obter evidência de bem-estar.

 Um senso espiritual de individualidade, que emana da Mente perfeita, Deus, abre a porta à evidência da cura, tanto interior como exterior.

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