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Original para a Internet

Seu nome está arrolado nos céus

Da edição de novembro de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 13 de julho de 2023.


Sintomas de gripe pareciam ser algo do passado para mim. Por meio da prática da Ciência Cristã, havia conseguido compreender claramente que, quando os sintomas de gripe surgissem, eu poderia mentalmente refutá-los; eles não estavam em meu corpo, mas em minha consciência — eram uma tentação que levava a acreditar em um poder oposto a Deus, o bem. E percebi que eu não precisava sucumbir a essa tentação, da mesma maneira como, eu que não bebo, não precisava parar para comprar cerveja depois de passar por um anúncio dessa bebida na estrada.

Eu orava com frequência com esta passagem do livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy: “Quando a ilusão da doença ou do pecado te tentar, agarra-te firmemente a Deus e Sua ideia. Não permitas que coisa alguma, a não ser Sua semelhança, permaneça no teu pensamento. Não deixes que o medo ou a dúvida obscureçam tua clara compreensão e tua calma confiança de que o reconhecer a vida harmoniosa — como a Vida é, eternamente — pode destruir toda sensação dolorosa daquilo que a Vida não é ou toda crença naquilo que ela não é” (p. 495).

Havia ficado cada vez mais claro para mim que todos os sintomas da doença são a tentação de duvidar da presença constante de Deus. Sempre que surgiram episódios de congestão nasal eu me mantive firme na compreensão da natureza harmoniosa da Vida divina, e os sintomas desapareceram. Eu havia compreendido que os sintomas de resfriado eram ilusórios porque sempre recuavam quando eu orava dessa maneira.

Então, certa manhã, acordei com dor de garganta. “Não tem problema”, pensei. Fiquei alguns minutos refletindo sobre todas as vezes em que vira esses sintomas desaparecerem, e sabia que a compreensão de que eles não tinham verdadeira substância, outra vez faria com que desaparecessem. No entanto, os sintomas não cessaram ao longo do dia, pelo contrário, acabaram ficando ainda mais fortes. A noite foi bem conturbada.

Pela manhã, li a Lição Bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, uma lição semanal composta de passagens da Bíblia e de Ciência e Saúde. Uma dessas passagens era o relato de Jesus que enviou setenta de seus seguidores para que eles mesmos cumprissem o ministério da cura. Quando voltaram, todos estavam radiantes com o fato de que os “demônios” (a delusão da doença e de outros males) se submetiam e eram expulsos por meio de suas orações. Jesus assegurou-lhes que absolutamente nada poderia prejudicá-los devido ao poder do Cristo, a verdade de Deus. Mas então ele elevou o pensamento deles para uma realidade ainda mais importante: “Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus” (Lucas 10:20).

Ah, ali estava minha resposta! Eu estivera tão focada em como conseguia ver a irrealidade da tentação sorrateira dos sintomas de resfriado, que havia ficado impressionada com minha própria capacidade de expulsá-los. Eu precisava, contudo, compreender melhor o Princípio fundamental, o Amor divino, que mantém a mim e a todos nós em um cuidado terno, sempre presente e eterno. O “conserto”, no caso dos sintomas de resfriado, havia se tornado algo comparável a ficar esperto naquele popular jogo de fliperama, no qual “acertamos” as toupeiras que levantam a cabeça, em vez de simplesmente desconectar a máquina, e impedir que as toupeiras apareçam! Eu precisava aprofundar minhas orações e compreender que a tentação e a desarmonia não têm origem no Amor divino. Enquanto permanecia tranquila, em silêncio, regozijando-me na consciência de que meu nome estava arrolado nos céus, os sintomas simplesmente desapareceram.

Isso me leva à pergunta: “O que significa, então, ter nosso nome arrolado nos céus?” Quer dizer que acima de qualquer coisa que possa nos acontecer no dia a dia, nossa verdadeira individualidade está estabelecida na realidade espiritual, que nunca está sujeita à desarmonia. É como dar-se conta de que nenhum dos trechos em obras, nem os problemas de tráfego, ao longo da rodovia podem nos afetar se estivermos viajando de avião. É a maravilhosa alegria de perceber que antes mesmo de nascermos, antes de qualquer episódio ou capítulo da história a que consideramos nossa vida, Deus já chegou na nossa frente e está cuidando de todos nós, individual e coletivamente, como o precioso, imortal e perfeito reflexo de Sua própria infinitude e glória.

Cristo Jesus insistiu inúmeras vezes com seus seguidores para que compreendessem que o reino dos céus está próximo e dentro de nós. Ele estava constantemente dando provas de que a harmonia está sempre presente por ser a própria lei da onipresença de Deus. Ciência e Saúde nos dá a definição de céu: “Harmonia; o reino do Espírito; o governo do Princípio divino; espiritualidade; felicidade suprema; a atmosfera da Alma” (p. 587).

Ter nosso nome arrolado nos céus significa que nosso verdadeiro nome e natureza são especificamente conhecidos para Deus, a Mente. Cada um de nós é a manifestação sem igual da individualidade infinita da Alma, Deus. Como é bom saber que ninguém pode tomar o nosso lugar, que ninguém é deixado de fora e que cada um de nós é essencial como expressão infinita da plenitude de Deus. Não somos personalidades tendo força e fraqueza humanas, pelo contrário, somos a imagem espiritual de Deus, que inclui todo atributo divino em uma combinação incomparável desses atributos.

Por fim, ter nosso nome arrolado nos céus significa que aquilo que somos está transcrito e registrado; esse é o nosso prontuário permanente. Não estamos encurralados em um drama mortal sujeito ao acaso e às circunstâncias, à espera de nosso quinhão da felicidade e do bem, tendo a morte como o fim de nossa história. Não! Temos uma preexistência e eterna coexistência com Deus como Sua expressão, o que significa que temos uma continuidade, antes, durante e depois daquilo que aparenta ser nossa vida cotidiana.

Por isso, a cura significa muito mais do que fazer com que algum episódio de doença retroceda. A cura é um vislumbre da continuidade de nossa existência eterna na Vida, Deus. Como é bom saber que a vida não consiste em derrotar algumas adversidades mortais, apenas para ser aprisionado por outras. A cada momento em que resistimos à tentação de acreditar na presença ou no poder da doença ou do mal de qualquer tipo, vendo-os se dissipar no nada, constatamos a continuidade imutável da Vida, onde habitamos eternamente com Deus. E esse é o verdadeiro progresso, propósito e motivo de regozijo!

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