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Original para a Internet

ARTIGOS

Gratidão: uma festa espiritual imperdível

Da edição de novembro de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 24 de novembro de 2022.


Expressar gratidão é uma prática profundamente saudável que traz consigo um poder indescritível. Nos Estados Unidos, meu país, celebramos em novembro o Dia de Ação de Graças, dia especial para expressar gratidão. Seja nos reunindo em família ou sozinhos — ou mesmo estando em alguma parte do mundo em que não exista esse feriado — é benéfico examinar mais de perto a verdadeira natureza da gratidão.

A gratidão promove um senso de bem-estar e nos ajuda a estar mais conscientes do bem. Aliás, é uma forma de oração que nos mantém em comunicação com Deus, o bem.

“Ser grato é riqueza, pobreza é queixa alvar.” 

Essas palavras de um hino (Vivian Burnett, Hinário da Ciência Cristã, 249, trad. © CSBD) podem suscitar uma pergunta vital e instigante: escolho servir ao deus da limitação ou opto por reconhecer a verdade absoluta da abundância de Deus, o bem?

Embora seja comum supor que a carência produza queixas, é a queixa que escancara a porta para a sugestão de carência. Esta, por sua vez, pode fomentar o medo, a preocupação, a inveja e até mesmo o desespero — que acabam todos sendo obstáculos ao crescimento e à gratidão. Deixando de lado o que queremos ou não queremos, segundo a nossa vontade, abrimos o coração para o emocionante reconhecimento daquilo que é espiritualmente verdadeiro: nossa perfeição como imagem de Deus. 

À medida que nos elevamos acima do senso de falta, discernimos a lei da Ciência divina que a tudo sustenta, e o senso natural de gratidão e inspiração resplandece  dentro de nós. Bênçãos que antes não víamos começam a aparecer. Mary Baker Eddy, a Fundadora da Ciência Cristã, faz esta pergunta: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido? Então faremos uso das bênçãos que temos e assim estaremos preparados para receber mais” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 3).

Expressar gratidão antes de vermos as evidências humanas é científico — traz revelação e cura.  

Existe a gratidão que vem antes de alguma razão humana perceptível para sermos gratos, ou antes que fique evidente, e é como uma lente através da qual podemos ver o Princípio infinito, vivo e presente, Deus. Essa gratidão é a expectativa de vivenciar o bem que Deus continuamente concede ao homem, é a consciência que brota da onipresença do bem — aquilo que já está atuando. Não precisamos esperar para que ocorra alguma mudança antes de optarmos por reconhecer o constante bem de Deus, aqui e agora.

Jesus demonstrou o poder desse tipo de gratidão, quando deu graças e depois alimentou mais de cinco mil pessoas com cinco pães de cevada e dois peixes (ver João 6:5–14). O mesmo se deu quando ele restaurou a vida de seu querido amigo Lázaro. Embora parecesse que tinha chegado tarde demais, Jesus elevou o coração a Deus em uma oração de agradecimento, ali mesmo, dizendo: “...Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves...” (João 11:41, 42). E depois chamou Lázaro, que saiu vivo do túmulo.

O conceito de ser grato antes de qualquer evidência vem da compreensão da lei universal do bem eternamente em ação, e isso abre o caminho para que se manifeste a gloriosa realidade de que Deus é tudo. Projeta a luz da compreensão espiritual — e isso traz cura.

Perceber a dinâmica criação do bem por parte de Deus, aqui e agora. 

A Ciência Cristã revela que cada um de nós é a reflexão, o reflexo, da Mente infinita e que há somente uma única Mente, Deus, que é a própria inteligência. Nessa inteligência divina, somos criativos, confiantes, resplandecentes — somos uma ideia incrivelmente bela, concebida por Deus. 

Mas acreditamos realmente nesse fato em relação a nós mesmos? Ou duvidamos disso e expressamos apenas uma gratidão formal, principalmente em alguma solenidade? 

Para sentirmos gratidão habitualmente e em profundidade, devemos nutrir em nossa consciência o bem constante e ilimitado. Fazer uma pausa e ponderar como Deus nos vê — inclusive nossa absoluta beleza e graça. Então sentimo-nos inundados por essa realidade espiritual, que não pode deixar de romper a barreira do senso pessoal de limitação, do egocentrismo e da série de problemas que parecem atormentar o gênero humano.

A prática de manter um grato coração ajuda a curar, porque nos anima e inspira — não apenas abençoa a nós e aos entes queridos, mas também eleva universalmente os outros, ao redor do mundo. Além disso, nos prepara “para receber mais”, como lemos em Ciência e Saúde (p. 3).    

Expressar gratidão é uma mudança de paradigma 

É uma alegria curar nossos mais íntimos pensamentos e, para os Cientistas Cristãos, isso é um dever. O momento em que nos sentimos gratos pelo bem de Deus é o reluzente momento em que vivemos de acordo com nossas orações e confiantemente nos libertamos da nuvem de distrações humanas — em suma, aceitamos a “...liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8:21).

Talvez, em um momento de remorso, dor ou autopiedade, não consigamos perceber o bem de Deus. Mas reconhecer que o culpado é o erro — ou seja, o que quer que sugira nossa separação de Deus — ajuda-nos a repudiar o erro e nos leva de volta à nossa origem, Deus. Ciência e Saúde nos orienta: “A Ciência é uma exigência divina, não humana. Seu Princípio divino, sempre certo, nunca se arrepende, mas sustenta a reivindicação da Verdade, extinguindo o erro” (p. 329).

Cada momento é uma oportunidade para alinhar nossos pensamentos à Vida divina intocada. Aqui podemos deixar cair as camadas escuras que ocultam nossa verdadeira gratidão. A Sra. Eddy expôs um conceito  notável: “Deus expressa no homem a ideia infinita que perpetuamente se revela, se expande e se eleva cada vez mais, procedendo de uma base sem limites” (Ciência e Saúde, p. 258).  

Como seria possível não sermos gratos pela ideia do infinito que se desdobra como nossa própria vida? A Mente divina generosamente expressa cada um de nós como uma ideia suprema e sempre ativa. Tendo a Deus, o Princípio divino, o Amor, como nosso ponto de partida, somos formados de novo. E não surpreende o fato de que as soluções para nossos desafios vão surgindo.

“Nossa vida atesta nossa sinceridade” 

Lemos em Ciência e Saúde: “A recomendação do Mestre é que oremos em secreto e deixemos que nossa vida ateste nossa sinceridade” (p. 15). Os exemplos de Jesus são inquestionáveis; ele viveu completamente aquilo que ensinou. Não repetia palavras superficiais de gratidão, mas sentia e vivia sua gratidão a Deus — e essa é uma oração que cura. Ele nos ensinou que a melhor maneira de sermos gratos é vivermos com gratidão. 

Viver com gratidão é estar consciente de que todo dia é uma oportunidade de reconhecer mentalmente a Vida que é Deus. Viver com um coração grato também ajuda a nos libertar de todo senso errôneo de identidade ou de egocentrismo, pois somos filhos de Deus, o bem, nascidos livres. A gratidão sincera nos eleva acima do senso corpóreo limitado de ego e nos lembra que, qualquer bem que pareça estar faltando, de maneira científica já está presente.

As palavras a seguir são do Hinário da Ciência Cristã. Elas cantam para nós que cada um “floresce em esplendor” a cada momento de gratidão:

Um puro e grato coração 
É um jardim de amor, 
No qual a graça divinal 
Floresce em esplendor.
(Ethel Wasgatt Dennis, 3, trad. © CSBD) 

Expressamos a mais sublime gratidão pela compreensão do cuidado infinito e onipotente de Deus. A Mente aponta o caminho, mesmo quando passamos por espinhos humanos, mas a coroa do pensamento que é grato e sempre receptivo à ideia divina vem com a cura em suas asas. Não importa a época do ano.

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