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Original para a Internet

O perdão curou um problema de pele

Da edição de novembro de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 24 de julho de 2023.


Há alguns anos, tive um desentendimento com uma pessoa querida que conheço de toda a vida. Até então, havíamos nos entendido muito bem sobre vários assuntos e, quando discordávamos, pelo menos nos respeitávamos mutuamente, reconhecendo o que era importante para cada um de nós.

Certo dia, porém, recebi um e-mail dessa pessoa com ataques gratuitos dirigidos a mim sobre uma questão que me era muito cara. Era evidente que fora escrito em um momento de dissabor e de frustração. Eu estava a caminho de um compromisso, quando recebi a mensagem, e praticamente fiquei sem ação. Tive de parar por um momento para me recompor, pois eu estava chocada. Nada parecido acontecera comigo antes. Consegui chegar ao local de meu compromisso, mas não conseguia esquecer o assunto. Por meses me senti vítima, triste e ressentida. Poderia até dizer que deixei o incidente tomar conta de mim.

Por essa época, apareceu um problema de pele em um de meus pés na forma de feridas abertas que estavam se espalhando. Procurei manter a região limpa e enfaixada, quando necessário.

Com o estudo da Ciência Cristã eu aprendi sobre a natureza mental da doença. Mary Baker Eddy explica no livro-texto da Ciência Cristã: “A doença é sempre provocada por um falso senso mantido no pensamento, não destruído. A doença é uma imagem exteriorizada do pensamento” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 411). Isso não significa que todos os problemas físicos sejam o resultado de pensamentos pecaminosos, no entanto, em meu caso, ficou claro que o problema que eu abrigara no pensamento havia se exteriorizado, e incluía irritação, ressentimento e mágoa. Nos meses seguintes, orei para que eu conseguisse perdoar e esquecer o passado. Eu estava convencida de que isso traria a cura.

Havia dias em que sentia a doce presença de Deus, o Amor divino, e eu parecia estar livre da mágoa e do senso de injustiça, e a pele ficava quase totalmente limpa. No entanto, logo depois, jorravam pensamentos como: “Dá para acreditar que essa pessoa disse isso?” “Como pôde?” e “Por que ela não pede desculpa?” A irritação da pele novamente se agravava, e tudo voltava.

Um dia, em profundo desespero, dirigi-me a Deus em busca de uma resposta. De repente, veio-me um pensamento que sei ter sido enviado por Deus: nada disso tem a ver com personalidades em conflito. O que aconteceu não foi um ataque pessoal a mim, mas um ataque à verdade — a verdade de que todos somos o reflexo de Deus, com uma individualidade espiritual, não com uma personalidade material. O ódio e a frustração não fazem parte dessa individualidade. Entendi que nem essa pessoa nem eu poderíamos ser usadas ​​como um canal para a sugestão de que sejamos outra coisa a não ser o reflexo de Deus, o bem, e de que possamos ser vítimas ou vilões. Tal sugestão nada mais era do que o efeito do magnetismo animal, a crença errônea de que exista um poder separado de Deus.

 Eu havia vislumbrado uma nova luz e, naquele momento, fui capaz de perdoar com humildade e, com alegria, me livrar da mágoa. Claramente vi que os filhos de Deus são espirituais, perfeitos e incapazes de praticar uma ofensa. A partir de então a pele voltou rapidamente ao normal, sem deixar cicatrizes. A crença errônea de mágoa não deixou nenhuma marca. 

Pouco tempo depois, decidi ligar para essa pessoa e propus seguirmos em frente a partir daquele momento. A proposta foi bem recebida, e depois disso temos mantido contato regularmente. Isso aconteceu há seis anos.

 Quando Cristo Jesus disse a Pedro que devemos perdoar “setenta vezes sete” (ver Mateus 18:22) penso que ele estava falando da importância de purificar continuamente nosso coração para sermos uma transparência para o Amor divino, Deus. Essa purificação inclui renunciar à ideia de que nosso perdão depende de a outra pessoa mudar ou não, de acordo com nosso ponto de vista.

O teólogo cristão Lewis B. Smedes escreveu: “Perdoar é libertar o prisioneiro e descobrir que o prisioneiro era você”. Quando perdoamos apoiados no imutável amor de Deus, que Jesus ensinou e viveu, deixamos de ser prisioneiros do sofrimento ou da doença, pois uma consciência preenchida pelo Amor divino manifesta harmonia e perfeição.

Nikki Paulk
Ponte Vedra Beach, Flórida, EUA

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