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Original para a Internet

ARTIGOS

Livra-me do “homem violento”

Da edição de agosto de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 8 de maio de 2023.


Com o grande aumento de atos violentos ao redor do mundo, muitos estão querendo saber como podem evitar que eles mesmos e seus entes queridos se tornem vítimas de atos de violência intencionais ou aleatórios. Aplicar, de maneira prática, a compreensão de que não estamos sujeitos a nenhum mal, porque Deus nos dá a proteção de que necessitamos, foi importante em meu trabalho como orientadora em uma instituição que prestava atendimento socioeducativo a jovens infratores.

Certa ocasião, quando orientava uma aluna da universidade que fazia estágio na instituição, eu estava observando a interação dela com um desses jovens, em uma sala contígua. De repente, ele puxou uma faca e a ameaçou. Imediatamente busquei ajuda em Deus, a Mente divina, enquanto entrava na sala e me colocava entre os dois. Afirmei em oração que a Mente governa toda a sua criação, e que não há nada nem ninguém que esteja fora do alcance dessa autoridade divina ou separado dela. Senti uma profunda confiança na presença e no poder de Deus, que abrange tudo.

Ao encarar o jovem, eu lhe disse calmamente: “Você não vai machucar essa moça nem ninguém. Você não quer fazer isso. Dê-me a faca”. Depois de uma longa pausa ele me entregou a faca e eu saí da sala com a estagiária. A compreensão de que Deus é o Amor infinito, onipresente, havia eliminado de mim todo o medo. E, embora tenha ficado inicialmente abalada com o ocorrido, a estagiária me garantiu que estava bem. (Posteriormente ela confirmou que não ficara com nenhum tipo de trauma nas semanas e meses seguintes.)

Quando voltei à sala, a postura do jovem ainda apresentava sinais de agressividade. Mas, continuei a sentir uma profunda paz e concluí calmamente o trabalho planejado para aquela sessão. Embora ele tenha recebido uma advertência por seu comportamento, ele a aceitou e, pela primeira vez, cumpriu as condições estabelecidas na advertência, sem reclamar.

Durante o trabalho de aconselhamento realizado com o rapaz nos meses seguintes, orei diariamente para compreender que, por sermos ideias espirituais da Mente divina, somos motivados somente por essa Mente infinita, a única Mente que existe. O reino de Deus, onde a Mente é suprema, está “dentro” de cada um de nós (ver Lucas 17:21). Deus é o único poder; portanto, o mal não tem poder para ficar arraigado na consciência — ele não tem capacidade para criar uma pessoa violenta. A soberania absoluta de Deus, o bem, nos dá a capacidade inexpugnável de vencer todo mal que venhamos a enfrentar.

Em um período de 18 meses, pude perceber uma grande mudança naquele rapaz. Ele deixou de ser conhecido como um infrator reincidente, entre os vários distritos policiais e instituições de atendimento socioeducativo para jovens, e passou a ser descrito pelo funcionário que o supervisionava em suas tarefas, como um excelente modelo. Por fim, ele se desculpou por seu habitual comportamento hostil e agressivo. Foi inspirador ver que ele se tornara mais prestativo, e demonstrava mais respeito e gratidão.

Ninguém precisa sofrer violência nem temê-la. Embora os mecanismos humanos de defesa não consigam oferecer determinados tipos de proteção contra o crime, nem eliminar a preocupação de que possamos vir a nos tornar vítimas dele, podemos ter a certeza de encontrar essa segurança em Deus. Podemos orar: “Livra-me, Senhor, do homem perverso, guarda-me do homem violento” (Salmos 140:1). Essa petição pode ser um primeiro passo muito importante para nos libertarmos do terrorismo e do terror.

A Ciência Cristã, a Ciência que explica o poder protetor e sustentador de Deus, nos mostra como proteger a nós e aos outros por meio da compreensão da onipotência de Deus, que está sempre presente. A Bíblia nos dá muitos exemplos de pessoas que encontraram segurança ao confiarem em Deus. Por exemplo, Jesus mostrou o poder abrangente de Deus quando passou ileso pelo meio de uma multidão furiosa, que queria jogá-lo do alto de um penhasco (ver Lucas 4:28–30). Ele adotou uma posição firme contra “o homem violento” e, após sua crucificação, provou definitivamente a impotência do mal, por meio de sua ressurreição e ascensão.

A Ciência Cristã ensina como resistir ao medo do mal, que muitas vezes é intensificado, quando mantemos pensamentos perturbadores, quando ficamos remoendo experiências passadas e observando repetidamente imagens nos noticiários que nos causam comoção. Essa Ciência também nos mostra como podemos superar a preocupação e o pânico, confiando no fato espiritual que a eles se opõe — a verdade de que Deus é a Mente onipotente e a fonte de todo o existir.

Deus também é o Espírito; por isso, a criação divina, que inclui a todos nós, é espiritual, criada à imagem e semelhança de Deus (ver Gênesis 1:26, 27) e governada pela lei divina. Portanto, características como integridade, sabedoria, segurança e afeto são inatas em todos nós. E Deus, sendo o Amor eterno, cria e abençoa cada um de Seus filhos, para que sejam amorosos, amados e dignos de amor. Essa percepção divina acerca de Deus e do homem age como um mecanismo de defesa confiável e uma influência regeneradora em nossa vida. Ela nos protege, mesmo quando não percebemos o perigo. A compreensão espiritual também melhora a sociedade e pode libertar da carga de pensamentos criminosos aqueles que pretendem perpetrar crimes.

Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência divina, ensinada e praticada por Jesus, nos assegura: “Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estais completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie. E não só vós estais em segurança, mas dessa forma são beneficiados todos aqueles sobre os quais repousam vossos pensamentos” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Outros Textos], p. 210).

Na proporção em que, com persistência, identificamos a nós mesmos e aos outros como a semelhança espiritual de Deus, e nos empenhamos para expressar as qualidades de perdão, misericórdia e amor, passamos a vivenciar, cada vez mais, a promessa de Deus: “…arrebatar-te-ei das mãos dos iníquos, livrar-te-ei das garras dos violentos” (Jeremias 15:21).

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