Quando eu era adolescente, minha família foi rotulada como disfuncional por um psiquiatra que estava tratando de um membro da minha família. Lembro-me de que, ao ouvir isso, imediatamente pensei que aquele rótulo não era correto.
Não estou criticando o cuidado que esse membro da família estava recebendo, nem tentando analisar o que ele poderia estar sentindo. Realmente havia algumas desavenças na família, o que era meio desconcertante. Enquanto esse familiar lutava com problemas físicos e emocionais, havia discussões e muito estresse em família. Mas também havia muito amor e risadas. Tradições como jantares, férias em família e a igreja aos domingos proporcionavam um apoio constante para todos nós.
Eu também tinha uma avó que era praticista da Ciência Cristã. Lembro-me de conversas que tive com ela, nas quais ela falava do fato de que todos nós somos bons, somos profundamente amados por Deus e que, como filhos espirituais de Deus, nunca poderíamos nos desviar do bom caminho. Acostumei-me tanto a pensar dessa maneira, que só no início da idade adulta comecei a realmente apreciar o significado de suas palavras, e entendi que o rótulo “disfuncional” não poderia ser realmente afixado nem à minha família, nem àquele familiar que estava lutando contra a doença, nem a mim, nem a qualquer outra pessoa.
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