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Original para a Internet

Preste atenção aos sintomas certos

Da edição de agosto de 2023 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 25 de maio de 2023.


Quando parece que nós ou nossos entes queridos estamos envoltos em doenças, problemas de relacionamento ou dificuldades financeiras, é sempre tentador focar a atenção nos sintomas angustiantes, e perder de vista o que há de bom em nossa vida.

Mas Cristo Jesus veio para nos ensinar uma maneira mais eficaz de lidar com as dificuldades. Por meio de suas palavras e obras, ele nos mostrou que aquilo que parece ser uma ameaça à nossa paz e bem-estar se dissolve diante do poder salvador de Deus.

Em nenhum lugar, nos Evangelhos, encontramos uma situação em que Jesus tenha recomendado que se analisassem os problemas ou os temores. A confiança que ele inspirava provinha de sua plena consciência da presença e do poder de Deus. Ele dizia que Deus é um Pai amoroso, e que o reino dos céus está dentro de cada um de nós. Ele demonstrava uma coragem nascida de sua profunda confiança em Deus. 

“Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir” aconselhou ele. “Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros, contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mateus 6:25, 26).

Com fé inabalável em Deus, o Mestre curou enfermos, ressuscitou mortos, acalmou a tempestade e alimentou multidões. De fato, Jesus nunca demonstrou medo em caso algum. Ele compreendia que o foco nas aparências externas apenas intensifica a sensação de que o problema talvez esteja além da ajuda de Deus, aumentando assim o medo de algum mal iminente. Ele rejeitava a evidência do pecado, da doença e da morte com a convicção de que Deus é supremo assim na terra como no céu. Na verdade, Jesus nos mostrou que podemos ter paz perfeita ― um senso genuíno do Cristo aqui conosco e dentro de nós ― independentemente das circunstâncias.

Poderíamos dizer que Jesus nos indicou sintomas e evidências positivas a serem observadas, a saber, o bem que vem à tona em nós e que indica a influência da presença e do poder de Deus. Portanto, ele nos exortou a agir desta maneira: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus (Mateus 5:16). 

Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã, amava os ensinamentos de Jesus e destacou o fato de que as qualidades cristãs, que alimentamos em nós, indicam que estamos sendo transformados por Deus. Ela disse: “Quem lembra que a paciência, o perdão, a fé inabalável e o afeto são os sintomas pelos quais nosso Pai indica as diferentes etapas, nas quais o homem se recupera do pecado e chega à Ciência? Quem sabe como é que os lábios hesitantes se tornam eloquentes, como o coração é inspirado, como a cura se torna espontânea, e como a Mente divina é compreendida e demonstrada? Só conhece essas maravilhas aquele que está saindo da escravidão dos sentidos e aceitando aquela verdade espiritual que abençoa a sua aceitação, por meio da purificação da alegria, e da renúncia à tristeza” (Escritos Diversos 1883-1896, pp. 100-101).

É fortalecedor perceber os sinais de que estamos nos afastando da influência adversa dos sentidos e aceitando a Verdade divina. A atitude que nos permite observar a força espiritual, em vez da fraqueza material, pode ser identificada na teologia ensinada por Jesus e exemplificada por sua própria vida. Suas bem-aventuranças (ver Mateus 5:3–12) falam a respeito do espírito da Verdade e do Amor e seus efeitos sobre nossa experiência. Se permitirmos que esses ensinamentos encontrem expressão nos detalhes da nossa vida, estaremos alimentando a “recuperação do pecado” e a “chegada à Ciência”, como deveríamos demonstrar.

Por exemplo, houve uma época em minha vida em que um relacionamento importante estava azedando, por assim dizer. Eu vinha tendo acessos de extrema impaciência e me sentia incapaz e sem vontade de me dominar. Sempre me disseram que eu era muito parecida com meu pai ― o homem mais mal-humorado e mais impaciente que já conheci. Era terrível sentir que falhas de caráter, deficiências físicas e a propensão a doenças eram inevitáveis ​​devido à hereditariedade. Eu orava para vencer esse problema, depois me preocupava, remoía e orava novamente — nessa ordem — e isso por algum tempo. Vigiava minha impaciência e os sintomas que ela causava, tal como um cão de guarda vigia à porta, mas sempre me deparava com eles.

Compreendendo finalmente que essa maneira de proceder era contraproducente, e com o pensamento mais calmo, recorri a Deus para obter novas ideias. Então, uma declaração da Bíblia chamou minha atenção: “Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:21). 

Isso me levou a perguntar: “Acaso acredito que preciso fabricar o reino de Deus em meu cérebro ou em meu coração? Claro que não, raciocinei. O reino de Deus consiste em tudo o que Deus fez, refletindo tudo o que Ele é. Esse reino está sempre aqui onde eu estou e disponível para mim. Além disso, minha vida é uma expressão desse reino glorioso de belas qualidades. Eu não as fabrico, e sim as reflito. Portanto, tenho toda a paciência, temperança e qualquer outra qualidade do Cristo de que necessito e que desejo, pois Deus é sua fonte, e eu reflito todas essas qualidades por ser Sua descendência espiritual.

Quando compreendi isso, compreendi também que a verdadeira oração aceita humildemente a paternidade e maternidade de Deus, trazendo assim tranquilidade ao coração. Ela silencia os argumentos contra o progresso e a cura, resultando na disposição de viver as qualidades de Deus, em tudo o que somos e praticamos. Acabei aprendendo que até a saúde pode ser conquistada, como a consequência natural de ser a criação de Deus. Jesus nos mostrou isso “curando toda sorte de doenças e enfermidades” (Mateus 9:35).   

Permitir que velhas atitudes sejam substituídas por qualidades vindas do Cristo exige vigilância. Muitas vezes, quando a frustração ameaçava tomar conta de mim, eu tinha de parar e orar para ceder lugar à paciência e à graça que são o direito de nascença do homem, como filho de Deus. A persistência nesse esforço acabou trazendo harmonia habitual, não somente no relacionamento mencionado acima, mas em todos as relações.

A natureza de Deus, expressa em Sua criação e como Sua criação, está constantemente presente e atua como lei divina invencível, produzindo saúde e harmonia. Jesus reconhecia as qualidades espirituais de Deus em si mesmo e nos outros, mesmo quando os outros não conseguiam reconhecê-las, porque ele sempre estava perfeitamente ciente da eterna presença das qualidades espirituais de Deus. Confiava no fato de que esses sintomas do Amor divino sempre apareceriam e trariam harmonia e cura. Nós também podemos, de bom grado, praticar essas qualidades e confiar em seu efeito de cura em nossa vida.

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