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O Homem Nunca Está Desamparado

Da edição de outubro de 1973 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando estamos lutando com situações difíceis temos, às vezes, a impressão de que nos tornamos vítimas desamparadas de circunstâncias que escapam ao nosso controle. Desamparo significa perda de força e falta de habilidade para nos defendermos ou protegermos. Essa sensação, sem dúvida, se origina num modo errado de pensar sobre Deus, na crença de que Deus, o criador do homem, é, sob certas circunstâncias, incapaz de sustentar ou de proteger Sua criação.

Mas isso não pode ser verdadeiro em relação a Deus, o qual, segundo revela a Bíblia, é o Amor divino, o Espírito todo-poderoso e sempre presente, que faz o homem à Sua própria imagem e semelhança. “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Gen. 1:31; Deus é o bem infinito, e em Sua criação inteiramente boa não há uma coisa como essa, espírito de desamparo, para acabrunhar o homem, o filho amado de Deus. Portanto, se uma impressão de desamparo e falta de habilidade para enfrentar uma situação difícil tentar acabrunhar-nos, precisamos resistir a essa tentação com todas as energias com que fomos dotados por Deus. A Bíblia declara que Deus deu ao homem domínio sobre toda a terra e sobre todas as coisas que estão na terra. Nisso está nossa autoridade para reivindicar o domínio sobre todo tipo de medo latente ou agressivo que pretenda roubar aos homens a liberdade espiritual que lhes pertence como filhos de Deus.

Os ensinamentos da Ciência Cristã revelam que o homem, a idéia de Deus, vive na Mente divina. Ele é a idéia individual de Deus, o bem, e de nada mais. Portanto, o homem não está sujeito a nenhuma influência destruidora, mas encontra-se tão seguro e a salvo como a Mente que o criou. É a mente carnal, ou mortal, que produz a impressão de que o homem é um mortal desamparado, separado de Deus e sujeito a sofrer acidentes, ter boa ou má sorte, apanhar doenças ou passar por mudanças. Mas essa assim chamada mente é apenas o oposto hipotético da Mente divina e onipotente. As sugestões da mente mortal, tais como o medo, a doença e o pecado, não podem tocar nem destruir a verdadeira identidade do homem, pois essa identidade é uma idéia na consciência divina. Como idéia da Mente, o homem está cumprindo para sempre o propósito e a função que lhe foi determinada pela lei divina da perfeição e harmonia.

Cristo Jesus, que compreendeu mais do que os outros homens a verdadeira natureza de Deus e a origem espiritual do homem, demonstrava cabalmente em seu trabalho de cura que o homem nunca está desamparado, porque a Mente não está desamparada. Quer o Mestre se visse confrontado com uma tempestade no mar, com uma multidão ameaçadora ou com uma doença classificada como incurável, não estava desamparado. A compreensão espiritual dava-lhe domínio sobre toda circunstância adversa, bem como a capacidade de comprovar a harmonia imutável do homem, sua segurança e saúde sob o governo do Princípio divino. Ele apresentou o modelo do Cristo salvador e curativo, a verdadeira idéia de Deus, exemplificando assim o homem cuja existência estava em segurança e era isenta de morte.

Conhecendo a segurança e a natureza indestrutível do verdadeiro eu do homem, Jesus disse de seus seguidores: “Meu Pai, que mos deu, é maior do que todos; e ninguém é capaz de tirá-los das mãos de meu Pai.” João 10:29 (conforme versão inglesa da Biblia); Reconheçamos agradecidos essa verdade espiritual reconfortante de que o homem está em segurança absoluta na Mente, governado e controlado para sempre com infalibilidade pela lei divina. O ser do homem dotado por Deus não inclui um único elemento de deterioração, doença, mortalidade, má sorte ou decadência; esse ser não depende de condições materiais. Mary Baker Eddy declara em Ciência e Saúde: “O pensamento humano precisa libertar-se da materialidade e da servidão que ele mesmo se impôs. Já não deveria perguntar à cabeça, ao coração ou aos pulmões: que probabilidade de vida tem o homem? A Mente não está sem defesa. A inteligência não emudece diante da não-inteligência.” Ciência e Saúde, p. 191;

Quando o Mestre curou o homem junto ao tanque de Betesda (ver João 5), ele rejeitou, como irreal, o quadro que lhe apresentava um mortal que se tinha tornado vítima desamparada da doença e do pecado. Em vez disso, reconheceu o homem como a idéia perfeita de Deus, o Pai, criado à Sua imagem, coexistente e coeterno com Ele. O Mestre separava do indivíduo a falsa pretensão da mente mortal e revelava a verdadeira identidade com que Deus havia dotado o homem, o qual, como filho de Deus, é sempre íntegro, sadio, livre, ativo e santo, e é sempre o objeto do amor e do cuidado do Pai. A compreensão clara do Mestre sobre o eu perfeito do homem em Cristo curou instantaneamente o homem paralítico e dissipou as imagens sombrias do pensamento mortal que o haviam mantido em servidão, preso à crença de que o homem está separado de Deus e pode tornar-se vítima de calamidades incontroláveis.

Quando desbaratamos as sugestões de que estamos desamparados e temos falta de habilidade, é importante compenetrar-nos de que a verdadeira identidade do homem é constituída das leis infalíveis de Deus. Nossa Líder, Mrs. Eddy, explica em Não e Sim: “O homem tem uma individualidade perpétua; e as leis de Deus, com sua ação inteligente e harmoniosa, constituem sua individualidade na Ciência da Alma.” Não e Sim, p. 11; As leis de Deus constituem o homem espiritual e o controlam, regulando tudo quanto lhe diz respeito. Essas leis de Deus são as forças espirituais e eternas da Vida, da Verdade e do Amor, as quais estão operando para sempre na consciência da idéia de Deus, o homem. Elas operam ativamente no homem para governá-lo, impor-lhe normas, ajustá-lo e controlá-lo em todas as minúcias do seu ser. E elas neutralizam e agem em contrário a toda hipotética força de pensamento do mal que quer mesmerizar a consciência humana com uma sensação de desamparo.

As assim chamadas forças da mente mortal, ou seja, a doença, a disfunção, o acidente ou a calamidade são eliminadas da consciência quando cessamos de crer nelas ou de ter-lhes medo. Podemos saber que elas não têm nenhum relacionamento com Deus, nosso único legislador, e, portanto, nenhum relacionamento com o homem, o filho ou idéia de Deus.

Em todos os tempos e em todas as circunstâncias podemos unir nosso pensamento a Deus e encontrar vigor, segurança, saúde e harmonia. Temos autoridade divina para rejeitar qualquer crença em uma existência separada da Mente divina. Quando nos compenetramos da eterna filiação do homem com Deus, do seu indissolúvel parentesco com o Princípio divino, o Amor, podemos então reivindicar nosso domínio sobre toda circunstância adversa e assim provar a liberdade espiritual do homem como idéia de Deus. Não há necessidade de nos sentirmos desamparados quando acatamos a advertência carinhosa de nossa Líder: “Lembra-te, não podes ser levado a situação alguma, por mais grave que seja, onde o Amor não tenha estado antes de ti e onde sua lição carinhosa não esteja à tua espera. Portanto, não desesperes nem murmures, porque aquilo que procura salvar, curar e libertar, há de guiarte, se procurares essa orientação.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, pp. 149, 150.

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