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Quando “Porque” Vence o “Mas”

Da edição de outubro de 1973 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando Cristo Jesus disse a um homem cuja mão estava ressequida: “Estende tua mão”, Mateus 12:13; ele esperava que sua ordem fosse obedecida. Evidentemente, o Mestre não se impressionou nem desanimou ante a aparência de um membro mirrado. Ele sabia que aquele homem era filho de Deus e que, por causa dessa relação indissolúvel, ele nunca poderia, realmente, ficar paralisado por uma doença. Sua atitude imperativa negou, antecipadamente, o argumento da evidência do sentido físico, que poderia ter levado o homem a responder prontamente: “Mas minha mão está mirrada e é inútil. Eu não posso movê-la.” Sua compreensão da causa divina era adequada para destruir a crença da discórdia mortal e teve, como resultado, a cura da mão.

Se hoje os seguidores de Jesus devem curar como ele o fazia, suas declarações da verdade devem ser sustentadas pela mesma compreensão que ele tinha do ser real do homem como filho de Deus, perfeito, governado pela lei divina. Não basta apenas declarar que não existe doença, que só existe saúde, ou dizer-se a uma pessoa: “Levanta-te e anda.” 9:5; Meras palavras não podem curar. Precisamos ter uma convicção fundamental de que, como o indivíduo a ser auxiliado é a imagem do Princípio divino e se mantém, sempre, na semelhança de Deus, sob a lei do Amor, ele já deve ser sadio e livre.

Mary Baker Eddy salienta a importância de se ter compreensão que sustente nossas declarações da verdade espiritual. À página 397 de Ciência e Saúde ela dá instruções para se tratar de uma dificuldade física atribuída, pela crença mortal, a um acidente. Ela escreve: “Declarai que não vos machucastes e compreendei a razão disso; vereis que os bons efeitos que daí resultam estarão em exata proporção à vossa descrença em relação à física e à vossa fidelidade para com a metafísica divina — à vossa confiança em que Deus é Tudo, como as Escrituras O declaram.”

A metafísica divina tem por base a onipresença de Deus, ou o bem, e a onisciência da lei de harmonia de Deus. Raciocinando sobre essa base, devemos concordar que é impossível haver o acaso, pois o Princípio divino é imutável. Na atividade da idéia espiritual da Mente, que se expressa no homem e no universo, não há exceções à regra do desenvolvimento perfeito, previsto, inteligente e infalível.

Compreender a “razão por que” não pode haver, na realidade, acidentes, sustenta nossa declaração de não poder haver sofrimento como resultado de um acidente. Ajuda a destruir a falsa evidência física do mal — a evidência que poderia argumentar: “Mas, veja, sofri fraturas, estou machucado, sinto dores” — pela negação da crença de que poderia haver um motivo para isso. A “razão por que” oblitera, assim, a aparência do dano causado ao corpo. O “porque” da compreensão supera o “mas” do testemunho do sentido físico e o vence, e o paciente é curado.

A prática da cura metafísica inclui o domínio do testemunho do falso sentido físico por meio das verdades do ser imortal e perfeito. Se os sentidos dão testemunho de doença, é sempre correto negar a doença e insistir que, de fato, a saúde está presente e é suprema. Se, porém, o praticista afirma de forma audível aos ouvidos do paciente que este não está doente, mas está bem, o paciente poderá duvidar — principalmente se não tiver uma base firme dos ensinamentos da Ciência Cristã e não for capaz de se munir da compreensão necessária para conciliar tal declaração com a evidência física de discórdia. Assim, é sempre útil explicar a base em que é feita a afirmação da harmonia. Mrs. Eddy escreve: “Logo que o estado de vossos pacientes o permita, explicai-lhes em voz audível o domínio completo que a Mente exerce sobre o corpo.” E continua, mais adiante: “Dai a vossos pacientes uma compreensão fundamental que os sustente e proteja contra os efeitos perniciosos de suas próprias conclusões.” Ciência e Saúde, pp. 417, 418;

O “porque” da compreensão espiritual dá grande força à ação sanadora de um tratamento pela Ciência Cristã. Quando o praticista se recusa, energicamente, a acolher os “mas” do testemunho do sentido físico e luta para se manter firmemente cônscio das realidades do ser divino como a causa única, ele alcança rapidamente a compreensão da presença da saúde, que destrói a falsa imagem da doença.

A palavra “mas” é um calço que mantém aberta a porta do pensamento humano para que as sugestões mortais da discórdia possam entrar livremente. Essas sugestões mentais são inimigos e como o corpo material é a objetivação do pensamento, elas provocam no corpo condições discordantes de doença, causando sofrimento desnecessário.

Quão importante é, assim, recusarmo-nos a admitir esse calço no nosso pensamento ou nas nossas palavras e, ao invés disso, trabalharmos diligentemente para aumentar nossa compreensão de por que é correto reivindicarmos a presença do ser perfeito, apesar das evidências da má saúde. Mrs. Eddy escreve: “Deixai que a Ciência Cristã, em vez de o sentido corpóreo, sustente vossa compreensão acerca do ser e esta compreensão suplantará o erro pela Verdade, substituirá a mortalidade pela imortalidade e imporá silêncio à discórdia mediante a harmonia.” p. 495.

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