Em vez de pensar no homem como um ser físico e mortal, podemos aprender como reconhecer a sua identidade intacta, espiritual e perfeita e a nos alegrarmos com isso. Foi assim que Cristo Jesus pôde ver que o homem era perfeito em todos os aspectos.
Para Jesus devia ter sido bem claro que um Pai perfeito, o Espírito, naturalmente havia de criar somente uma imagem perfeita, o homem espiritual. De maneira que Jesus podia olhar para um indivíduo e ver-lhe o ser sem mácula, como a imagem eterna do Espírito. Quando o mal se apresentava, ele não o ignorava, mas o encarava como uma mentira acerca do homem, e compreendia que esse mal não tinha poder, era irreal. Em conseqüência, Jesus restituiu ao paralítico o estado perfeito, ao doente a saúde, ao pecador a pureza, e ressuscitou os mortos para a vida e o bem-estar.
Em completo acordo com o que o Mestre ensinava mediante suas palavras salvadoras, bem como o que praticava através de suas obras curativas, a Ciência Cristã revela hoje que também nós podemos aprender a caminhar nas pegadas dele, curando a nós mesmos e também a outros. No Sermão do Monte, Jesus disse aos seus discípulos: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Mateus 5:48; De que maneira? Primeiro, podemos aprender a compenetrar-nos pacientemente do verdadeiro conceito do que Deus é em realidade, amá-lo e vive-lo — isto é, pô-lo em prática. Podemos rejeitar como irreal tudo quanto seja dessemelhante de Deus. De acordo com a Ciência do Cristianismo, Deus é Amor eterno, é Vida, Verdade, Princípio, Alma, Mente e Espírito. O homem, ou seja, nosso verdadeiro ser, é o reflexo exato ou a idéia espiritual do criador infinito. Por compreender isso podemos ver que são irreais os defeitos do nosso próximo, e podemos amar o homem real.
É essencial que saibamos, tal como Mrs. Eddy o esclarece insistentemente, que “Deus cria o homem perfeito e eterno na Sua própria imagem. Portanto o homem é a imagem, a idéia ou semelhança da perfeição — um ideal que não pode tombar de sua unidade inerente com o Amor divino, nem decair de sua pureza sem jaça, nem de sua perfeição original.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 262;
Um dia eu estava orando para compreender que o Espírito é Tudo e que o homem é perfeito em todos os aspectos. Deparei com este versículo na Bíblia: “A tua benignidade tenho-a perante os olhos.” Salmos 26:3; Enquanto eu orava para manter no meu modo de pensar o conceito do Deus carinhoso e amigo, senti que meus pensamentos eram invadidos por um sentimento de misericórdia e compaixão. Isto me libertou de toda sensação de pressão, tensão e fricção. Podia perceber com maior clareza a idéia espiritual de Deus, o homem. Em vez de adotar uma visão material e confusa relativa ao homem, resolvi aceitar a visão espiritual, perfeita.
Isto virtualmente melhorou minha visão física, e agora posso ver de modo mais claro do que antes. Aquilo que pensamos espiritualmente determina a qualidade de nossa visão. Um praticista da Ciência Cristã disse certa vez: “A visão é tão espiritual como a manifestação do amor, e uma é tão demonstrável como a outra.”
É preciso que nos certifiquemos de que aquilo que sabemos, vemos, e dizemos de nós mesmos é governado pela Mente ilimitada, Deus. Conseguimos isso por nos apegarmos à verdade de que somos idéias de Deus e que expressamos com perfeição a Sua compreensão. É nisso — numa vida real mais ampla — que consiste o desenvolvimento de nossa compreensão espiritual. À medida que crescermos em pureza e espiritualização poderemos conservar-nos “perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus.” Coloss. 4:12. Por certo é isso o que agrada a Deus, pois que demonstra cada vez mais claramente o Deus perfeito e o homem perfeito.