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A Assembléia Ideal de uma Igreja

Da edição de agosto de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Uma assembléia ideal em nossas igrejas? Seria isso possível? Talvez jamais consigamos tal coisa, da mesma maneira como dificilmente encontramos um ser humano cem por cento perfeito. Mas, tal como nós, humanos que somos, nos aprimoramos na proporção em que compreendemos melhor que o homem perfeito — o representante de Deus — é a nossa identidade verdadeira, assim também as assembléias nas igrejas poderão sofrer sensível melhora como resultado de nossa crescente percepção da Igreja real — a idéia espiritual perfeita da Verdade e do Amor. À medida que os membros reconhecem e vivem as realidades espirituais relacionadas à Igreja, do ponto de vista da Ciência Cristã, as assembléias tornar-se-ão mais salutares, mais produtivas e profícuas.

Cristo Jesus asseverou a seus discípulos: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” João 8:32; Para obtermos melhores assembléias na igreja, precisamos nos conscientizar das verdades espirituais apropriadas. Isso evitará que, durante as assembléias, aceitemos idéias falsas que confundem e limitam. Em realidade, tudo o que está ocorrendo ali, ou em qualquer outro lugar, em qualquer tempo, provém das idéias dinâmicas da Mente. Quando aceitas no pensamento dos membros, essas idéias fazem com que eles tenham um modo de se expressar mais eficiente, proveitoso e — por que não dizer — prático também. Um grupo de pessoas que dirigem os serviços de uma igreja ou que introduzem obras beneméritas na comunidade, dão-nos apenas um sentido humano de Igreja. Mas, para ajudar nossa igreja a defender-se contra discórdias, confusões e frustrações, precisamos fortalecer nossa compreensão acerca de Igreja como a idéia espiritual triunfante de Deus.

Devemos sempre perseverar no aprimoramento das assembléias em nossas igrejas, mesmo que estas estejam sendo realizadas com sucesso. Por trás de suas naturais formalidades e procedimentos, está o propósito altamente importante de despertar a humanidade para a compreensão e a aceitação da verdade acerca de Deus e do homem. Conseguimos este intuito apegando-nos aos fatos divinos que sobrepujam os conceitos errôneos a respeito da Igreja.

Precisamos, entretanto, nos certificar de que estamos realmente sabendo a verdade e não apenas imaginando um estado humano de coisas que gostaríamos que acontecessem. Saber a verdade, não é pensar que as nossas próprias opiniões já previamente formadas, irão prevalecer porque elas são “corretas”. Nem, tampouco, consiste o trabalho científico apenas em pensar vagamente que os membros estarão trabalhando em plena concordância, para conseguir um resultado mais positivo, com um mínimo de esforço — mesmo que assim pareça ser. Isso, é claro, seria o resultado esperado quando a verdade é compreendida, mas o fato espiritual em si não estaria sendo levado em consideração.

É muito fácil verificar se estamos apoiando, ou não, de maneira genuinamente científica as reuniões da igreja, perguntando-nos: “Será que Deus, a Verdade, é o elemento principal de minhas reflexões espirituais ou de minha oração?” Ou, de maneira ainda mais inquisitiva: “Estarei eu utilizando a Verdade como base sobre a qual explorar e galgar as verdades espirituais relacionadas à Igreja?”

Um trabalho correto e inspirado para as assembléias da igreja mantém-nos alerta.

Suponhamos que um dos membros propõe a aquisição de um novo tapete para o vestíbulo. Ele poderá descrever sua recomendação como uma idéia justa que lhe adveio, concluindo — talvez até inadvertidamente — que sua idéia é exclusiva e faz parte de um plano autorizado pela Divindade. Podemos nos sentir fortemente inclinados a aceitar a proposta feita em bases aparentemente tão dignas de confiança. Mas se estivermos alerta, talvez nos venha à mente que a expressão “idéia justa”, do modo como ela é empregada na metafísica cristã, refere-se antes a idéias inteiramente espirituais acerca de Deus, do homem, da Igreja, do que a noções referentes a determinada situação da igreja. A substância, a sabedoria e a certeza do bem são idéias justas. A Igreja as encerra em si. Ora, uma simples opinião sobre tapete não é uma idéia justa sustentada pela autoridade divina. No entanto, a recomendação poder ser razoável e indicar progresso, e, nesse caso, evidencia o impulso oriundo da Mente. Podemos, então, apoiá-la sob este último ângulo. Mantendo-nos porém vigilantes, seremos impedidos de aceitar uma proposta, simplesmente por razões pseudo-espirituais.

A meta mais importante de qualquer assembléia é obter a unificação da congregação e uma atmosfera que reflita apenas o Espírito. A maneira pela qual chegamos a uma resolução é, para nós, geralmente mais importante do que a própria resolução em si — isto é, nossa compreensão e prática das verdades imperecíveis concernentes à Igreja — a expressão espiritual da Mente divina — são bem mais importantes do que, digamos, a aquisição de um tapete.

Não obstante o mérito de levar adiante planos viáveis para promover progresso na igreja, a contribuição mais significativa do membro é, todavia, a sua percepção da verdade subjacente referente à Igreja e ao seu respectivo propósito. O que realmente tem valor em uma assembléia, não é tanto o que dela se desprende, mas sim, o seu penetrante efeito, cuja realidade significa bem mais do que os muitos egos mortais e falíveis reunidos ali para alcançarem certo propósito humanamente desejável. Devemos saber — isto sim — é que ali está o único Ego infalível, a Mente, fazendo-se presente como o único “Eu” de todos, abençoando de maneira universal. Tornar-se consciente disso é o trabalho mais sublime que um membro pode fazer para apoiar uma assembléia de sua igreja. Conseqüentemente, as decisões serão acertadas.

Se conseguirmos perceber que é muito mais importante imbuir-se do fato espiritual do que, por exemplo, definir-se sobre detalhes de decoração da igreja, manteremos um sentido justo de proporção, bem como um senso de humor. Se nos deixarmos levar pela tentação de crer que a aquisição do tapete é de primordial importância, teremos permitido que uma visão puramente institucional da igreja venha afetar o nosso julgamento espiritual, e estaremos boicotando talvez o sucesso — e o prazer — da reunião.

Nem sempre nos parece simples manter o mais elevado conceito de Igreja. Podemos, entretanto, reivindicar e utilizar as habilidades do Cristo. Nossa compreensão a respeito do Cristo nos capacita pensar em termos de metafísica divina, ultrapassar os argumentos pessoais restritivos e desfrutar a convicção da realidade espiritual absoluta.

As assembléias na igreja são tão necessárias e práticas quanto as transações comerciais em nossas vidas individuais. Elas podem ser ainda a manifestação harmoniosa da verdadeira existência. Se atualmente as nossas reuniões são satisfatórias e felizes, elas podem exemplificar com maior fidelidade e demonstrar de maneira mais completa a presente realidade da Igreja verdadeira. Dedicando-nos mais ativamente a adquirir o conceito espiritual, ser-nos-á possível eliminar a aparente distância entre a igreja como instituição humana e a Igreja ideal e absoluta — definida pela Sr.a Eddy, em parte, como: “A estrutura da Verdade e do Amor; tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede.” Ciência e Saúde, p. 583. Essa atitude nos garantirá a realização de assembléias bem presididas, significativas e animadas.

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