Deus é solícito. A uma pessoa que estava confrontada com perdas e aflições, a Sr.a Eddy escreveu: “O Amor divino nunca está tão perto de nós como quando as alegrias terrenas nos parecem mais distantes.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 290; Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, ela diz: “As aflições são provas da solicitude de Deus.” Ciência e Saúde, p. 66; A autora dessas palavras não as escreveu no isolamento de uma torre de marfim. Suas palavras foram tiradas da própria experiência — e provadas repetidas vezes na missão de sua vida.
A descoberta de que Deus é Amor e está sempre conosco, é fundamental para a Ciência Cristã, a qual nos ensina que Deus é solícito para com o homem. Ela prova que o homem é o filho amado do infinito Pai-Mãe Deus, a inteligência divina. Se você for novo na Ciência Cristã, poderá ter de pedir a si mesmo para confiar nesse conceito enquanto luta mentalmente para livrar-se de velhos modos de pensar, e aceitar uma compreensão mais inspirada do amor sempre presente e da solicitude de Deus. Se você for um Cientista Cristão experiente, a lembrança do amor de Deus, como um fato simples e profundo, pode ser justamente o pensamento angelical necessário para animá-lo a dar o primeiro passo que o levará a sair de uma provação difícil.
Foi justamente um pensamento angelical como esse que me auxiliou a encetar a luta para sair de um denso nevoeiro de angústia e de autocondenação. Em meu estado de profunda depressão eu não podia ver o caminho para seguir adiante. Tarde da noite caminhava eu preocupado, quase a ponto de perder o controle por completo, quando encontrei um telefone e chamei um praticista da Ciência Cristã, e pedi-lhe que orasse para mim. Ele me relembrou a promessa do Amor divino nas palavras da Sr.a Eddy: “Na desolação da compreensão humana, o Amor divino ouve o pedido humano de ajuda e o atende; e a voz da Verdade profere as veracidades divinas do ser, que livram os mortais das profundezas da ignorância e do vício.” Miscellaneous Writings, p. 81;
Deixei o telefone, e, enquanto seguia um pouco menos desassossegado e um pouco menos desesperado, pelas ruas escuras, o erro começou a ceder. Um pensamento simples, terno e angelical aflorou. Foi tão repentino e inesperado que me causou riso. Esse ato de volver-me à Mente infinita em busca de ajuda, forneceu uma cunha espiritual que começou a romper meu pensamento restrito para deixar entrar os fatos acerca de Deus e de Sua idéia perfeita, o homem — cuja vida, amor, beleza e alegria não têm fim.
Havia grande reconstrução espiritual a ser feita, mas essa ocorreu rapidamente. Não foi a força de vontade humana, nem uma filosofia passiva que promoveram a mudança. Foi uma experiência espiritual profunda, conquistada mediante a oração a Deus. O sol surgiu de novo em minha vida, e eu pude ver-me como uma idéia amada de Deus, que tem propósito. A ilusão de um mortal, enganado e ofendido pelas circunstâncias, simplesmente não era a verdade espiritual de minha identidade como filho amado de Deus. A oração — um pedido ardente e consciencioso de ajuda dirigido a Deus — compeliu a transformação. O quadro mortal foi posto de lado quando me tornei cônscio de meu propósito espiritual. A circunstância mortal perturbadora não pôde manter-se quando confrontada com a verdade que eu aprendera sobre Deus e a realidade.
A maneira como a Ciência Cristã encara a cura das provações da humanidade tem suas próprias raízes na Bíblia. Muitos dos venerados personagens bíblicos, tanto do Velho como do Novo Testamento, usaram o recurso espiritual da oração a Deus, a fim de superar as mais terríveis provações. Até mesmo na hora da crucificação, Cristo Jesus pôde ver além do escárnio e dos pregos e dizer: “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” Lucas 23:34. Então seguiu-se a vitória das vitórias — a ressurreição.
Que exemplo notável nos dá para que mesmo em hora de aflição vejamos espiritualmente o caminho a seguir. Tudo já foi demonstrado antes. A inteireza da criação infinita e perfeita de Deus estabelece cada precedente para a harmonia e a totalidade da existência do homem. Tudo que nos resta fazer, é reivindicar e aceitar a inteireza do bem, que de direito é nosso. Então as provações desaparecerão.
