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Como Comportar-se Ante a Violência das Multidões

Da edição de agosto de 1974 dO Arauto da Ciência Cristã


Há séculos, rapazes e multidões têm expressado seus sentimentos atirando pedras. Garotos às vezes passam horas atirando pedras por brincadeira, e a turba, quando descontrolada, atira o que está ao seu alcance.

Terá a oração algum valor para alguém inesperadamente envolvido em violência? A oração é sempre uma ajuda. A Bíblia afirma: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” Tiago 5:16; A oração é eficaz quando parte de um coração que confia plenamente em Deus como o único poder e aceita Sua vontade em lugar dos desejos errados e desajuizados dos homens. Os que oram dessa forma descobrem que Deus orienta, protege e sustenta.

Se alguém tiver sofrido dano físico pela violência da multidão ou por qualquer outro motivo poderá volver-se para Deus em oração, empenhando-se por ver mais claramente sua condição verdadeira de manifestação perfeita de seu Pai-Mãe Deus. Visto que Deus é Vida infinita, o reflexo de Deus, o homem, precisa expressar continuamente as qualidades que a Vida tem — qualidades tais como saúde, harmonia e bem-estar, assim como liberdade e segurança. Não pode haver interrupção ou variação na transmissão das qualidades perfeitas de Deus.

A partir desta base científica — a totalidade de Deus, a Mente, e a perfeição do homem como Sua idéia espiritual — podemos negar a realidade de um estado doloroso ou de invalidez. Até mesmo uma compreensão momentânea do poder e da presença de Deus, da vida e da inteligência que estão no Espírito, pode restabelecer a saúde de alguém que esteja sofrendo devido a algum mal físico.

A Bíblia nos diz como Paulo foi restabelecido em Listra, após ter sido apedrejado por uma multidão que acreditando estivesse ele morto, o arrastara para fora da cidade. Entretanto os amigos o socorreram e ele recobrou os sentidos e levantou-se. No dia seguinte viajou para Derbe (V. Atos 14:19, 20).

Ao lado do título marginal “História cristã”, a Sr.a Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A história do cristianismo fornece provas sublimes da influência sustentadora e do poder protetor conferidos ao homem por seu Pai celestial, a Mente onipotente, que dá ao homem fé e compreensão por meio das quais defender-se, não só da tentação, mas também do sofrimento corpóreo.” Ciência e Saúde, p. 387;

Na medida em que percebemos o amor de Deus para com seus filhos — em que compreendemos que temos nosso ser e nossa ação em Deus, que é onipotente e onipresente — podemos reivindicar e provar o poder protetor de Deus em nosso benefício e no do que nos pertence. Lemos no Salmo noventa e um: “O que habita no esconderijo do Altíssimo ... descansa à sombra do Onipotente ... Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra.” Salmos 91:1, 11, 12;

Compreendendo algo do Amor divino como Ser Supremo, podemos negar a crença de que o ódio ou qualquer outro mal tenha qualquer capacidade de causar dano ao homem. Quando vemos claramente que as forças dessemelhantes do divino são irreais e desprovidas de poder, estamos protegidos delas, habitando “... no esconderijo do Altíssimo”.

Jesus deu prova cabal disso na ocasião em que os judeus estavam para apedrejá-lo pelo que ele dissera a respeito de sua identidade real e espiritual. O escritor bíblico nos diz que Cristo Jesus passou por entre a multidão sem ser molestado (V. João 8:59).

Muitos são os que nos dias de hoje conseguiram proteção em casos de extremo perigo aplicando a compreensão de Deus obtida pelo seu estudo da Ciência Cristã. Testemunhos de algumas dessas experiências apareceram neste periódico.

Existirá algo que um indivíduo possa fazer para ajudar outros, bem como para manter a si mesmo em segurança? Um dos fatos admiráveis e confortadores acerca da oração eficaz é que a oração não é egoística. Não oramos cientificamente a partir da base de que Deus fez perfeito aquele que está orando, e protege a propriedade dele, mas que deixa que o mal suceda a outros. A oração científica afirma que Deus cria o universo, inclusive o homem, perfeito e harmonioso, e os mantém, nesse estado, eternamente. Também afirma que, não sendo Deus o criador da carência, da injustiça, do ódio, da animalidade, ou de forças destrutivas, estas não têm realidade, e portanto não têm poder sobre ninguém.

É claro que este modo de orar não deixa ninguém fora do reino de Deus, separado de Seu amor e terno cuidado. Isso inclui aqueles que estão a nosso redor quando a violência ameaçar ou já tiver estourado, e inclui os apedrejadores e outros desordeiros bem como as vítimas em perspectiva.

Para sermos capazes de ajudar a nós mesmos e a outros, é preciso que nós mesmos não nos apedrejemos — isto é, que não nos lancemos pedras mentais. Não podemos pensar eficazmente a nosso respeito como espirituais e perfeitos, e simultaneamente pensar que outros sejam maus, coléricos e destruidores. Temos de esforçar-nos por ver todos os homens como filhos de Deus. Então poderemos ajudá-los. A Sr.a Eddy indica o seguinte: “Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; assim revestidos, estareis completamente resguardados contra os ataques do erro de qualquer espécie. E não só vós estareis protegidos, mas também todos sobre quem repousarem vossos pensamentos, serão por esse meio beneficiados.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 210;

A pessoa que se interessa, também pode ajudar a evitar que a violência tenha início, indo à raiz do problema. O desejo de cometer violência física começa com pensamentos de violência — ódio, ira, amargura — para os quais contribuem a pobreza, o tratamento injusto, os desentendimentos, a ignorância e o medo. Soma-se a isso que, quando a disposição de uma multidão se converte em violência, apresenta-se o mesmerismo coletivo em ação que aparece como histeria, ódio assassino e cegueira para com o direito de outros.

Para ajudar a evitar que essas forças más do pensamento exerçam controle, precisamos começar por controlar o nosso próprio pensamento. Precisamos eliminar de nossa consciência os pensamentos que induzem à violência ou eles nos controlarão. Podemos descobri-los por meio de severa vigilância e livrar-nos deles por meio da oração científica.

Reconhecendo que Deus é a Mente única, e que todos os pensamentos verdadeiros se originam nessa Mente única e são puros e amorosos, podemos reivindicar para nós mesmos os pensamentos bons porque somos governados pela lei do Princípio divino. Então, ao esforçar-nos por viver à altura de nossas reivindicações, verificaremos que estamos no controle dos nossos pensamentos. A Sr.a Eddy afirma em Ciência e Saúde: “O homem cristãmente científico reflete a lei divina, tornando-se assim uma lei para si mesmo. Ele não emprega violência contra homem algum.” Ciência e Saúde, p. 458.

O próximo passo será, entender e afirmar que, sejam quais forem as aparências materiais, os fatos reais são que todos os seres estão sob o controle justo, imparcial e misericordioso de Deus, refletem Sua abundância e paz, e têm pensamentos puros e sublimes. O mesmerismo coletivo, o ódio, a histeria, e outros males semelhantes não têm poder atuante para controlar o homem e seus pensamentos. À medida que o homem se apegar a essas verdades, estará obedecendo a ordem de Jesus para que ame o próximo como a si mesmo. Estará afirmando que seu semelhante é filho perfeito de Deus, tal como ele próprio é.

Esse pensamento correto, ou oração, é eficaz para o bem no mundo. O amor constrói onde o ódio quer destruir; a verdade traz harmonia, enquanto que as mentiras e a amargura causam discórdia.

Não importa em que situação possamos nos encontrar, podemos confiar no terno cuidado de Deus para proteger-nos contra o apedrejamento ou qualquer outra violência.

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