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A CONTINUIDADE DA BÍBLIA

[Série de artigos que mostram o desenvolvimento progressivo do Cristo, a Verdade, do começo ao fim das Escrituras.]

A origem e a juventude de Moisés

Da edição de março de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


Um dos pontos culminantes da crescente inimizade entre os egípcios e os hebreus, que viviam no meio deles, foi o édito do próprio Faraó no sentido de que toda criança do sexo masculino, nascida do povo hebreu, devia ser morta logo ao nascer. Quando esse édito foi contornado pelas parteiras que atendiam às mães hebréias, o rei ampliou seu propósito cruel, exigindo de seus súditos fizessem com que toda criança recém-nascida de pais israelitas fosse lançada no rio Nilo.

Uma das crianças hebréias nascidas nesse período foi Moisés, cujos pais, Anrão e Joquebede, provinham da tribo fundada pelo terceiro filho de Jacó, Levi. Anrão e Joquebede tinham também outro filho, Arão, de três anos naquela ocasião (V. Êxodo 7:7), e uma filha, Miriã, que provavelmente era adolescente, pois desempenhou parte ativa no salvamento do irmãozinho, Moisés, que haveria de se tornar o mais famoso membro da família.

Durante três meses Joquebede teve êxito ao esconder a criança dos olhares predadores daqueles que talvez quisessem obter os favores de Faraó atirando a criança ao rio; mas pressentindo que seu segredo poderia ser descoberto a qualquer momento, concebeu um plano para garantir a sobrevivência desse filho. Nos registros bíblicos não está declarado onde a família de Anrão vivia, mas há boa razão para se supor que fosse perto de Mênfis, onde o Faraó reinante e sua filha parecem também ter vivido.

Pondo Moisés numa arca, ou berço, tecido de junco ou varas de papiro e impermeabilizado com piche, Joquebede escondeu essa arca por entre o alto canavial à margem do Nilo, e enviou a irmã dele, Miriã, para observar de longe “o que lhe haveria de suceder” (Êxodo 2:4). Essas palavras sugerem claramente um esquema preparado com cuidado, e que rapidamente alcançou êxito. Enquanto se banhava no Nilo, a filha de Faraó viu a arca e pediu a uma de suas aias que a trouxesse para junto dela. O choro da criança provocou instantaneamente sua compaixão, e ela prontamente aceitou o oferecimento oportuno de Miriã, para achar uma ama-de-leite entre as mulheres hebréias.

Desse modo o estratagema de Joquebede, se é que foi um estratagema, atingiu completamente a finalidade. Seu filho não só foi salvo, mas também ela ficou em situação de cuidar dele até que a princesa o reivindicou para fins de adoção. Uma tradição registrada pelo historiador judeu Josefo sugere que o nome da princesa era Termútis e que ela não tinha filhos, o que talvez explique a boa vontade dela em adotar esse belo menino, descrito por Estêvão, no Novo Testamento, como “formoso” (Atos 7:20).

No devido tempo Moisés foi “educado em toda a ciência dos egípcios” (versículo 22), os quais disputavam com os gregos a primazia em bravura física; também recebeu ele um preparo cultural de surpreendente amplitude. No estudo de aritmética, aos egípcios cabe a honra de serem os inventores da tabuada de multiplicação.

O Egito tinha suas escolas famosas, uma das quais, em Om (ou Heliópolis), fora, segundo parece, dirigida alguns séculos antes por Potífera, sogro de José (V. Gênesis 41:45). É provável que Moisés, como filho adotivo de uma princesa, tivesse ingressado a seu tempo na escola de Om, de cujo currículo faziam parte matérias tais como geometria e trigonometria, astronomia e química, literatura e direito. Uma tradição ulterior registrada por Josefo declara que na juventude Moisés se tornou soldado, realizando uma campanha bem sucedida na Etiópia; a Bíblia informa-nos que, nos últimos anos de sua vida, Moisés casou-se com uma mulher etíope (V. Números 12:1).

Qualquer que tenha sido a natureza específica de sua origem e cultura, não resta dúvida que Moisés vinha se preparando para desincumbir-se da grande tarefa de líder e legislador.


Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos,
e o teu coração guarde os meus mandamentos;
porque eles aumentarão os teus dias,
e te acrescentarão anos de vida e paz.
Não te desamparem a benignidade e a fidelidade;
ata-as ao teu pescoço;
escreve-as na tábua do teu coração.
E acharás graça e boa compreensão
diante de Deus e dos homens.

Provérbios 3:1–4

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