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ESCOLA DOMINICAL

[Esta coluna é publicada trimestralmente no Arauto da Ciência Cristã.]

Primeiro oração — depois ação

Da edição de março de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã

Christian Science Journal


[Este artigo sobre a Escola Dominical aparece ao mesmo tempo, em inglês, no Christian Science Journal.]

Vem sua igreja filial pensando em maneiras de dar mais vitalidade à sua Escola Dominical? Muitas igrejas elaboraram planos bem definidos para concretizar esse objetivo. Como conseqüência, algumas de nossas Escolas Dominicais estão prestes a tornar-se, ou já se tornaram, centros educacionais mais eficazes.

Ao dar, porém, os detalhes de como essas igrejas alcançaram seus objetivos podemos ser levados a desconsiderar o fato de que cada indivíduo e cada igreja filial tem características próprias. O caminho a tomar para alcançarmos nossos objetivos raramente será, ou jamais será, aquele tomado por outrem, porém é certo que devemos começar fazendo nossas próprias orações. Provou-se, vezes sem conta, que as atividades humanas em nossas igrejas só serão bem sucedidas se forem precedidas de profundo trabalho em espírito de oração e se forem o resultado direto de tal trabalho metafísico.

[Preparado pela Seção da Escola Dominical, Departamento de Filiais e Praticistas.]

A Sr.a Eddy diz (Ciência e Saúde, p. 1): “A oração, a vigilância e o trabalho, combinados com a imolação de si próprio, são os misericordiosos meios divinos pelos quais se realizou tudo quanto foi feito com êxito para a cristianização e a saúde do gênero humano.”

Estaremos orando, vigiando e trabalhando? Estaremos deixando de lado nosso conforto e interesses próprios em prol do bem-estar da humanidade e de todas as crianças do mundo? Esse é um elemento vital e absolutamente importante no trabalho para nossas Escolas Dominicais.

A infrutuosidade de depender inteiramente de meios materiais para o progresso das Escolas Dominicais foi provada inúmeras vezes. Indo direto a métodos humanos em busca de resultados positivos, algumas igrejas anunciaram suas Escolas Dominicais contínua e regularmente, por determinado período de tempo, em diversos veículos de comunicação, apenas para constatar no final do período que não lhes tinha sido possível notar nenhuma mudança na freqüência.

Mas temos também o relato de uma igreja, numa pequena comunidade européia, e que não tinha Escola Dominical. Desejavam ter sua Escola Dominical e sentiam que a deviam ter. Solicitaram o apoio de todos os membros a fim de alcançar esse objetivo. Ao contrário de outras igrejas a que nos referimos, iniciaram por trabalho mental e não físico; interna e não exteriormente. Começaram pela oração. Encorajaram seus membros a ampliarem o conceito que tinham acerca de Escola Dominical e não apenas em termos de atrair para a igreja casais que tivessem filhos. Chamaram a atenção de todos para que em suas orações pela Escola Dominical envolvessem as crianças do mundo todo.

Os membros prontamente aceitaram o chamado. Dentro de poucos meses tinham uma Escola Dominical com treze alunos matriculados, dos quais todos procediam de lares onde os pais não estavam interessados na Ciência Cristã!

Nesse caso, pelo que estamos informados, houve pouco planejamento num plano meramente humano — possivelmente nada além de encontrar professores e proporcionar um local para funcionamento. No entanto, é evidente que a exigência mental de oração, vigilância e trabalho foi amplamente satisfeita. Até mesmo a imolação de si próprio entrou em ação, pois os membros trabalharam não apenas pelas crianças em sua comunidade mas por todas as crianças.

A lição é clara, não é mesmo? Oremos e continuemos orando. Sejamos persistentes até que vejamos claramente o caminho diante de nós. Nossas orações, o volvermo-nos com toda sinceridade a Deus, o Tudo-em-tudo, revelarão a maneira de proceder correta que se aplica às condições e circunstâncias de nossa igreja. E uma vez que o caminho esteja aparente, os passos humanos correspondentes poderão ser alegremente tomados.

O resultado dessa oração pode ser algo totalmente diferente do que esperávamos, possivelmente diferente daquilo que outras igrejas tiveram de fazer para suas Escolas Dominicais, mas será o correto para nossa igreja. E é exatamente isso que desejamos.

Ficamos especialmente sensibilizados com outro relato que recebemos. Veio de uma igreja filial cuja vizinhança havia decaído terrivelmente e cuja Escola Dominical estava assustadoramente vazia. Havia muita delinqüência juvenil nas redondezas.

Os membros dessa igreja reconhecendo que havia uma necessidade na comunidade e em sua igreja decidiram trabalhar mental e individualmente acerca do problema; orar diariamente não apenas pelas crianças à volta deles, mas pelas crianças de todo o mundo. Haviam constatado, e quem já não constatou, que as crianças de toda a parte necessitavam de todo a auxílio que poderiam receber a fim de protegê-las do abuso e da negligência, salvá-las das drogas, da criminalidade e da doença. Os membros dessa igreja persistiram em reconhecer e afirmar que Deus ama, instrui e cuida de todos os Seus pequeninos e que Deus é o único poder.

À medida que o tempo foi passando, a Escola Dominical notou um aumento nas matrículas até que sua freqüência superou a dos cultos, e a criminalidade juvenil na comunidade diminuiu consideravelmente.

O trabalho em espírito de oração de apenas um indivíduo pode ser eficaz. Uma professora de uma grande Escola Dominical resolveu o problema de pouco freqüência. Numa sextafeira a superintendente da Escola Dominical telefonou-lhe para informar que no domingo haveria somente duas alunas em sua classe: uma garota que era de outra religião mas que estava investigando Ciência Cristã, e outra garota que, apesar de ter sido educada num lar Cientista Cristão, estava se afastando.

A professora levantou bem cedo no domingo de manhã e por três horas trabalhou para ver a ausência de poder do magnetismo animal em todas as suas formas, as quais procuram evitar que os jovens venham à Ciência Cristã. Naquela cidade havia milhares de estudantes universitários e a professora estava certa de que entre eles deveria haver muitos que se enquadravam na categoria que a Sr.a Eddy descreve em Ciência e Saúde (p. 570): “Milhões de mentalidades sem preconceitos — que com simplicidade procuram a Verdade, viandantes fatigados, sedentos no deserto — aguardam, atentos, o repouso e o refrigério.”

Ao chegar à Escola Dominical ela encontrou sete jovens em sua classe. Um deles era um rapaz que freqüentava uma escola de música. Era quacre e havia chegado à cidade na noite anterior. Quando saía do dormitório no domingo de manhã ele sentira um imenso desejo de ir à igreja, mas não sabia onde encontrar uma. Enquanto caminhava, viu uma Igreja de Cristo, Cientista, entrou, e foi bemvindo na Escola Dominical.

Outro aluno, vestindo o uniforme da Força Aérea, disse que ouvira falar em Ciência Cristã quando estivera em treinamento como recruta. Pensou que gostaria de investigar a Ciência Cristã.

O terceiro era uma garota que estava matriculada numa faculdade da vizinhança. Havia levantado pela manhã sem saber o que fazer com o dia que tinha pela frente. Tudo o que sabia sobre Ciência Cristã consistia apenas num cartaz que ela havia visto, pertencente à Organização Universitária da Ciência Cristã, mas que a persuadira a ir à Escola Dominical.

A professora informa que desde então, enquanto continuou a trabalhar naquela Escola Dominical, nunca deixou de ter pelo menos um novo visitante na classe. Fez o seguinte comentário: “Essa experiência ensinou-me que não anulamos — ou pelo menos não havíamos anulado — suficientemente as fases do magnetismo animal que procuram fazer com que os jovens se afastem da Ciência Cristã e de suas Escolas Dominicais.”

É possível para cada Cientista Cristão fazer um trabalho desse tipo. E que maravilhoso auxílio deixou-nos a Sr.a Eddy — apresentando em sua definição de “filhos” a perfeição da idéia espiritual e as imperfeições do conceito humano com que nos defrontamos em nosso trabalho. A definição diz o seguinte: “Os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor.

“Crenças sensuais, mortais; contrafações da criação, cujos originais melhores são os pensamentos de Deus, não no estado de embrião, mas no de maturidade; suposições materiais de vida, substância e inteligência, opostas à Ciência do ser” (Ciência e Saúde, pp. 582–583). Dessa maneira a Sr.a Eddy mostrounos exatamente o que negar em nosso trabalho em prol das crianças, bem como as grandes qualidades espirituais sobre as quais podemos regozijar-nos.

As necessidades e o bem-estar das crianças deram origem às seguintes palavras de Cristo Jesus: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Marcos 10:14). Em Mateus relata-se que Jesus disse (18:10): “Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.”

A amorosa provisão da Sr.a Eddy com relação às crianças foi por ela estabelecida e está protegida por intermédio dos Estatutos do Manual de A Igreja Mãe. Todos nós podemos superar a apatia, a falta de vontade de servir e o medo de não sermos capazes. Podemos compreender que o magnetismo animal não tem poder para interferir com a utilidade e eficiência de nossas Escolas Dominicais.

É interessante saber o que outros fizeram. Mas meramente copiar os planos e as maneiras de proceder exteriores não trará necessariamente o êxito à nossa própria Escola Dominical. O meio mais poderoso é espiritualizar a maneira de pensar acerca de nossas Escolas Dominicais. E isso resultará em demonstração.

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