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A CONTINUIDADE DA BÍBLIA

[Série de artigos que mostram o desenvolvimento progressivo do Cristo, a Verdade, do começo ao fim das Escrituras]

A instituição da Páscoa

Da edição de junho de 1975 dO Arauto da Ciência Cristã


As pragas que sobrevieram aos egípcios, tal como estão registradas no livro do Êxodo, resultaram claramente da teimosia do seu governante que se recusava a permitir aos israelitas deixarem o Egito e adorarem seu Deus no deserto. O golpe crítico final que fez Faraó e seu povo submeterem-se, foi a morte do filho mais velho de todas as famílias egípcias, numa só noite. Até mesmo entre os animais, os primogênitos foram-lhes destruídos.

Em antecipação a esse terrível acontecimento, foi declarado a Moisés que os israelitas tinham de passar pelo ritual da Páscoa. Essa festa solene parece que foi instituída com o objetivo de prover não só a consagração como também a proteção. Alguns eruditos argumentam que um festival semelhante talvez fosse conhecido dos israelitas antes desse tempo; mas, se esse for o caso, o significado mais profundo, no pensamento hebreu, que ficou ligado a esse festival, data inegavelmente da provação daquela terrível meianoite, quando os egípcios sentiram o pleno impacto da mensagem que as pragas lhes trouxeram.

No décimo dia do mês de Nisã, às vezes denominado Abib, que no calendário cristão corresponde à parte de março e parte de abril, os israelitas deviam começar os preparativos, procedendo primeiramente à escolha, para uso de cada família, de um cordeiro de um ano de idade ou de um cabrito sem defeito. Devia ser sacrificado na tarde do décimo-quarto dia do mesmo mês. Com o sangue, as ombreiras e a verga de cada habitação hebréia deviam ser claramente marcadas, identificando-se desse modo.

Conseqüentemente, passar-se-ia ao largo das casas dos israelitas e estes ficariam, assim, protegidos da praga mortal que aguardava os egípcios (V. Êxodo 12:11–13). Foram estabelecidas regras específicas de como preparar e de como comer essa refeição momentosa. A carne do cordeiro pascal devia ser assada e comida com ervas amargas — um lembrete da sorte amarga dos israelitas no Egito — e com pão que não havia sido levedado — um indício da pressa com que todos os israelitas deixariam o país, acossados no caminho pelos desolados egípcios.

Outra evidência do fato de que os israelitas tinham de estar preparados para deixar sem demora o país, logo depois de finda a apressada refeição, aparece em Êxodo 12:11: “Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias no pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa: é a páscoa do Senhor.”

Parece que os israelitas obedeceram rigorosamente a essas instruções, e à meia-noite daquele dia decisivo, o décimo-quarto dia do mês de Nisã, o golpe se abateu sobre os egípcios. Já não era mais necessário aos israelitas pleitearem sua libertação, pois os próprios egípcios insistiam para que saíssem imediatamente, até mesmo emprestando-lhes, na hora da saída, ornamentos de prata e ouro (V. Êxodo 12:35, 36).

Em íntima associação com essa libertação notável, como está relatada no livro do Êxodo, encontra-se a exigência de que, no futuro, o filho mais velho de cada família hebréia tinha de ser dedicado ao serviço de Deus (compare com Lucas 2:22, 23). Além disso, os primogênitos dos seus animais deviam ser sacrificados ao Senhor, em memória da proteção assegurada aos israelitas e aos seus rebanhos quando não só os homens, mas também os animais, morreram entre os egípcios.

Cristo Jesus tinha estabelecido para si mesmo o comparecimento obrigatório ao festival anual da Páscoa; e esta ainda continua como uma das mais veneradas observâncias dos judeus em memória da libertação dos seus ancestrais da terra do Egito, e em atenção à exigência bíblica que deviam celebrar esse dia “nas vossas gerações ... por estatuto perpétuo” (Êxodo 12:14).

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