Muitas pessoas gostariam de saber como alcançar mais paz e confiança, como desenvolver mais plenamente seus potenciais e gozar de paz genuína. Comungar com Deus, a Vida divina, é um meio seguro. A Ciência Cristã explica claramente que todos podemos conseguir tal objetivo se admitirmos a verdade básica do ser. Isso tem conseqüências práticas, pois, como a experiência mostra, a Ciência Cristã não é simplesmente contemplativa e meditativa.
A Vida divina é a fonte de toda substância e inteligência. A Sr.a Eddy nos diz: “Aquele que mais medita acerca da substância e inteligência espiritual e infinita, é quem mais progride na Ciência Cristã. A experiência prova ser isso verdadeiro.” Miscellaneous Writings, p. 309; A Ciência Cristã explica o método de comungar com Deus. Explica não só a natureza de Deus mas também a verdadeira identidade de todos, a identidade espiritual real dos que se encontram comungando. Na realidade divina não há um mortal finito a comungar com o Ser infinito. O homem é a idéia infinita da Mente, ou Deus, para sempre a coincidir com a Mente, e o homem sabe disso.
Comungar com Deus é o reconhecimento do imortal como a única realidade presente, e não o ato de um mortal na contemplação de algo imortal. Ora, talvez nos perguntemos como estabelecer a compreensão básica em que a comunhão com Deus implica, ou seja, como meditar “sobre a substância e a inteligência espiritual e infinita”.
Por meio de crescimento em espiritualidade, os Cientistas Cristãos verificam que podem estar conscientes da presença de Deus, a Mente, em qualquer situação. Já está provado que é possível se estar inteirado da presença de Deus, até mesmo num campo de batalha. E certamente é possível perceber a presença de Deus enquanto nos dirigimos ao trabalho. Retemperar-nos com a afirmação de que a Vida divina está presente e que não há outra vida, não é tanto uma questão de tempo ou lugar, mas de inspiração. A inspiração espiritual transcende o que se chama ocasiões ou ambientes que inibem.
O obter uma noção da realidade espiritual, ainda que num vislumbre fugaz, pode revelar um grande bem. A Sr.a Eddy diz-nos: “Tornate consciente, por um só momento de que a Vida e a inteligência são puramente espirituais — que não estão na matéria nem são da matéria — e então o corpo não proferirá queixa alguma. Se sofres de uma crença na doença, achar-te-ás repentinamente curado. A tristeza converte-se em alegria quando o corpo é regido pela Vida, pela Verdade e pelo Amor espirituais.” Ciência e Saúde, p. 14;
Um momento de compreensão de que a Vida e a inteligência são espirituais não requer que cerremos os olhos. Nada tem a ver com a repetição de fórmulas ou de um mantram. Exige, isto sim, que olhemos para fora do quadro de informações dos sentidos físicos. Em Ciência e Saúde, no capítulo intitulado “A Oração”, encontramos instruções práticas sobre como orar e comungar com a Mente. Ali a Sr.a Eddy diz-nos o seguinte: “Para orar com acerto, temos de entrar no quarto e fechar a porta. Temos de cerrar os lábios e impor silêncio aos sentidos materiais. No tranqüilo santuário das aspirações sinceras, precisamos negar o pecado e afirmar que Deus é Tudo.” ibid., p. 15;
Para orar com acerto, nem sempre precisamos afastar-nos da multidão ou do tráfego, mas sim precisamos afastar nosso pensamento da crença no que é físico e num cosmos material. Não há dúvida de que Cristo Jesus teve uma vida de comunhão constante com sua fonte divina, Deus. Em sua vida houve fases em que Jesus obteve refrigério nas montanhas e também períodos passados no alvoroço do mercado. A oração de Jesus era constante e eficaz, mesmo quando estava com as multidões. Isto se evidencia no fato de que algumas vezes no meio das multidões ele realizava curas impressionantes.
A oração na Ciência Cristã não implica pretender que os problemas humanos individuais ou coletivos simplesmente não existem, nem sugere que um pensar superficial ou escapista possa resolver os problemas humanos. Também não envolve o mero pensamento humano positivo nem o não-pensar. Pelo contrário, a Ciência Cristã nos dá o refrigério e a lucidez espirituais que nos habilitam a resolver problemas por meio de inspiração, e de um modo muito convincente.
Quando compreendida espiritualmente a oração na Ciência Cristã é eficaz e suficiente. A oração contemplativa e prática não pode ser melhorada pela adoção de técnicas ocultas ou de moderna psicologia mas sim por aprofundarmos nossa espiritualidade. A comunhão com Deus, a Mente universal — especialmente quando encarada com a compreensão de que o homem é neste mesmo instante a própria idéia da Mente — reforça nossa confiança no bem. Ajuda-nos a contribuir mais em nosso papel na vida. É o caminho para a paz.
Muitos hoje em dia parecem ser objeto de pressão ou confusão incomuns. Há grande necessidade da paz interior e da firmeza que a oração científica pode proporcionar. O primeiro capítulo no livro-texto da Ciência Cristã está dedicado à oração — pelas razões expostas, um capítulo que talvez, mais do que nunca, seja uma resposta óbvia às necessidades da sociedade. A Ciência Cristã não só acompanha nossa contemplação da realidade de todas as coisas e nossa maneira de viver as leis espirituais que percebemos nessa contemplação, mas também nos ensina como podemos fazer a oração que cura e satisfaz. O Salmista diz do homem que é verdadeiramente abençoado: “O seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” Salmos 1:2.
