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[Original em alemão]

Gostaria de agradecer a Deus, nosso Pai,...

Da edição de fevereiro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Gostaria de agradecer a Deus, nosso Pai, de todo o coração, por uma experiência maravilhosa, tida com nossa família no verão de 1974!

Fomos até a Dinamarca para acampar por uma semana. Passamos realmente dias esplêndidos e aproveitamos praticamente cada minuto à beira do oceano, que ficava a alguns passos do local em que estávamos acampados. Antes de viajar para lá, eu tinha tido a estranha sensação de que era incapaz de me rejubilar com as férias — como se alguma coisa desagradável estivesse por acontecer a mim. Rejeitei, entretanto, imediatamente esse pensamento, pois, tornou-se-me claro que, fosse qual fosse a situação, jamais poderíamos estar separados da onipotência e da presença de Deus. Esse pensamento reconfortou-me bastante, mas eu ainda sentia a necessidade de estar sempre em contanto com Deus. E isso fiz, mediante maravilhosas conversas que tive com Deus. Mantive-as durante o longo percurso da viagem feita de automóvel e cada dia na tenda, em geral à noite, antes de dormir. Nunca tive a impressão de estar só, desamparada; antes tinha a sensação de estar vivendo em Deus. E este estar-em-Deus, deu-me força e alegria para banir os pensamentos errôneos de medo.

No último dia de nossas maravilhosas férias, descemos para a praia. No norte da Dinamarca, onde nós então nos encontrávamos, costuma soprar um vento muito frio e o mar é muito agitado. Nadar ali é coisa impossível. Mas, apesar disso, é divertido brincar naquelas águas do mar, geladas de doer. Bem, após nos termos instalado confortavelmente numa duna, Mamãe, minha irmã Minni, e eu entramos na água. Só depois lemos que havia bancos de areia no oceano que se moviam continuamente e que entre eles passavam correntes marítimas que podiam carregar uma pessoa para o alto mar em questão de segundos. Éramos bastante cautelosas e só entrávamos na água até meio corpo. Também nos dávamos as mãos para que nenhuma de nós viesse a se perder, já que as ondas tinham uma tremenda força e realmente nos açoitavam. De repente, Mamãe gritou: “Nadem! Nadem!” Eu não sabia o que estava acontecendo comigo naquele momento, mas simplesmente nadei.

Subitamente, ondas que pareciam tão altas como uma casa abateram-se sobre minha cabeça. Fiquei apavorada. Mamãe já tinha desaparecido sem deixar vestígios. Mignon tinha sido arrastada para a praia. Entrementes, eu lutava em vão contra as ondas. Eu era levantada pelas ondas e levada cada vez mais longe. Não podia imaginar como isto podia ter acontecido tão de repente. Todo o mundo tinha sumido rapidamente da água e em massa abandonavam a praia. Não havia mais ninguém por perto para nos ouvir ou tentar ajudar-nos. Estava muito temerosa pela vida de Mamãe. A corrente e as ondas poderosas me estavam arrastando para longe. De repente vi a touca de banho de Mamãe boiando bem ao longe. Não podia imaginar de que modo Mamãe poderia ser salva. Meu desespero era tal que teria gostado de desistir de lutar, mas eu sabia que isto não ajudaria ninguém.

De repente, ouvi uma voz que ressoava nitidamente dentro de toda a escuridão em que me encontrava: “Por que você quer desistir, se você jamais pode estar separada de Deus?” Naquele momento, invadiu-me uma alegria tão grande e indescritível que nem percebi mais as ondas e as fortes correntes à minha volta. Senti-me apenas sustentada e cuidada pela presença de Deus, e estava convencida de que o mesmo estaria também acontecendo com Mamãe. Aí, senti de novo chão firme sob meu pés e arrastei-me para a praia. Estava a salvo. Mas, e Mamãe?

Não havia alma por perto. A Minni veio, mas ela não tinha sido capaz de encontrar Papai devido à sua grande agitação. Mamãe estava tão distante, mar a dentro, que só vez por outra dava para se perceber a sua touca verde. Comecei a orar fervorosamente. Sabia que o Amor já estava ali para salvá-la, que tudo já estava em ordem e que eu não precisava me preocupar. Deus está sempre aqui, disse a mim mesma, como também lá com Mamãe, no vasto oceano. Agradeci a Deus pela Sua onipresença com a qual Ele a estava rodeando.

Durante o lapso de tempo em que eu orava, estive com os olhos voltados para o solo e, mal havia levantado os olhos novamente, vi dois jovens dinamarqueses vindo em minha direção. A salvação estava ali mesmo! Gesticulei mostrando o mar com minhas mãos, pois não sabia uma palavra do idioma deles. Um dos jovens logo compreendeu o que eu queria dizer, tirou a camisa e atirou-se àquelas ondas selvagens. Não tive medo, muito embora o rapaz estivesse arriscando a sua própria vida. Sabia, porém, que aí também o amor de Deus já tinha ajustado tudo. Dentro de, aparentemente, pouco tempo, ele voltou com Mamãe. Ela estava por demais exausta para dizer coisa alguma, e eu muito feliz e grata. Pudemos apenas soltar um “tak”, que significa “obrigada” em dinamarquês. O moço vestiu novamente a camisa e, sorrindo, seguiu caminho com seu amigo, como se nada tivesse acontecido. Mamãe disse-me mais tarde que o seu salvamento a fizera lembrar-se do que havia lido na Bíblia a respeito de Cristo Jesus quando este apareceu a seus discípulos durante a tempestade no mar da Galiléia.

Hoje, quando penso novamente nesse episódio, sei que se eu não tivesse mantido aquelas conversas com Deus e não tivesse confiado tanto nEle, nós todas poderíamos nos ter afogado.

Sou tão grata por essa experiência, que me ensinou a reconhecer a contínua presença de Deus e a livrar-me por completo do erro material, da falsa crença.

Sou também imensamente grata pelo fato de ter podido resolver vários problemas através dos cuidados de Deus e com a verdade — a Ciência Cristã — e que por treze anos, e a partir dos três, tive o privilégio de freqüentar uma Escola Dominical da Ciência Cristã, na qual aprendi muita coisa que será de grande valia no decorrer de minha vida.


Graças ao treinamento que minha filha recebeu na Ciência Cristã, fui salva da morte por afogamento. Sou profundamente grata por esta inesquecível experiência, como nos foi demonstrado — e tem-nos sido provado tantas vezes — que Deus é, de fato, “socorro bem presente nas tribulações” (Salmos 46:1). Sou também muito grata por ter recebido instrução em Curso Primário de Ciência Cristã, pela nossa literatura, pelos praticistas que sempre tão desprendidamente nos assistem. Empenho-me diariamente em perceber e demonstrar mais e mais a nossa união com Deus.

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