Você tem medo da doença porque ela parece real? Ou tem medo de não saber como tratar dela? Ou não estará certo se pode tratá-la? Bem, você pode. Eis um modo muito bom de fazê-lo; que é um exemplo da verdade prática apresentada no livro Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy. Nele consta o seguinte: “Trata uma crença na doença como tratarias o pecado, isto é, repelindo-a imediatamente. Resiste à tentação de crer que a matéria seja inteligente, que tenha sensação ou poder.” Ciência e Saúde, p. 218;
Isso pode parecer um tanto difícil de ser feito. Porém temos controle sobre a espécie de pensamentos que entretemos, ou sobre o que aceitamos como verídico — se realmente damos preferência ao exercício de tal controle. Se você é honesto, certamente não pensará em apropriar-se indevidamente de algo, só porque alguém lhe houvesse sugerido. Você repeliria tal idéia imediatamente.
Do mesmo modo, quando você sabe que você foi formado por Deus, à Sua imagem e semelhança, e que Ele mantém continuamente tal semelhança, compreenderá que a doença não lhe pertence. E até mesmo recusar-se-á a aceitá-la, assim como você se recusaria a apropriar-se de qualquer outra coisa que de direito não lhe pertencesse. Você repeliria a sugestão imediatamente. O corpo não governa o pensamento; o pensamento sim, imbuído de fatos espirituais, governa o corpo harmoniosamente.
Tive a oportunidade de prová-lo certa vez, quando todos os sintomas de gripe se me apresentaram. Eu sabia que Deus é bom, que Ele me ama e está cuidando de mim. Sabia que Ele cria tudo e que tudo é inteiramente bom. Logo, Ele jamais criou doença de espécie alguma e assim a gripe não podia ser real. Era apenas uma crença e eu não ia aceitá-la como real ou verdadeira.
Embora não fosse fácil, procurei apegar-me à acima citada instrução da Sr.a Eddy, sobre como tratar a doença e o pecado. Percebi claramente que essa aparente enfermidade era apenas uma tentação de crer que a matéria é dotada de sensação e poder. Recusei-me então a dar realidade ao que parecia estar sentindo. Compreendi que na repulsão imediata não se incluía o ato de pensar como me sentia mal, preocupar-me a respeito de meu estado ou temê-lo. Significava expulsá-lo de meu pensamento. Agora mesmo!
Fui obediente. Volvi o pensamento com gratidão para a grande bondade e o poder de Deus. Em pouco tempo, todos os sintomas tinham desaparecido. Não só estava curada fisicamente, mas sentia aquela maravilhosa sensação de alegria e proximidade de Deus, que só vem com a cura espiritual.
Muitas pessoas tratam a doença como uma realidade que deve ser enfrentada com a medicina — por meio de operação cirúrgica ou de medicamentos. Em outras palavras, tratam a doença como se esta fora algo e para o qual outra coisa material tem de ser feita a fim de remover o algo original. Mas a doença jamais é coisa alguma, jamais é uma realidade.
Entretanto, por muitas pessoas acreditarem na realidade da doença e no respectivo tratamento por meios materiais, podemos inconscientemente nos deixar influenciar e sentir que nosso próprio pensamento está à deriva, indo águas abaixo, com a corrente das falsas crenças materiais. Eis porque Cristo Jesus, advertiu: “O que ... vos digo, digo a todos: Vigiai!” Marcos 13:37; Ao vigiarmos para que a Verdade e o Amor governem nosso pensamento e nossas sensações, isto é, nossos corações, não nos será difícil tratar as crenças em doenças, repelindoas imediatamente.
A Ciência Cristã trata a doença como uma crença e nada mais. A aplicação adequada da verdade espiritual prova que a doença nada é. Na presença da verdade, uma crença falsa — não mais acreditada ou aceita — desaparece. Da mesma forma, na presença da verdade espiritual acerca de Deus e do homem, a evidência da doença — não mais acreditada ou aceita — desaparece.
Jesus explicou que o mal é ao mesmo tempo a mentira e o mentiroso, revelando que ele é uma ilusão. Disse: “É mentiroso e pai da mentira.” João 8:44; Tratou ambos, o pecado e a doença, como sugestões mortais que devem ser eliminadas. Ele negou o mal e expulsou-o da consciência humana, curando assim o pecado e a doença. O Mestre provou que os males físicos ou mentais são passíveis de repulsão imediata baseada na verdade do ser.
Quando um pai desesperado implorou que lhe curasse o filho, que os discípulos não tinham conseguido curar, Jesus exclamou: “Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? ... Trazei-mo.” O rapaz estava aparentemente sofrendo de epilepsia, e quando o trouxeram a Jesus, teve um violento ataque. Calmamente, o Mestre primeiro fez ver ao pai a necessidade de crer — de aceitar o poder curativo do Cristo, a idéia espiritual de Deus, que Jesus ensinava e demonstrava. Assegurou-lhe que todas as coisas são possíveis ao que crê. Depois voltou-se para o rapaz e disse: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele.” Marcos 9:19, 25; E o rapaz foi curado.
Jesus estava tão consciente do poder de Deus e da perfeição de Sua criação que podia tratar a doença repelindo-a imediatamente. Ele é o nosso Guia. E a Ciência Cristã é a Ciência do Cristo, que nos ensina a curar como Jesus curava. Sintomas de doença são crenças, imagens do pensamento mortal, delineadas no corpo. Devem ser tratados como erros — falsidades — nunca como realidades. Sabendo que são irreais, podemos expulsá-los do pensamento. Então, esses males desaparecerão.
Por meio da Ciência Crista, podemos enfrentar qualquer discórdia como uma pretensão da mente mortal — uma sugestão ou crença — não como uma coisa. Substituindo a crença pelo fato espiritual, o pensamento é purificado; é limpado das falsidades e posto a coincidir com a Mente divina. O apóstolo Paulo nos adverte: “Tende em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus.” Filip. 2:5 (Conforme a Bíblia inglesa); Fazê-lo, traz o poder divino à nossa experiência humana e dá motivo a que a discórdia desapareça. Então vivemos a harmonia que, de direito, já é nossa, como filhos de Deus.
No livro Christian Science versus Pantheism, a Sr.a Eddy o resume deste modo: “Finalmente irmãos, continuemos a denunciar o mal como a pretensão ilusória de que Deus não é supremo, e continuemos a combatê-lo até que ele desapareça, — todavia não como alguém que desfere golpes na neblina, mas que levanta a cabeça acima dela, e põe o pé sobre uma mentira.” Pan., p. 6.
