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O Espírito, a fonte do suprimento

Da edição de fevereiro de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Quaisquer que pareçam ser nossas necessidades, é o Espírito, e não a matéria, que as atenderá. Será que essas necessidades parecem ser de alimento, moradia, vestimenta, transporte, educação, recreação razoável, dinheiro para pagar os impostos? As idéias espirituais que se originam da Mente divina inexaurível e que, por reflexo, pertencem a cada um dos representantes individuais de Deus, cuidam de todas elas. Em verdade, não podemos carecer de coisa alguma porque incluímos na consciência todas as idéias que produzem satisfação e que pertencem ao Amor onipotente, onipresente e onisciente, e a compreensão crística desse fato satisfaz abundantemente a nossas necessidades humanas.

Como as multidões devem ter se sentido gratas quando Cristo Jesus lhes deu alimento! O suprimento não veio da matéria. O incidente deu-se num lugar deserto e os recursos materiais consistiam, naquela ocasião, de apenas cinco pães e dois peixes. A Sr.a Eddy apresenta em Ciência e Saúde a pergunta: “Como é que foram multiplicados os pães e os peixes nas margens do mar da Galiléia — e também isso sem farinha nem mônada de onde pudessem vir o pão e o peixe?” Ciência e Saúde, p. 90;

Alhures, no mesmo livro, ela diz também: “Na relação científica entre Deus e o homem, descobrimos que tudo o que abençoa um, abençoa todos, como Jesus o mostrou com os pães e os peixes — sendo o Espírito, não a matéria, a fonte do suprimento.” ibid., p. 206;

Se as cinco mil pessoas tivessem expressado gratidão por terem sido saciadas, porventura tê-la-íam dirigido a Jesus por lhes ter providenciado alimento material? Ou a Deus, o Espírito, pela idéia de alimento abundante que Jesus demonstrou estar sempre presente? Jesus deu graças antes de partir e distribuir o pão e o peixe. Tanto agora, como então, quando nossas necessidades humanas são atendidas, certamente temos de primeiramente ser gratos a Deus pelas idéias espirituais que são a verdadeira substância de nosso suprimento.

De vez em quando ouve-se dizer — e não apenas de maneira gentil pelos amigos — que os estudantes da Ciência Cristã são evidentemente abastados — que eles estão supridos liberalmente de bens materiais. E por certo é verdade que, em muitos casos, o estudo e a prática da Ciência conduz, de fato, a um modesto grau de bem-estar financeiro em lugar do estado de pobreza pelo qual algumas vezes passaram anteriormente.

Os membros da igreja muitas vezes exprimem gratidão por condições melhoradas nas suas atividades comerciais, por sua habilidade recém-descoberta de pagar prontamente compromissos pessoais, por uma transição nos livros de controle financeiro do lar em que os saldos deixaram de indicar dívidas e passaram a representar créditos à medida que aumentaram sua compreensão da lei de Deus que rege a harmonia e a abundância. Mas isso não quer dizer que se pode comparar a Ciência Cristã aos cultos que proliferaram entre povos das ilhas do Oceano Pacífico, que em anos recentes se puseram a adorar as mercadorias descarregadas pelos navios, as quais lhes proporcionam aumento de bens materiais.

Esses cultos às cargas dos navios apresentam uma variedade de crenças que não incluem Deus, o Espírito divino, mas lidam com agentes sobrenaturais, os quais, conforme dizem os adeptos desses cultos, lhes trarão, não idéias espirituais, mas cargas de bens manufaturados que lhes garantirão uma utópica existência futura. Os adeptos pouco entendem de comércio ou de indústria, mas, vendo o status social a que as mercadorias fabricadas elevam o indivíduo na sociedade industrial, e agindo em parte à guisa de crença cristã, construíram, conforme se veio a saber, pistas de pouso e decolagem, ladeadas de enormes depósitos. Os aviões podem aterrissar e decolar nessas pistas, descarregando grandes engradados os quais, conforme afirmam os nativos, seriam enviados pelos espíritos e seriam armazenados nesses depósitos.

Por muito fantástica que essa prática pareça a cristãos de compreensão e experiência mais madura, ela não é mais fantástica do que a crença de que a Ciência Cristã está ensinando que o alcance do reino do céu consiste na acumulação de riqueza material, e que esse ensino descreve a maneira de consegui-la.

De fato, a Ciência Cristã sustenta que a substância é Espírito, não matéria, que o suprimento não é material mas espiritual — constituído das idéias da Mente infinita, Deus, o qual é “poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos” Efésios 3:20;.

Cristo Jesus sabia que Deus é o pai carinhoso que provê tudo quanto seja necessário para Seus filhos. Ele tinha fé completa em Deus como a fonte sempre presente do bem. Não recomendava a pobreza como um modo de vida, e destruía a pobreza onde quer que lhe aparecesse. Alimentava os famintos com tal abundância que até sobejavam pães e peixes. Quando teve necessidade de dinheiro, este estava à sua disposição. Vestia uma túnica de tal valor que os soldados que o crucificaram lançaram sortes para ver quem ficaria com ela. Mas, o tema do seu ensinamento não era que devíamos orar por coisas materiais, senão pela compreensão do amor e do constante cuidado de Deus. Até aos dias atuais ele nos guia para que trabalhemos pelo estabelecimento do reino do céu, ou o reino da lei de Deus na nossa consciência e na nossa vida. Ele disse: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; ... buscai, ... em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:19, 33;

Neste século, nações diferentes escolhem dias diferentes do ano como ocasiões especiais para relembrar as bênçãos recebidas e expressar gratidão a Deus por tê-las concedido. Pessoas que foram curadas e beneficiadas pelo estudo da Ciência Cristã sentem-se felizes por poder juntar-se aos seus patrícios ao dar graças, pois estão agudamente apercebidas da imensa importância das dádivas que Deus lhes tem dado. Atribuem valor especial à compreensão que adquiriram do amor de Deus e do fato de que Ele é a única Vida ou Mente que existe, e que o homem é o Seu reflexo completo e perfeito, que inclui todas as idéias certas

A Sr.a Eddy escreve: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido?” E mais diante ela continua: “Se somos ingratos pela Vida, pela Verdade e pelo Amor, e apesar disso rendemos graças a Deus por todas as bênçãos, então somos insinceros e incorremos na censura severa que nosso Mestre profere contra os hipócritas.” Ciência e Saúde, p. 3.

Ao nos lembrarmos que a substância é espiritual, não material, e que a Vida e o Amor divinos a suprem abundantemente sob a forma de idéias, provamos que estamos nos chegando para mais perto do reino de Deus.

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