Espantoso! Sim. Mas ouve o que a Bíblia diz sobre isso, quase no início: “Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás.” Gênesis 2:17; Como podemos ficar livres do mal neste mundo de hoje? Humanamente, cada pessoa é um agente moral livre para aceitar ou rejeitar o bem ou o mal que batem à sua porta mental.
Há um personagem bíblico que se tornou conhecido e expressou alto grau de utilidade numa época de grande necessidade — de fome na terra do Egito. Quando este José era ainda rapazola, os irmãos o invejavam muito. Conspiraram contra ele e o jogaram numa cisterna. Foi vendido a alguns mercadores que por ali passavam. Certos de que se haviam livrado dele, os irmãos passaram a viver despreocupadamente.
Essa é uma história bem interessante, que começa no capítulo 37 do Gênesis. No fim, quando José já tinha alcançado uma posição elevada no Egito e os irmãos descobriram que ele ainda vivia, foram tomados de pânico. A resposta que José lhes deu, mostra como deve ser encarado o mal nestes tempos. Disse-lhes, com coração sincero: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós... Assim não fostes vós que me enviastes para cá, e, sim, Deus.” 45:5, 8; Evidentemente, José não fez do mal cometido contra ele uma frustradora realidade. Ao contrário, usou toda a experiência no sentido do bem, para seu crescimento e desenvolvimento, e a serviço de seu próximo. Todos nós podemos fazer o mesmo, em qualquer experiência, por mais arriscado que isso possa parecer no momento.
A Ciência Cristã ensina a realidade do bem e a absoluta irrealidade do mal. Isso nos leva a enfrentar a aparência de mal, a partir de uma posição de antemão vitoriosa, para provar que, como escreve a Sr.a Eddy no livrotexto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde: “O mal é destruído pela noção do bem.” Ciência e Saúde, p. 311; Forçoso é admitir que a sensação de mal é tenaz e muitas vezes nos desafia a crer no mal e a pagar na mesma moeda. Entretanto, a inteligência sempre pode nos mostrar outra maneira de enfrentar qualquer problema. E simplesmente não é inteligente fazer de qualquer situação má uma realidade obstinada.
A Ciência Cristã também ensina que Deus é Princípio, e que Ele a tudo governa. Podemos nos volver a esse Princípio e nos valer do bem imensurável. Em qualquer situação podemos encontrar uma maneira de encarar o problema, e esta por fim há de provar a realidade do bem e a irrealidade das forças do mal com que nos defrontamos.
A bondade não pode ser intimidada pelo mal, porque o mal é irreal. O mal deve, e pode ser, enfrentado com base nisso. Quando o mundo todo, bem como seus habitantes, parece estar em conflito, aquele que sabe, pela prática diária, que o bem é real — que conhece a profunda sensação de bem em seu viver e em todo o seu ser — torna-se uma força tremenda em benefício da humanidade. Isso é possível porque Deus é bom e o homem é o Seu reflexo, expressão e agente. O homem real é testemunha desse Deus que é Princípio, esse Governador de todo o universo.
O mal é meramente um fantasma, uma sugestão, um espectro, e se desvanecerá em face do bem concreto. O que é o bem concreto? É o viver, o sentir, o falar, o agir bem em todas as questões, não importa qual seja a situação com que nos deparemos. Se você provar a nulidade do mal uma vez apenas, você será fortalecido, purificado, inspirado e impelido a seguir em frente em uma nova maneira de viver e de ser. A Ciência Cristã torna isso possível. Revela a realidade do bem e o como, o quando, e a razão de expressá-lo.
Pergunte-se: “Qual é a atitude mais agradável e proveitosa a adotar em qualquer situação?” Inquestionavelmente, a de procurar o bem que nela há. Então por que não praticar esse esforço? Tal padrão de pensamento é válido porque tem o Princípio, Deus, como apoio. Deus é o bem e é a origem de todo bem. O preocupar-se com a bondade nos eleva para mais perto de Deus do que qualquer outra atitude. Podemos até fazer conosco um trato no sentido de pensar em dez coisas boas toda vez que permitimos que uma má atitude penetre em nosso pensamento.
Somos propensos a passar por cima das coisas boas, simples e básicas de cada dia. Elas se tornam tão familiares que passam praticamente desapercebidas até que algum sentido do mal tenta alojar-se em nosso pensamento e em nossa vida. Podemos fazer do bem a realidade de nossa natureza e caráter se e quando despertarmos para o fato espiritual de que somos filhos de Deus e não mortais em luta. A Ciência Cristã revela todos esses fatos maravilhosos de maneira sempre crescente, através do estudo e da prática daquilo que encontramos nesse estudo da Ciência da Vida.
O Mestre, Cristo Jesus, nos deu a chave quando disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão fartos.” Mateus 5:6; De que consiste essa fome? Será que uma fase dela poderia ser a ânsia de aceitar somente o bem como real e de rejeitar o mal como irreal e falso para o filho de Deus? A cura física pode resultar, e muitas vezes resulta, de uma tal atitude e da profunda consciência do bem que ela propicia.
Esse desejável estado de coisas, entretanto, não acontece meramente por dizermos que o mal é irreal. É preciso muito mais do que isso. É preciso uma profunda, consagrada, honesta e humilde rejeição, em nossa vida, dos elementos do mal, tais como: ódio, ciúme, ganância, luxúria, imoralidade, arrivismo, apatia, incapacidade, e similares. O bem e o mal não se misturam, como não se podem misturar a luz e as trevas. Na epístola aos romanos, Paulo toca nesse ponto com muita precisão: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça” Romanos 6:16;
Em mensagem a uma das filiais da Igreja de Cristo, Cientista, a Sr.a Eddy nos dá esta jóia: “Como uma porção ativa de um todo estupendo, a bondade identifica o homem com o bem universal.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 165. O identificar-se com o bem nos separa do mal. O bem e o mal são contrários. Qual dos dois queremos? Somos livres para escolher, embora às vezes pareça que não. Com a prática fiel, podemos chegar a uma base do bem em todas as minúcias de nosso viver. Deus torna isso possível para você, para mim, e para todos, hoje.