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A verdadeira educação

Da edição de março de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos nós estamos sendo educados. Desde o primeiro instante em que aparecemos neste planeta, somos ensinados a fazer certas coisas conforme as normas que se desenvolveram através dos séculos. Fomos educados a aceitar determinadas teorias bem conhecidas, porém, errôneas, tais como a realidade da matéria, a confiança nos cinco sentidos físicos e a limitação em nossas realizações.

Algumas vezes, porém, ouvimos dizer que alguém é mal-educado. Qual é a diferença entre “mal-educado” e “bem-educado”? Qual é a verdadeira educação? O que é que precisa ser educado? Os sentidos materiais? O cérebro? O estômago? Não. O pensamento humano, porém, precisa, realmente, ser educado nas verdades da realidade espiritual.

Nossos pensamentos constituem nossa consciência. A pergunta adequada, portanto, é a que a Sr.a Eddy faz em Ciência e Saúde: “São divinos ou humanos os pensamentos?” Ciência e Saúde, p. 462; E é aí, com base na compreensão espiritual, que ocorre a verdadeira educação instilada pela Ciência Cristã e que começa, pode-se dizer, vinda de dentro para fora — do íntimo da verdadeira capacidade em potencial que possuímos de Deus, o Espírito, a manifestar Sua própria natureza — e não como algo que se sobrepõe, vindo de fora para dentro. Todos nós precisamos ser instruídos a não aceitar a matéria e a mortalidade e precisamos ser educados a aceitar a totalidade do Espírito. A verdadeira educação tem sempre um resultado vivificante. Como disse Cristo Jesus: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita.” João 6:63;

Uma pessoa pode ter recebido o melhor que uma escola e uma faculdade podem oferecer em matéria de educação, mas esta será deficiente se uma educação de natureza mais elevada, ou espiritual, tiver sido negligenciada. E a educação de sentido espiritual é um desabrochar sem fim da consciência que temos da bondade de Deus.

A Ciência Cristã não menospreza uma boa educação, humanamente falando. A Sr.a Eddy insiste: “A observação, a invenção, o estudo e o pensamento original espalham-se e devem promover o desenvolvimento da mente mortal, para que esta saia fora de si mesma, para fora de tudo o que é mortal.” E ela explica mais adiante: “O que deploramos são os emaranhados barbarismos do saber — o mero dogma, a teoria especulativa, a ficção nauseante.” Ciência e Saúde, p. 195;

A verdadeira educação, por libertar o pensamento das limitações que a si mesmo se impôs, de padrões falsamente aceitos, da ação mesmérica de crenças tais como o ódio, a luxúria, a preocupação, a precipitação — enfim, do que “pratica abominação e mentira” Apoc. 21:27; — essa educação nos livrará e nos salvará.

Qual é o preço dessa educação? A renúncia a qualquer crença em uma personalidade material, em um “eu” mortal, em uma criação e em um criador à parte de Deus; e a aceitação com alegria de nossa condição de filhos de Deus, portanto, seres imortais, espirituais e perfeitos. A verdadeira educação ensina a verdade a respeito de Deus e de Sua lei e do homem feito à Sua semelhança, governado por Sua lei; e precisamos agora, com urgência, desse ensinamento correto.

Todo problema físico, moral, ecológico ou político é, pode-se dizer, a conseqüência de uma falsa crença teológica ou de um ensinamento falso, da ignorância a respeito de Deus e do homem, o resultado de se desconhecer a lei de Deus. Tal ignorância é um desafio a Deus, como se vê pela advertência do profeta Oséias aos israelitas: “O Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus.” Oséias 4:1;

Assim, a verdadeira educação instrui a respeito das coisas do Espírito, e não da matéria. A verdadeira educação nos revela os direitos que nos foram dados por Deus. A verdadeira educação não ergue barreiras ao progresso, mas remove qualquer coisa que possa obstruir, obscurecer ou ocultar o potencial todo do homem, as habilidades ilimitadas que tem, como uma idéia de Deus. A verdadeira educação não dá apoio à materialidade, mas mostra-nos como dominar qualquer crença a esse respeito, por meio da compreensão da lei de Deus. A verdadeira educação derruba a crença na infalibilidade dos sentidos físicos e mostra-lhes que são apenas imitadores, falsificadores do sentido espiritual.

Ninguém recebeu uma educação completa, a não ser que adquira conhecimento de Deus e o demonstre. A verdadeira educação não se encontra nas normas ortodoxas ou nos canais da teologia escolástica. O indivíduo mais bem-educado é aquele que mais se aproxima de Deus e cujo coração está em consonância com Seus estatutos (ver Salmo 119:80). A respeito de Cristo Jesus, que foi quem melhor compreendeu a realidade espiritual, diz a Bíblia: “Estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas.” Mateus 7:28, 29;

A verdadeira educação é salvação. Representa, no cenário humano, o crescimento espiritual, por meio do qual o homem substitui a falsa consciência do sentido material pela verdadeira consciência do entendimento espiritual, compreendendo, desse modo, que a salvação é a condição eterna do homem criado à própria imagem do Espírito. A prova da verdadeira educação é a manifestação progressiva do Cristo, a Verdade, na consciência humana e isso se revela em nossa habilidade de curar e de salvar. A Sr.a Eddy diz: “O estudante que cura ensinando e que ensina curando, será diplomado com honrarias divinas, que constituem o sinete único e próprio da Ciência Cristã.” Miscellaneous Writings, p. 358.

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