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A CONTINUIDADE DA BÍBLIA

[Série que mostra como o Cristo, a Verdade, vai se revelando nas Escrituras.]

Gideão: agricultor e juiz

Da edição de março de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


Gideão é um dos notáveis juízes citados no livro dos Juízes como alguém que livrou seu povo do perigo ou da opressão. Parece que ele fora preparado para as lides campezinas e não para as atividades militares ou politicas, pois encontrava-se malhando o trigo quando recebeu esta saudação: “O Senhor é contigo, homem valente” (Juízes 6:12).

Embora Gideão reconhecesse que anteriormente Deus havia salvo a Israel, ainda assim admitia que em seus dias havia visto escassas provas de tal proteção, pois os avassaladores midianitas “vinham como gafanhotos, em tanta multidão” (v. 5), assolavam o pais, destruindo o gado e igualmente as colheitas. Mas, foi-lhe assegurado que o Senhor estaria com ele, apesar de, ou em razão de, seu humilde rogo, no qual se declarava incapaz de tal encargo. Por intermédio dele, o jugo dos midianitas haveria de ser rompido.

A primeira tarefa que coube a Gideão foi especificamente a da idolatria. Seu pai, Joás, erigira um altar à deidade dos cananeus, Baal, e ao lado dele colocara um “bosque” — segundo a versão “King James” — e que hoje se considera geralmente como tendo sido um objeto de madeira esculpida ou poste-ídolo. Em obediência ao mandado divino, Gideão destruiu o altar e usou a madeira do bosque como lenha para com ela queimar o bezerro em holocausto ao Senhor. Assim, enfrentou com bravura a ira de seus vizinhos, que o ameaçavam de morte. Seu pai, no entanto, tomou o partido de Gideão, observando sarcasticamente que se Baal era mesmo uma deidade cuja reputação fora ultrajada, o próprio Baal é que tinha a responsabilidade de vingar-se.

Nesse ínterim, os midianitas e outras tribos hostis haviam reunido um exército para derrotar as forças de Israel que então acorriam para o lado de Gideão. Nesse ponto, o exército de Gideão era de trinta e dois mil homens; mas numa mensagem o Senhor afiançou-lhe que esse número devia ser reduzido para que o êxito da vitória que haveria de vir não fosse atribuído a condições humanas ou ao número de seus participantes, mas que ela devia ser reconhecida como de origem divina. Qualquer soldado que mostrasse o mais leve traço de medo devia voltar para casa imediatamente. Vinte e dois mil homens se valeram dessa oportunidade, e com isso o exército ficou reduzido a dez mil.

Outro teste viria, pois Deus disse: “Ainda há povo demais” (Juízes 7:4). E o novo teste foi levado a efeito num córrego que havia ali perto. Todos os homens, como exceção de trezentos, não tomaram as devidas precauções e se descuidaram de suas responsabilidades, ajoelhando-se, e enfiando a cabeça na água, dela bebendo até ficarem plenamente satisfeitos. Os restantes homens, atentos e prontos para enfrentar qualquer emergência, detiveram-se apenas o tempo suficiente para tomar um gole d’água que lhes mitigasse a sede. Só esses trezentos é que foram escolhidos para representar Israel.

Tendo sabido que os midianitas já estavam receosos do resultado da batalha, Gideão dividiu seus homens em três grupos e deu a cada homem uma trombeta e um cântaro com uma tocha dentro, o que temporariamente resguardava a luz. Durante a noite, dispôs estrategicamente seus homens em volta do campo dos midianitas. À meia-noite, de acordo com um sinal previamente combinado, os homens quebraram todos os jarros e empunharam bem alto as tochas. Fizeram soar as trombetas e lancaram em uníssono o grito de guerra: “Espada pelo Senhor e por Gideão” (Juízes 7:20). Desmoralizados, seus adversários fugiram, atracando-se uns com os outros.

É digno de nota que ali parece não ter havido perdas entre os trezentos valentes de Israel, embora hajam eles perseguido seus inimigos por vários quilômetros.

Depois dessa marcante vitória, foi oferecido a Gideão como recompensa aparentemente rica o título de príncipe, o qual seria hereditário, mas ele o recusou, dizendo aos israelitas: “O Senhor vos dominará” (Juízes 8:23).

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