Uma conferência da Ciência Cristã é um acontecimento importante. As orações com que os membros da igreja apóiam seu éxito serão eficazes na medida em que eles compreenderem a missão da conferência. A Sr.a Eddy diz em sua carta ao Quadro de Conferencistas da Ciência Cristã: “Vocês não aspiram à fama; vocês estão aqui para captar e definir o que é demonstrável e o que é eterno.” E, um pouco mais adiante, diz: “Vocês saem a público para enfrentar o inimigo armados de um olhar carinhoso e da religião e a filosofia do trabalho, do dever, da liberdade e do amor, a fim de desafiar a indiferença universal, a sorte e os credos.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 248;
Quando lemos essas palavras, que definem de modo geral a missão do conferencista, não podemos deixar de sentir-nos impelidos a utilizar nossas próprias habilidades espirituais em dar apoio às conferências realizadas em nossa comunidade. Se como membros da igreja desafiarmos primeiramente em nosso próprio coração a indiferença, a noção de sorte e o efeito não destruído de falsos credos, estaremos em situação de ajudar a vencer esses erros na mente carnal, que pretende implantá-los na comunidade. A tarefa mais importante é a de sentir a inspiração e o profundo interesse que nos deve invadir ante a perspectiva de ter a Palavra de Deus repartida publicamente.
As conferências da Ciência Cristã são um meio que nossa Líder, a Sr.a Eddy, concebeu para comunicar sua grande descoberta ao mundo. A verdade absoluta subjacente a esta atividade da igreja é a de que, no universo do Espírito, Deus está perpetuamente transmitindo idéias e inspiração espirituais aos Seus filhos. Sua verdade alcança seus descendentes com clareza e continuidade; eles ouvem Sua Palavra, deliciam-se nela, exaltam-na e a exteriorizam com espontaneidade.
Dar uma conferência representa esses fatos e expressa-os humanamente. Uma conferência proporciona um vislumbre da verdade inerente à comunicação, tal como ela se processa na ordem eterna do céu. Nossa compreensão dessa ordem divina tem o efeito de dissipar a ilusão material que apresenta uma comunidade de mortais indiferentes, desapercebidos da atividade espiritual que é levada a efeito no meio deles.
A compreensão obtida mediante a Ciência Cristã de que a divindade está envolvendo a humanidade, de que a Verdade está agindo sobre a comunidade e, de que, por ser Deus o Tudo, não existe influência má que possa fazer com que uma comunidade resista à Palavra de Deus, quer inconsciente quer intencionalmente, age para destruir a ilusão de falta de interesse na Ciência divina. A totalidade de Deus e Sua presença imediata, quando claramente compreendidas, reduzem à mera suposição a indiferença para com as verdades que espiritualizam. A indiferença tem de ser encarada como mera suposição.
Só a atividade espiritual pode pôr paradeiro à ação do magnetismo animal, que pretende cegar as pessoas para a importância do acontecimento que está se realizando na comunidade — uma conferência da Ciência Cristã. A atividade do mal só cessará se a ela nos opormos. Só desejar que a comunidade corresponda de maneira sadia, não ajudará também. É preciso que afirmemos as verdades positivas de que Deus está exercendo o controle, e negarmos e destruirmos a influência magnética do mal.
Quanto mais clara for a percepção de que a lei divina da atração tem pleno controle ali mesmo onde a indiferença pretende estar, tanto mais efetivo será o trabalho de apoio feito em espírito de oração no sentido de atrair o pensamento receptivo para que se faça presente à conferência. Tal trabalho anulará a aparente atração ímpia do materialismo, que quer enregelar os corações das pessoas quanto à importância da conferência e de sua grande mensagem.
Cristo Jesus sabia que a vontade de Deus é a força motivadora de Sua beneficência, e ele ensinou seus seguidores a orar: “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.” Mateus 6:10; De nossas orações em favor de uma conferência deve fazer parte a conscientização de que a Palavra de Deus é infinitamente penetrante, de que não há lugar onde ela não seja ouvida e acatada. Essa verdade há de obliterar a crença mítica de que a escuridão mental, ou o materialismo, ou a desobediência, existem em algum lugar ou podem obstruir o mandato divino da Verdade de que estamos atentos à Palavra de Deus. Nada pode obstruir a vontade de Deus ou impedir que ela se faça na terra.
É mais proveitoso compreender que Deus está comunicando Suas verdades à humanidade mediante o poder irresistível de Sua auto-revelação do que acreditar que nós, como seres humanos, nos estamos comunicando. Essa compreensão demonstra a força plena da vontade divina e rejeita toda incerteza quanto ao resultado de nossas orações feitas em apoio duma conferência.
O que reúne a audiência numa conferência é algo mais vital do que a sorte. De fato, não se trata de sorte. A vontade de Deus é a lei governante dos impulsos mentais que levam o indivíduo receptivo a assistir a uma conferência. E aquilo que o Pai leva a efeito, recebe Sua bênção.
É preciso ver que a falsa crença teológica, que define o homem como sendo um mortal pecador, não tem poder algum para impedir alguém de receber a mensagem mais importante de uma conferência, a de que o homem é a semelhança de Deus.
A Sr.a Eddy diz da Ciência Cristã: “Ela apela ao homem como homem.” Miscellaneous Writings, p. 252. E podemos ter a certeza de que uma conferência da Ciência Cristã está fazendo isso. O homem, o homem de Deus, está presente. A Palavra de Deus é sempre compreendida. A eficácia de nosso apoio para essa ocasião dependerá de entendermos que o apelo da Ciência Cristã é perfeita e universalmente ouvido.