Será que é realmente possível ser perfeito?
Será isso desejável?
A Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) responde a ambas as perguntas com um sim científico. Revela a base espiritual sobre a qual Cristo Jesus provou que a perfeição é a verdadeira essência de todo ser real. Mostra-nos o fundamento sobre o qual podemos, hoje em dia, começar a gozar da vida perfeita que ele exemplificou, com seu corolário de perfeição de saúde, harmonia, segurança, propósito e suprimento.
Uma vida completa e aprazível está aberta a cada um de nós quando, graças ao Cristo, a Verdade, conhecemos e vivemos de fato nossa união com Deus, como Seu filho amado.
Deus, o Princípio perfeito de toda a criação, nunca poderia manifestar-Se naquilo que é menos que perfeito. Conseqüentemente, a perfeição é a lei, o fato da criação, e não a exceção.
A perfeição é o estado ou a condição em que todas as coisas existem eternamente. Ela entremeia os pormenores de toda existência real. Mary Baker Eddy escreve no livro-texto da Ciência Cristã: “A perfeição é a base da realidade. Sem perfeição, nada é inteiramente real. Todas as coisas continuarão a desaparecer, até que a perfeição apareça e a realidade seja alcançada.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 353;
Esses fatos científicos revelam, não um estado espiritual e ideal do ser que algum dia deva tornar-se verdadeiro, mas sim o status atual de tudo quanto existe agora. E podemos prová-lo pela cura.
Os conceitos errôneos acerca da criação, os quais constituem conhecimento humano, têm de ser destruídos pela demonstração científica da união entre o homem e Deus. Para consegui-lo temos de amar supremamente a Deus, o Espírito, amá-Lo em pensamento e ação. Nossos desejos, afeições e aspirações têm de ser espiritualizados a fim de que a totalidade de Deus possa ser expressada a cada momento de nossa vivência. Isso apresenta o desafio máximo ao sentido material de existência. Mas Deus, mediante Sua graça que a tudo conquista, deu-nos tudo quanto necessitamos para demonstrar Sua perfeição nas nossas vidas individuais. O Sermão do Monte, que Cristo Jesus proferiu, especifica, por exemplo, passos de mansidão, pureza de propósitos, paz, fome e sede de justiça, os quais conduzem ao reino celestial. E inclui nesse sermão o mandamento: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Mateus 5:48; Essa é a exigência que o Princípio divino faz a todos nós — exigência que a idéia divina, o homem real, cumpre para sempre.
O pensamento humano é lento em renunciar ao seu apego à crença numa natureza e existência separadas da Mente divina, mas o Amor divino, graças à sua lei redentora, está paciente e persistentemente agindo na consciência humana e efetuando a necessária submissão do humano ao divino. Essa lei foi revelada na sua plenitude e inteireza na Ciência Cristã. Ela é nossa para que a compreendamos e demonstremos. Ela provê uma base científica para a concretização presente da perfeição eterna do homem.
Foi a percepção pura que Cristo Jesus tinha da natureza eternamente espiritual e perfeita de todo ser verdadeiro o que o capacitou a destruir as imperfeições chamadas pecado, doença e morte. Cada ato de sua vida dava prova da realidade da perfeição. Seu domínio sobre as crenças de carência, imoralidade, doença e todo o mal estava baseado na sua compreensão do relacionamento entre o homem e o Pai único, ou o Princípio divino, de todo ser verdadeiro.
A perfeição não é algo visionário a ter lugar no futuro, algo que desejamos e pelo qual esperamos; ela é a característica do estado presente do ser do homem como reflexo de Deus. A perfeição está aqui e agora permeando toda existência real, bem presente em toda parte como o Próprio Deus. A perfeição participa da natureza de Deus e, portanto, não é humana mas divina, não é material mas espiritual, não é pessoal mas impessoal. Pela compreensão da identidade real do homem, tal como ela é revelada na Ciência Cristã, a perfeição pode ser expressada e demonstrada por todos os homens e mulheres em toda parte.
A perfeição não acontece; ela já é eternamente. O Cristo salvador, a Verdade, faz com que a demonstração desse fato científico seja uma possibilidade presente na nossa vida, por nos revelar nossa união presente e eterna com Deus, como Sua idéia amada.
A assim chamada mente mortal, pretendendo ser uma consciência adicional ao único Princípio infinito ou à Mente imortal, concebe espuriamente dentro dela mesma um conceito, mítico e imperfeito, de existência material. Sua projeção, um homem mortal e um universo material, é inteiramente irreal. É aquilo que Jesus declarou ser um “mentiroso e pai da mentira” João 8:44;. A despeito de seu artifício, nenhuma projeção da mente mortal pode jamais alcançar perfeição, porquanto o efeito nunca pode exceder a causa — o imperfeito nunca pode tornar-se perfeito. De fato, o irreal nunca pode tornar-se real.
Conseqüentemente, o método científico para demonstrar perfeição não consiste em tentar infrutuosamente melhorar a mortalidade, mas em mudar radicalmente a base de nosso modo de pensar e de viver, em rejeitar por completo o sentido mortal da existência e em reconhecer a inseparabilidade que há entre o homem e Deus, o Espírito infinito. Esse é o modo revolucionário pelo qual a revelação da Ciência Cristã está transformando poderosamente o pensamento e a experiência humanos.
Pelo fato de que Deus, o único Princípio perfeito, cria tudo quanto é verdadeiro acerca do homem, deve-se enfrentar a imperfeição de qualquer espécie, não como sendo algo que se origina no homem, nem como algo que faz parte dele, mas como uma mentira acerca dele, a qual deve ser negada e destruída pela Verdade.
Há alguns anos os efeitos aflitivos e debilitantes do resfriado foram erradicados da minha experiência por eu me conscientizar da verdade contida na seguinte afirmação da Sr.a Eddy em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany: “A Ciência Cristã é absoluta; não está aquém do ponto da perfeição nem está avançando em direção a ele; ela está nesse ponto e tem de ser praticada a partir dele. A não ser que percebas plenamente que és filho de Deus, e, portanto, perfeito, não tens Princípio a demonstrar nem regra alguma para a sua demonstração.” Miscellany, p. 242; A palavra “portanto” se destacou. Revelou-me a razão da atual perfeição do homem: a perfeição de Deus e o relacionamento entre Deus e o homem, como Seu filho perfeito.
O erro subjacente, ou seja, a causa do mal-estar, havia sido a aceitação inconsciente da crença de que o homem podia ter uma existência separada de Deus e, por isso, podia sofrer de uma condição desconhecida ao único Princípio perfeito e todo-harmonioso. A verdade da minha perfeição inviolável como reflexo espiritual da Mente destruiu essa crença errônea, e o corpo reagiu prontamente, apresentando evidência de saúde e harmonia.
Por mais agressivo que o testemunho do sentido material seja, a imperfeição nunca é a realidade de nosso ser. É um erro de pensamento que se tornou manifesto — sobre o corpo, nos negócios, no lar, ou em algum outro aspecto da vivência humana. E, mediante o reconhecimento persistente e em espírito de oração da verdade quanto ao relacionamento entre o homem e a única Mente perfeita, a crença errônea em imperfeição pode ser erradicada de nosso pensamento e assim de nossa vida. É essa a natureza e esse o método de cura metafísico ensinados na Ciência Cristã.
A necessidade do indivíduo não é a de se tornar algo que ele não é, mas de compreender e ser aquilo que ele já é, ou seja, a imaculada manifestação de Deus. A sensação de necessitar “tornar-se” pertence a algo com o que o homem não tem conexão — um sentido mortal de existência separada do Princípio divino. A maldição dos séculos tem sido a crença de que o homem se desviou da perfeição, de que ele, supostamente, tenha decaído da graça. Mas a criação tem de ser sempre aquilo a que o criador dá causa. Todo poder, inteligência e lei pertencem ao único Princípio perfeito, Deus, que é Tudo-em-tudo. O homem não cria a si próprio, mas é aquilo que Deus expressa nEle mesmo e dEle mesmo como Sua própria idéia. A causa e o efeito pertencem a Deus.
As obras que Cristo Jesus realizou e esperava que seus seguidores também realizassem, embora milagrosas para o sentido humano, são divinamente naturais. São a recompensa da aceitação estrita e decidida dos fatos espirituais do ser como sendo agora e para sempre os únicos fatos do ser.
A perfeição não pode ser atingida pelo exercício da vontade humana nem por meio de mero pensamento positivo ou da crença baseada nos desejos humanos. Requer demonstração obediente e progressista do Princípio da perfeição. E a demonstração do Princípio requer fidelidade inabalável aos seus preceitos, adesão inquebrantável às suas regras.
Para o sentido mortal das coisas o homem está condenado à imperfeição e à extinção. Para o sentido humano limitado ele, talvez, se torne, algum dia, perfeito. Mas, do ponto de vista da realidade divina, o homem é eternamente perfeito. Daí a Sr.a Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escrever: “A compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina inclui um Princípio perfeito e uma idéia perfeita — Deus perfeito e homem perfeito — como base do pensamento e da demonstração.” Ciência e Saúde, p. 259.
Perfeito serás
para com o Senhor teu Deus.
Deuteronômio 18:13