Fui curada ao compreender o amor e a solicitude de Deus para com cada um de Seus filhos. Esse mesmo Cristo, a Verdade, pode despertar a qualquer um.
Tive um caroço no seio por mais de dez anos. Isso não me incomodava constantemente, mas intermitentemente eu sentia dor. Procurei obter cura por minhas próprias orações, e, de tempos em tempos, tive a ajuda de vários praticistas da Ciência Cristã. Uma das praticistas disse-me que esperasse a cura para aquele mesmo dia. Eu não podia, honestamente, fazê-lo, pois havia tanto tempo esse estado parecia real. Sentia que tinha de acostumar-me a viver com aquilo. Usava a Ciência Cristã como alguém usaria uma pílula, procurando alívio para a dor.
Quando parei de lecionar, tive a alegria de passar muitas horas diariamente estudando Ciência Cristã e orando a Deus. Esse estudo enriqueceu meu caráter, até que vim a compreendê-Lo. Eu estava adquirindo o entendimento à maneira do Cristo, de Deus perfeito e homem perfeito, vendo o homem como uma idéia complemente sadia e espiritual, agora mesmo. Pensei que minha identidade verdadeira, ou corpo, expressa a Alma, e por isso era perfeita. Não podia haver medo na perfeição espiritual.
Meu modo de pensar estava se purificando e espiritualizando, e isso constituía um despertar para a minha verdadeira identidade. Eu sabia que não podia ser mesmerizada ou hipnotizada pelas falsas sugestões da matéria que afirmava ser alguma coisa anormal ou real. O bem é a única realidade e o único poder, e o mal não é pessoa, lugar ou coisa. A cura deu-se natural e inevitavelmente com essa espiritualização do pensamento. A Sra. Eddy é citada como tendo dito (Miscellaneous Writings, p. 169): “A elevação do espírito produziu a reconstrução do corpo.”
Pouco depois disso padeci do que parecia ser um nervo contraído. Passei cada momento em que estava acordada, declarando minha união espiritual com Deus, Sua totalidade, e a nulidade do erro mortal. Estudei a Bíblia, o Ciência e Saúde e os demais escritos da Sra. Eddy, e os periódicos da Ciência Cristã.
Após três dias, numa sexta-feira, telefonei a uma praticista pedindo sua ajuda pela oração. Precisava estar na igreja no domingo seguinte. A praticista se achava inspirada e orou por mim imediatamente, e dentro dos vinte minutos seguintes a dor cedeu e eu fiquei livre.
Quando, em virtude do cargo ocupado por meu marido, viajamos constantemente por dois anos, as palavras do hino n° 176 do Hinário da Ciência Cristã foram-me de grande valia:
Nós, pedras vivas dum altar,
Buscamos graça merecer
Onde a Verdade lampeja.
Os poucos momentos difíceis — a despedida de parentes e amigos, a entrega de uma casa e a acomodação do mobiliário — foram superados pelo reconhecimento de que, quando vivemos de acordo com as ordens de Deus, só pode haver felicidade. Eu sabia que o lar não é composto de tijolos ou argamassa, mas é a consciência do Amor em que habitamos. Sabia que a presença de Deus estava sempre à nossa frente, nosso caminho se achava preparado, e estávamos a salvo e em segurança em Seu amor e cuidado por nós. Onde quer que nos encontremos, podemos estar decididos a ver a beleza da Alma, porque ela está em toda parte.
Meu coração realmente transborda de gratidão a Deus por Sua bondade, e por ter-nos dado o Guia, Cristo Jesus. Como posso pôr em palavras o apreço que sinto pela Sra. Eddy e pelo desprendimento que teve ao partilhar conosco esta Verdade — sua descoberta do Princípio divino e da regra da cura? Sou grata pelo Manual de A Igreja Mãe que ela nos deu, e pelo Conselho de Diretores da Ciência Cristã, que continuamente preserva esse Manual.
Sherman Oaks, Califórnia, E.U.A.
