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Procurando emprego?

Da edição de dezembro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


O homem não é um número estatístico.

Os jornais, as agências de emprego, os escritórios governamentais, compilam atarefadamente estatísticas sobre o número de pessoas, os tipos de empregos e as tendências do mercado. Mas isso não determina verdadeiramente as perspectivas ou a condição de qualquer indivíduo relativamente ao trabalho, nem mesmo as descreve. As estatísticas sobre emprego não são nem mais nem menos intimidantes do que as novidades sobre as barras das sáias, que também sobem e descem sem exercer qualquer efeito sobre a identidade da mulher.

A verdade do ser é que a individualidade e o destino do homem são espirituais. Portanto, suas perspectivas de existência são definidas e determinadas espiritualmente. Como a Bíblia diz: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” João 4:24; E Paulo o diz ainda mais sucintamente: “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos.” Atos 17:28; “Apega-te à verdade do ser,” diz a Sra. Eddy, “contrapondo-te ao erro de que a vida, a substância, ou a inteligência possam estar na matéria.” Ciência e Saúde, p. 418;

Mas suponhamos que uma pessoa tenha a impressão de ter-se tornado, contra sua vontade, um número estatístico, um entre os milhares que estão a procura de trabalho. Como pode lidar com um sentimento de depressão e incerteza?

As estatísticas humanas precisam ser postas na perspectiva correta. São simplesmente dados que, interpretados de modo exato, podem ser úteis a educadores, sociólogos, governos, negócios, ao planejarem novos programas e anteciparem-se às necessidades humanas e aos cronogramas. Lidam com quantidades de pessoas, não com suas qualidades. Para cada conjunto de fatos que dizem “para cima”, geralmente poderá desentranhar-se outro (ou outra interpretação dos mesmos fatos) que diz “para baixo”, e vice-versa. Um pouco de cepticismo sadio viria muito a propósito.

Enquanto as estatísticas lidarem com a falsa visão do homem como uma pessoa limitada — uma mistura cômica de forças físicas e mentais manipuladas pelo acaso e pelo impulso — assinalar as atividades de trabalho dessa pessoa não tem nenhuma significação.

A medida prática a tomar, ao procurar trabalho, é aplicar continuamente o Princípio subjacente que governa toda a criação — apegar-se firmemente à fé de que Deus e o homem são inseparáveis como Princípio e idéia divinos. Esse Princípio divino cria, motiva, supre e sustenta tudo quanto realmente está acontecendo. Governa o verdadeiro ser. A reserva escassa ou o suprimento supérfluo não têm lugar nessa continuidade espiritual. E, como idéia individual da única Mente infinita, cada um de nós inclui todas as coisas boas diretamente proporcionadas pelo Princípio.

A informação sobre o número de pessoas e de suas habilitações para encontrar emprego tende a focalizar as dificuldades finitas da condição humana. A Ciência Cristã capacita-nos a corresponder às infinitas possibilidades do ser. É isso o que Cristo Jesus fez. Nas palavras da Sra. Eddy: “O grande Metafísico obrou, acima e além de todo sentido de matéria, até chegar ao sentido exato das possibilidades do Espírito. Comprovou que a saúde e a harmonia, a perfeição da mente e do corpo, são a realidade do homem; ao passo que a discórdia, que se vê na doença e na morte, era para ele o oposto, portanto, a irrealidade do homem; do mesmo modo que na Ciência a consonância é manifestamente a realidade da música, e a discordância a irrealidade. Esta regra da harmonia tem de ser aceita como verdadeira no que se relaciona ao homem.” Miscellaneous Writings, p. 187;

A saúde e a harmonia são tão necessárias em nossas ocupações como a saúde da mente e do corpo. Encontramo-las em nossa experiência quando as possibilidades do Espírito são reconhecidas.

As conclusões tiradas das estatísticas podem, no entanto, ter uma espécie de valor inverso. Muitas vezes dão a conhecer qual a limitação específica a seu respeito que o pensamento mortal está, na atualidade, descrevendo para si mesmo. Assim focalizam preocupações na cena humana que necessitam atenção em espírito de oração, quer se esteja diretamente envolvido no problema ou não.

Uma preocupação atual no mercado de trabalho é o número de pessoas jovens que terminaram a escola ou a faculdade e não encontram trabalho. Assim parece haver escassez — escassez de dinheiro, escassez de atividade, escassez de treino, escassez de experiência. Alguém que está alerta em relação à verdade do ser e suas possibilidades pode compreender que toda escassez é realmente a sugestão de que Deus está ausente. A necessidade real é afirmar e compreender que Deus é Tudo, onipresente. Justamente em face do medo de que qualquer coisa boa possa estar faltando, a consciência espiritual diz: Deus é a causa única e é o bem. E isso significa que o homem, como efeito, possui todo o bem. O fato é que o homem individual está agora plena e alegremente usufruindo essa verdade.

Há uma grita geral de que a concorrência é feroz. “Nessa selva, a luta é selvagem!”

Mas esse quadro de dúzias de pequenos sistemas cerebrais a marchar para a batalha nos departamentos de empregos do comércio e da indústria nunca revelará a coincidência da lei divina com as possibilidades humanas. Temos todo o direito de bradar: “Tolice!” a esse rumor e dar-lhe ordem contrária pela percepção espiritual de que o homem é a idéia da Mente, inteligente e sem idade. Conhecendo a verdade do ser, ficamos tão agradecidos por estar o Amor divino derramando constantemente seu próprio carinho — sua revelação e sustento do homem como idéia — que o problema se desvanece e o brilho claro da solução aparece.

Outro dilema contemporâneo é o obsoletismo tecnológico, que afeta a negócios inteiros assim como a indivíduos. De que modo podemos enfrentar um caso como esse?

Do mesmo modo como enfrentamos qualquer outro desafio humano — apegando-nos ao que é espiritualmente verdadeiro e criado por Deus — em vez de começar com o que parece verdadeiro humanamente. O Princípio que suprime as aflições do desemprego não analisa sintomas. Simplesmente percebe sua própria presença e poder. O reconhecimento da presença do Princípio faz-nos compreender que a existência de discórdia, escassez ou dificuldades é impossível. Como pode o Princípio estar presente com o caos, o desequilíbrio, a estagnação? O Princípio é infalível, e sua expressão constitui a estabilidade e a força espiritual do homem.

O Princípio individualiza a si mesmo; seja o que for que estejamos fazendo, a verdade do ser é que Deus, o Eu Sou, está aí mesmo em ação. A necessidade não é tanto a de curar uma condição adversa mas a de deixar que a presença do Princípio revele que para o homem não existe nenhuma outra condição senão a do bem.

“Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do alqueire, ou da cama? Não vem antes para ser colocada no velador? Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido senão para ser revelado.” Marcos 4:21, 22; As palavras de Jesus podem aplicar-se à pessoa que está procurando trabalho. Parodiando um provérbio: O que está por dentro se mostrará por fora. Por ver com clareza que nossa identidade e oportunidade estão relacionadas unicamente com os fatos espirituais do ser, não nos assustamos com notícias sobre o mercado de trabalho. A contínua afirmação de que Deus, o Princípio, é o poder controlador cria uma atitude de atenção e uma receptividade a idéias.

Não existe fórmula para eliminar os problemas. Agências de emprego, amigos, anúncios nos jornais, entrevistas e resumos biográficos — são dúzias e dúzias de canais para achar o trabalho apropriado. Aquilo que for o melhor para qualquer circunstância específica terá de se apresentar na certa, logo que a base científica para o ser torne-se percebida e estabelecida no pensamento. Pois não poder que resista ao Princípio. A Sra. Eddy resume-o assim: “São Paulo escreveu: ‘Alegrai-vos sempre no Senhor!’ E por que não, uma vez que as possibilidades do homem são infinitas, a felicidade é eterna, e se pode estar consciente disso aqui e agora?” Mis., p. 330.

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