Quando eu era muito jovem e estava estudando numa universidade, repentinamente vi-me frente a frente com novas exigências da vida, as quais eu não estava espiritualmente preparado para solucionar. Até então eu não sabia o que é Deus e o relacionamento que existe entre Deus e o homem. Sentia-me como uma folha separada da árvore, açoitada pelos ventos de um mundo mortal e material.
Numa época de grave crise econômica que afetou muito nossa família, perdemos nosso pai. Éramos oito filhos, todos estávamos estudando em áreas diferentes e nenhum trabalhava. Tínhamos sido sustentados e não produzíamos nenhum rendimento. Coube a mim gerir as propriedades da família, entre as quais havia um estabelecimento rural, com gado, arrendatários e trabalhadores rurais. A renda desta propriedade durante a crise econômica de 1930 a 1933 era pequena. A saúde de nossa mãe era precária, e os médicos não lhe davam muita esperança de recuperação.
Como me sentia pessoalmente responsável por todos os negócios da família, e como não tinha nenhum apoio espiritual a que recorrer, senti que o desastre estava próximo. Isso afetou minha saúde. Parecia que eu estava à beira de um colapso nervoso. Sofria de insônia, extremo nervosismo, angústia, pessimismo e medo. Não apenas minha saúde estava afetada, mas, pior, o que fora o sonho de meu pai e o meu — minha carreira universitária — estava perturbado. Sentia-me incapaz de enfrentar as exigências acadêmicas, e o medo aumento. Não adiantou descansar ou diminuir o ritmo de minhas tarefas. Tudo me perturbava. Esse era o ponto a que eu chegara. Lemos em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras por Mary Baker Eddy que “ ‘a extrema necessidade do homem é a oportunidade de Deus’ ” (p. 266). Acordei para uma nova realidade que me tiraria do abismo ao qual estava sendo levado, permitindo-me não apenas completar minha carreira universitária mas também levar uma vida normal e ser um membro útil para minha família e para a comunidade.
Minha mãe tinha se recuperado completamente com a leitura de Ciência e Saúde (havia abandonado a medicina por completo, apoiando- se unicamente no Princípio divino). Seguindo seu exemplo, comecei a ler o livro. Também tive tratamento de uma praticista da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), a quem devo muita gratidão. Ela me ajudou a compreender o que é o Amor divino. Esse conhecimento iluminou minha vida e dissipou completamente as trevas que me cercavam. A cura veio gradualmente, de forma natural; o medo cedeu lugar à fé, confiança, segurança e força espiritual.
Trabalhei muito com a declaração (Ciência e Saúde, p. 494), “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana”, e (ibid., pp. 476-477): “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes.”
Sou grato por instrução em classe e por ser membro de A Igreja Mãe e de uma igreja filial. A Ciência Cristã me fez compreender que trabalhar na igreja e por ela contribui para nosso crescimento espiritual e é a prova mais eloqüente de nossa gratidão. “Mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé” (Tiago 2: 18).
Também sou grato pelos periódicos da Ciência Cristã, que aumentam nossa compreensão espiritual. Não há palavras para expressar minha gratidão a Deus pela obra da Sra. Eddy, a autora de Ciência e Saúde, o livro que torna possível podermos compreender a Cristo Jesus e seguir o caminho que ele nos mostrou. Sou grato por A Igreja Mãe e por tudo o que ela faz pela humanidade.
Santa Fé, Argentina