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Vida posta em foco mais nítido

Da edição de dezembro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Há poucos dias um estadista acentuou numa entrevista televisionada que “as pessoas precisam hoje em dia de um propósito mais elevado que o da compra de objetos materiais”.

De que modo podemos eliminar qualquer mancha no quadro que mostra o propósito de nossa vida? Vinculando nosso modo de pensar à vida, à vivência e ao homem, como estes são definidos na Ciência Cristã. Quando o fazemos, uma coisa que há de surgir — e que fará enorme diferença na nossa perspectiva — é a seguinte: conseguir objetos materiais, ter apenas êxito material, não é o que realmente constitui a vida. A Descobridora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, diz-nos: “A Ciência Cristã apresenta desdobramento, não acréscimo; não manifesta evolução material da molécula à mente, e sim um transmitir-se da Mente divina ao homem e ao universo.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 68;

O que é que isso implica? Os mortais, segundo sua própria crença, crescem de um embrião. O homem, na Ciência, irrompe da Vida divina. Os mortais, em grau maior ou menor, volvem-se para a matéria a fim de se sustentarem. O homem real é mantido e satisfeito pela Vida divina. Viver uma vida cujo único objetivo é o de acumular coisas materiais significa ter e não ter! De outro lado, dar prioridade à apreciação de idéias espirituais e aguçar introspecções espirituais é entender e provar que o homem tem tudo porque o homem reflete o Tudo que é Deus.

A Ciência Cristã não passa simplesmente um sermão ou dá uma lição de moral sobre a vida, nem mostra como podemos viver mais contentes num mais elevado nível mortal. Ela põe um paradeiro definitivo à toda a noção de que a vida é orgância e dá-nos a convicção de que a Vida é Deus e que o homem é a idéia da Vida. A Ciéncia desafia com êxito toda pretensão de que a vida possa realmente não ter significado e ser temporária. A vida real é o efeito da Vida divina.

Dedicar todos os nossos esforços meramente a tentar enriquecer a vida mortal é um passatempo insípido e lúgubre. Então, o que é que eleva a humanidade? Não um estado de preocupação consigo mesmo. Não os aparelhos engenhosos que a humanidade tiver inventado, ainda que muitos desses inventos sejam construtivos e eliminem um mourejar estafante. “O espírito da Verdade é a alavanca que eleva a humanidade” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 130;, é o que a Sra. Eddy afirma.

Movimentamos essa alavanca toda vez que nos compenetramos de que a Verdade, a Vida divina, é onisciente, onipresente e onipotente. Movemos essa alavanca quando nos compenetramos de que o homem não é um pequeno ente mortal, perscrutando através dos sentidos físicos um inexplicável cosmos de matéria. Movimentamos essa alavanca quando reconhecemos, com a mais profunda convicção e humildade, que o homem é o reflexo imortal do grande Eu Sou, Deus.

Não olhemos para a matéria à procura de significado e permanência. Nela não os podemos encontrar. Encontramos, porém, o significado da vida — e sua eternidade — quando os procuramos na Vida divina. Estamos acreditando erradamente que existe significado na matéria quando imaginamos que o grangear renome em alguma profissão especial, grangear o respeito na nossa comunidade, ostentar poder numa comissão importante, são por si sós metas finais. A conquista desses pontos talvez explique que compreendemos a vitalidade e inteligência da Vida divina. Mas em alguns casos esses objetivos envolvem o exercício da vontade humana que embaça o verdadeiro sentido de propósito; e se montamos o cavalo rebelde da vontade humana, estamos sujeitos a ser jogados por terra a qualquer momento.

Aquilo que tem propósito espiritual sempre terá propósito. O propósito do homem — o verdadeiro propósito de cada um — é o de ser a emanação da Vida. Esse propósito nunca pode ser perdido. A idade não pode roubar o homem do seu propósito, porque o homem é imortal, não envelhece. O desemprego não pode roubar o homem do seu propósito, porque o homem está sempre empenhado em ser a idéia da Vida. A aposentadoria não pode terminar com o propósito do homem, porque o homem nunca cessa de manifestar Deus.

A Vida desabrocha em significado quando reconhecemos não apenas a verdadeira natureza espiritual do homem e o seu propósito verdadeiro, mas entendemos que somos esse homem agora mesmo.

Cristo Jesus tinha profunda compreensão do que vem a ser o propósito, e tinha também uma vida abundantemente rica e construtiva. Por quê? Porque ele se identificava como o Filho ou o efeito de Deus. Para ele o ser real era resplandecentemente vívido, imutavelmente completo e perpetuamente demonstrável. Sua carreira e seus ensinamentos abrem para nós, neste século vinte, perspectivas de propósito com ilimitados horizontes. Infinitamente mais do que uma figura religiosa que viveu há dois mil anos, Cristo Jesus foi o mais destacado luminar espiritual de toda a história.

Podemos volver-nos para sua vida e para seus dizeres se alguma vez nos sentirmos tentados a dizer que a vida decorreu insípida para nós. Quer o desânimo se nos defronte como uma inundação avassaladora ou como uma torneira a gotejar irritantemente, uma revisão da carreira de Cristo Jesus sob o foco que a Ciência Cristã nela projeta não pode deixar de nos proporcionar esperança. Ele compreendia a Ciência da Vida, era uma absoluta transparência para ela. Certa vez anunciou: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” João 10:10. Seu sentido da vida era divino e não humano. Ele é nosso modelo, e à medida que nosso sentido humano da vida é substituído pelo divino descobrimos que temos cada vez maior êxito em rebater quaisquer pretensões de tédio, fracasso, falta de propósito ou letargia.

Será que estamos à procura de propósito e significado? Esses estão justamente aqui, porque a Vida divina e sua idéia, o homem, estão justamente aqui, e nada mais pode, nunca, estar presente.

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