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A glória da forma que o homem tem

Da edição de junho de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Há algo muito especial quanto ao que você é em realidade. É a sua verdadeira beleza. A forma desta beleza não tem fim e é substancial porque é inteiramente espiritual. A Alma, Deus, dá origem a toda bela forma e a sustenta. Sua simetria, sua graça e sua substância existem perpetuamente como a manifestação singular e plena da Mente divina.

Algumas pessoas podem temer a perda de certa porção de sua identidade no caso de perderem matéria. Mas, na realidade, identificar o homem como um ser inteiramente espiritual dá ao indivíduo sua glória verdadeira e plena.

Não temos por fim desfazermo-nos de um corpo composto de matéria. Antes, visamos ao início da descoberta de que em realidade a verdadeira identidade de cada pessoa já é espiritual. E a espiritualidade nunca foi menos que admirável.

O Espírito, Deus, é a verdadeira substância — a única substância real. A matéria não tem substância. É um conceito mutável, sempre errôneo — temporário e subjetivo. O homem e sua beleza são reais, mas a verdadeira substância está estabelecida no estado sacrossanto da Alma, nunca nas mutações da matéria.

Aqueles que aprendem que o homem é o filho da Alma, a própria manifestação de Deus, captam algo do fato de que o ser só é genuíno quando sua condição é vista como inteiramente espiritual. Descobrem que a identidade espiritual não é intangível. Esta verdadeira natureza, enraizada no Espírito, não é uma abstração teórica nem nebulosa. O homem, como Deus o fez, é individual e distinto. É incomparável. Tem forma e linhas, cor e caráter, contorno e substância.

Qual é essa forma sagrada? Se a substância do ser de alguém é absolutamente espiritual, sem um resquício de matéria, com o que ele se parece? Certo é que não se parece com a matéria — seja qual for a evidência dos sentidos materiais. Só veremos este homem formado pelo Espírito na medida em que o virmos mediante o sentido espiritual.

No livro-texto da Ciência Cristã a Sra. Eddy alerta para os numerosos termos que equivalem a “homem”: “... em galês, aquilo que se levanta — sendo seu sentido primitivo imagem, forma; ... em islandês, mente.” Ela prossegue dando a tradução de um versículo bíblico em islandês: “E disse Deus: Façamos o homem segundo a nossa mente e nossa semelhança; e Deus formou o homem segundo a Sua mente; Ele o formou segundo a mente de Deus; e os formou macho e fêmea.” Ciência e Saúde, p. 525;

O homem é modelado, individual e inigualavelmente, na semelhança — beleza — da consciência divina. É preciso medir a forma de seu verdadeiro ser, o pensamento espiritual, pelos atributos mentais espirituais, não por centímetros e quilos. Os que expressaram o pendor do espírito em grau suficiente foram capazes de ver além dos limites impostos pela matéria — tempo e espaço — e captaram um vislumbre da verdadeira forma do homem. Isaías reconheceu a forma do homem ao ilustrar a beleza, a glória, de Deus, seu Criador: “Eu o criei para minha glória, eu o formei.” Isaías 43:7 (conforme a versão King James);

Cristo Jesus, também, reconhecia a natureza gloriosa do homem. Sua habilidade de ver além da mortalidade permitia-lhe perceber o esplendor da realidade. Tendo levado três discípulos ao cume de uma montanha, orou. “Enquanto ele orava, a aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura. Eis que dois varões falavam com ele, Moisés e Elias. Os quais apareceram em glória. ...” Os discípulos, então, “viram a sua glória e os dois varões que com ele estavam” Lucas 9:29–32;.

Enquanto muitos supunham que Elias e Moisés tivessem se ido, Cristo Jesus reconhecia que nenhum indivíduo jamais perde sua identidade espiritual e sublime. E esta compreensão o habilitou a elevar-se acima da mortalidade e naturalmente comungar com eles. A Sra. Eddy diz-nos: “Na Ciência, a forma e a individualidade nunca se perdem, os pensamentos são idéias delineadas e individualizadas, que moram para sempre na Mente divina como substância tangível e verdadeira, pois estão eternamente conscientes.” Miscellaneous Writings, p. 103;

É possível a cada um de nós começar a entender e realmente reconhecer algo mais da forma gloriosa do homem. É-nos possível discernir, por exemplo, a integridade que adorna o homem e que nele se acha profundamente enraizada. É preciso começarmos a ver que a integridade modela sua própria vida. É-nos possível aguçar a percepção para vermos o homem como a manifestação clara da alegria contínua e da pureza de pensamento. À medida que captarmos um leve vislumbre destas qualidades e compreendermos que elas formam a natureza verdadeira do homem — constituem seu verdadeiro ser por Deus sustentado — estaremos dando nossos primeiros modestos passos rumo ao discernimento da verdadeira identidade. Veremos indícios do que constitui a natureza duradoura e substancial do homem.

Ao cultivarmos individualmente a capacidade de perceber esta natureza mais substancial — de fato, a única natureza — torna-se, também, mais visível aos outros o conceito genuíno e pleno do homem. Discernir o homem e seu ser substancial e verdadeiro — como a idéia preciosa, a própria imagem, da Mente divina — resulta em cura. Entrever o fato espiritual faz com que logo comecem a se desfazer as limitações da crença mortal. Isso nos ergue, passo a passo, para fora da feiúra da mortalidade.

É-nos possível começar hoje a discernir devotadamente a forma espiritual do homem. É-nos possível identificá-lo como modelado de acordo com a glória da consciência divina. É-nos possível reconhecer com gratidão sua bondade, santidade e pureza. Mediante o pensamento espiritualizado vemos a graça do ser individual. A Sra. Eddy comenta: “A beleza é uma coisa da vida, que habita para sempre na Mente eterna, refletindo os encantos de Sua bondade em expressão, forma, contorno e cor.” Ciência e Saúde, p. 247.

O homem é belo porque é a manifestação especial da glória de Deus. É-nos possível começar agora a descobrir nossa identidade santa como espiritual e incomparavelmente modelada pela Mente.


Há somente um corpo e um Espírito. ...
Um só Deus e Pai de todos,
o qual é sobre todos, age por meio de todos
e está em todos ...
até que todos cheguemos à unidade da fé
e do pleno conhecimento do Filho de Deus,
à perfeita varonilidade, à medida
da estatura da plenitude de Cristo.

Efésios 4:4, 6, 13

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