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Exames — sem medo

Da edição de junho de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Quase todos já sentimos, pelo menos alguma vez, aqueles temores e dúvidas que acompanham os exames, até mesmo quando nos preparamos diligentemente para eles. Talvez já tenhamos passado pela experiência de ler incorretamente uma questão cuja resposta sabíamos ou ainda de nos defrontarmos com uma pergunta de todo incompreensível para nós.

Será possível enfrentar exames sem medo? Haverá maneira de se obter a tranqüilidade e a autoconfiança necessárias para conseguir bons resultados? A Bíblia responde-nos com um ressonante sim. “O Senhor é quem vai adiante de ti: ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te atemorizes.” Deuter. 31:8;

A solução para a ansiedade, a dúvida e o pavor está em compreendermos Deus. Como obteremos a convicção espiritual que supera o medo? A Ciência Cristã ensina que a alcançamos por meio de oração. Oração antes, durante e depois do exame.

Qual é a essência de tal oração? É saber, assim como Jesus, o Mestre, “que nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou” João 8:28;.

Jesus estava profundamente consciente de sua unidade imperturbável e imutável com o Pai, Deus. Quando caminhava pelas colinas da Galiléia ensinando e curando, ele estava consciente de sua proximidade com o Pai. Assim, movimentava-se com a convicção espiritual e a certeza da presença e do poder divinos. Cada um de nós, pelo menos aos poucos, pode provar, em sua própria experiência, as palavras de Jesus acima citadas.

Orar é reconhecer que somos a imagem de Deus. É ver o homem como Deus o fez. É conscientemente conhecer algo da natureza de Deus — da Mente que se manifesta em inteligência, da Vida que se expressa em atenção, da Verdade refletindo-se em precisão, do Amor expressando-se em intrepidez, do Espírito espelhando-se em inspiração. Portanto, como idéia espiritual da Mente, o homem real expressa constantemente inteligência, atenção, exatidão, intrepidez e inspiração.

Estas qualidades são inerentes a você e a mim, não como traços pessoais mas como dons diretos de Deus, qualidades que expressamos a partir da fonte infinita. Cada um de nós pode encarar os exames a partir da oração, identificando-se claramente com as qualidades espirituais. À proporção que o fazemos, somos capazes de superar o medo, o esquecimento, as limitações de tempo, a pressão e tudo o mais.

Isto é totalmente o oposto da perspectiva com que se encaram os exames quando cremos que tudo depende da pessoa, que ela está só e sendo testada ou que muito depende de sorte. Ou ainda quando alguém tem o sentimento egoísta de que a inteligência é uma propriedade individual distribuída abundantemente para alguns mas escassamente para outros. Ou de que os exames servem para ofuscar os colegas — glorificar a si e menosprezar os outros. Esse tipo de pensamento fecha a porta à demonstração das aptidões outorgadas por Deus.

Por outro lado, encarar um exame baseando-se em oração, reconhecendo nossa perfeita união com Deus, elimina a ansiedade de pensar que os resultados serão ruins, ou qualquer tendência ao egoísmo se pensamos em bons resultados.

Na universidade logo aprendi a importância de uma preparação completa para os exames. Eu havia estudado intensamente, revisando por completo toda a matéria. Havia feito um esforço para estar em dia com todos os trabalhos à medida que o curso se desenvolvia, a fim de não ficar sobrecarregado. Mas isso fora apenas uma parte da preparação para o exame.

A parte mais importante fora a oração. Durante meu estudo, periodicamente eu havia voltado meu pensamento a Deus, a fonte de toda inteligência e habilidade. Como Seu filho, eu havia exigido minha herança de sabedoria, compreensão, percepção e atenção. Sabia que não fazia nada por algum poder próprio mas que estava refletindo o poder de Deus. Isso me livrou da pressão ou do medo de estudar a matéria errada. Como resultado eu era seguidamente levado a concentrar-me exatamente nos tópicos que seriam abordados.

Enquanto prestava o exame eu também me volvia periodicamente à fonte divina da inteligência. Isso eliminou qualquer confusão ou medo em potencial de não me lembrar das coisas. Ao entregar o exame, para eu ter a certeza de que este seria corretamente avaliado, reconhecia a onipresença da inteligência, da exatidão e da justiça divinas, e sentia gratidão por elas.

Preparei um determinado exame de química conforme relatei. Estava confiante. Estudara cuidadosamente e havia orado. Entramos na sala. O exame foi distribuído. Rapidamente comecei a escrever. Mas quando cheguei à quarta página fiquei apavorado com uma pergunta que não consegui compreender de jeito nenhum. A questão valia a metade da prova. Li e reli a questão sem entender coisa alguma. A fórmula química com a qual eu devia trabalhar me era desconhecida.

Nesse ponto lembrei-me da oração que fizera de antemão. Baixei minha cabeça na mesa e vigorosamente declarei minha união com a fonte da inteligência. Isso levou só cinco minutos ou menos, mas ganhei bastante certeza e paz. Quando abri os olhos e reli a pergunta, pude respondê-la. Mais tarde fiquei sabendo que tinha respondido o exame com perfeição. Tive este tipo de experiência diversas vezes nos anos de universidade.

Entretanto, às vezes (porque em tantas ocasiões me saí tão bem), eu esquecia a preparação espiritual. Uma destas vezes foi no exame final do curso de ciências políticas. Eu havia recebido diversos A's nos testes preliminares e pensava que sabia bem a matéria. Não tomei tempo para orar. Fui para o exame pensando ser auto-suficiente — estava contente comigo mesmo por ter-me saído tão bem no curso. Como as questões pareciam fáceis! Fui o primeiro a entregar a prova, o primeiro a sair da sala e senti-me muito orgulhoso.

Uma semana depois, no entanto, a história foi bem diferente quando recebi um D — e isso na universidade, preparando meu doutorado! Eu não podia acreditar; fui falar com o professor. Eu simplesmente tinha lido mal duas das três questões e assim dera respostas totalmente erradas. Bem, devido aos meus conceitos anteriores recebi um B no final do curso, em vez do C que provavelmente merecia. Mas aprendi uma lição importante.

Toda situação em que somos testados exige apoio em oração. Exige a compreensão de que Deus é a fonte da inteligência e da habilidade. Somente deste modo podemos superar o excesso ou a falta de confiança, o medo ou o egoísmo.

Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy escreve: “O Espírito, Deus, reúne em canais apropriados os pensamentos ainda não formados e desdobra esses pensamentos, assim como Ele abre as pétalas de um propósito sagrado, para que esse propósito possa aparecer.” Ciência e Saúde, p. 506; Saber que Deus governa e que podemos nos apoiar nEle reduz o medo — sim, destrói o medo. Deus, a Mente, não fica confuso, nem sem tempo ou sob pressão. A Mente divina segue sendo inteligente e harmoniosa. E, na realidade, sempre seguimos expressando a Mente com perfeição.

Todas as aptidões são de Deus. Não estão no homem, mas são refletidas pelo homem. Como Cristo Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” João 5:17. Quando oramos cientificamente e com inspiração, as aptidões que demonstramos, a capacidade intelectual que expressamos, o talento que manifestamos são evidências de Deus emanando — o Pai trabalhando até agora.

Nossa tarefa é continuar expressando a percepção e a sabedoria divinas, vendo que já as possuímos. Então qualquer que seja o teste, suscitará inteligência, não medo. Quer num exame escolar, numa entrevista para emprego ou até mesmo no preencher um formulário, podemos declarar nossa união com a Mente divina e assim livrar-nos de erros, de não compreender as coisas, livres do medo.

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