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Como abordar problemas urbanos

Da edição de junho de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


As cidades são centros do pensamento humano. É, pois, compreensível que às vezes sejam centros cheios de problemas: decadência, dívida, alastramento irregular, até mesmo guerrilhas e terroristas urbanos.

A consciência mortal sempre tem problemas, de um tipo ou de outro. Eles provêm da mesma raiz — enigmas não resolvidos quanto à vida, seu propósito e significado.

As crenças humanas se exteriorizam em condições visíveis. Onde os pensamentos humanos estão densamente aglomerados, aí pode surgir um emaranhado de discórdias. A consciência material é uma arena de pontos de vista e teorias conflitantes. Desse conflito vem a tensão, bem como a tantas vezes acreditada criatividade e o desenvolvimento intelectual e artístico. A vida na cidade pode ser tanto estimulante e recompensadora como desafiante. O desafio é aumentar o bom e eliminar o que é menos do que bom.

Abarrotados nas cidades, acotovelando-nos, talvez nos perguntemos o que afinal a Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss) tem a ver com as condições urbanas. Esta Ciência tem tanta relação com os habitantes de cidades e suas tribulações quanto com outras manifestações do pensamento material, tais como escassez financeira e problemas físicos. A Ciência Cristã afasta-nos da aparência material e do caos dessa aparência, e leva-nos para a realidade espiritual e sua ordem. O pensamento expurgado de obsessões materiais e reforçado por introspecções espirituais, se expressa em uma experiência melhorada e num ambiente melhor.

A vida na cidade pode ser comunicativa e satisfatória. Se este não for o nosso caso, então talvez precisemos olhar além da mera paisagem citadina e identificar aquilo que realmente é e aquilo que realmente está acontecendo. Para além da aparência de sermos um mortal corpóreo no meio de milhões de outros num raio de dez ou vinte quilômetros, agindo reciprocamente, comprimidos e talvez mal dirigidos — de fato em lugar disso, em vez de para além disso — está a realidade espiritual de que a Mente divina reúne, classifica, ordena e unifica todas as idéias espirituais. O sentido material às vezes apresenta um quadro de entidades mais ou menos infelizes aglomeradas, sofrendo por causa de poeira, ruídos e outros incômodos, ou por causa de outras pessoas. Muitos nascem nessa situação e parece que não podem sair dela.

As crenças materiais, quando invertidas, apontam para as verdades espirituais. E uma verdade espiritual para a qual a crença material acima citada aponta, está indicada nas seguintes palavras de Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O Espírito, Deus, reúne em canais apropriados os pensamentos ainda não formados e desdobra esses pensamentos, assim como Ele abre as pétalas de um propósito sagrado, para que esse propósito possa aparecer.” Ciência e Saúde, p. 506;

O Espírito não reúne idéias e pensamentos em canais e lugares errados, pois o Espírito é a Mente toda inteligente. É de grande ajuda compreender que o cidadão, em sua identidade na semelhança da Mente, não está enredado numa concentração de crenças — crenças em insuficiência de espaço, em atividades criminosas, em decadência urbana e assim por diante — mas está envolvido e é beneficiado pelo foco de idéias da Verdade. Nenhuma idéia espiritual está só ou é esquecida, ou está perdida na multidão ou esmagada por ela, é vulnerável ou acha-se abandonada.

Em nosso verdadeiro ser somos classificados pela Mente, não pela matéria e suas condições, e da Mente recebemos identidade. Mesmo que apareçam circunstâncias urbanas desagradáveis, podemos viver melhor pensando melhor. A Sra. Eddy dá-nos a metafísica sobre a qual estabelecer um pensamento melhor. Ela afirma: “O Espírito diversifica, classifica e individualiza todos os pensamentos, os quais são tão eternos como a Mente que os concebe; mas a inteligência, a existência e a continuidade de toda individualidade permanecem em Deus, que é seu Princípio divinamente criador.” ibid., p. 513; Toda individualidade e consciência começam no Espírito divino e aí permanecem. Nossa verdadeira identidade, como idéia do Espírito, não tem outro lar ou permanência.

Cristo Jesus enviou seus discípulos a “cada cidade e lugar aonde ele estava para ir”  Lucas 10:1;. Por que fez isso? Teria sido porque onde havia concentração de pessoas havia concentração de problemas e oportunidade de curar? Hoje em dia não é muito diferente. Conquanto a locação de Cientistas Cristãos seja uma questão de resolução e demonstração individual, a Sra. Eddy aconselhou em sua época: “Na atualidade meus alunos devem residir em cidades grandes, e ali permanecer, para prodigalizar o maior bem a maior número de pessoas. A população de nossas cidades principais é suficientemente grande para proporcionar trabalho a muitos praticistas, professores e pregadores. Esse fato de modo algum interfere na prosperidade individual de cada trabalhador; antes, representa um acúmulo de poder a seu favor, o que proporciona a tranqüilidade e o bem-estar dos trabalhadores.” Retrospecção e Introspecção, p. 82.

Não é para se temer as cidades ou ressentir-se delas, mas para se compreendê-las com percepção espiritual, traduzi-las aos seus originais e às suas realidades espirituais. Podem ser apreciadas por suas oportunidades e seu vigor, pelas oportunidades que dão para sermos úteis no intercâmbio de idéias e na ajuda aos outros. Suas partes negativas podem ser diminuídas por meio da oração científica e metafísica, por meio de vidas e pensamentos iluminados pela Ciência e que transcendem a mesquinhez do viver meramente físico. Deveríamos ver nossa cidade não como um tipo de concentração de perigos, mas como um centro de possibilidades para provar a oniação do Amor imortal, a única causa da realidade, a única origem do homem, em qualquer lugar e época.

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