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Certa mãe pergunta: “Quem sou eu?”

Da edição de setembro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


As pessoas podem vez ou outra perguntar-se: Afinal, quem sou eu? E merecem resposta.

Quando eu era mãe jovem, ocorreu-me esta pergunta e parecia que minha significação — e até mesmo minha identidade — dependia das necessidades de minha família e do relógio. Como a maioria das mães e donas-de-casa, quando o bebé chorava eu me tornava em pajem; quando soava o alarme do relógio, em cozinheira; e depois, em lavadeira, compradora, motorista, faxineira, consoladora, apaziguadora, costureira, decoradora, anfitriã e assim por diante, pelo decorrer do dia. O desassossego crescia dentro de mim, até que certo dia, num momento entre o lavar de pratos e o de fraldas, percebi que necessitava saber quem eu era. Precisava saber o valor básico do que estava fazendo.

Como estudante da Ciência Cristã, eu estava aprendendo a volverme a Deus para alcançar respostas. Assim, comecei a aproveitar os momentos em que as crianças estavam repousando, para estudar com toda a atenção a Bíblia e o livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, apenas para conhecer melhor a Deus. Ali em Ciência e Saúde, como se estiveram em negrito, as seguintes palavras apareceram nítidas para mim: “Há um só Eu, ou Nós, um só Princípio divino ou Mente, que governa toda a existência; o homem e a mulher, para sempre imutáveis em seus caracteres individuais, tal como os números, que nunca se misturam uns com os outros, embora sejam governados por um só Princípio.” Ciência e Saúde, p. 588;

Começou a surgir a luz. Ora, é claro. Minha identidade não pode depender de outros, raciocinei, uma vez que em realidade não sou um mortal físico e sim uma idéia na Mente divina. Minha identidade é espiritual, distinta e única, estabelecida eternamente na Alma. Percebi num relance que eu não podia estar separada da Mente, sendo sua idéia, e comecei a aceitar realmente o fato de que o propósito do homem é sempre o de expressar individualmente os atributos infinitos de Deus.

Preparei uma lista de todas as qualidades oriundas de Deus de que me podia lembrar: alegria, contentamento, amabilidade, paciência, pureza, paz completa, compaixão, consideração, inteligência, força, vitalidade, integridade, justiça, honestidade. Comecei então a reivindicá-las para mim e a procurá-las nos outros. Que sensação de coerência, de continuidade e de valor comecei a sentir a respeito de minha identidade! Percebi que, quer eu estivesse dobrando fraldas, quer brincando com as crianças, jantando fora com meu marido ou assistindo a uma reunião cívica, podia dar mostras da mesma individualidade espiritual ao expressar continuamente Deus em amor, sabedoria e ordem.

Logo percebi que é Deus, o Amor, e não as ocupações, quem faz exigências a nós — exigências de que vivamos Suas qualidades constantemente. E é o Amor, compreendido, que nos dá não só a capacidade de atender a essas exigências mas também a recompensa de uma paz interior de acordo com os nossos esforços para atendê-las.

Reconheci com convicção renovada que nosso Pai-Mãe Deus é o único pai e que minha função como mãe humana estava sob o controle irresistível do Amor. As tarefas caseiras tornaram-se-me em oportunidades para acolher as sustentadoras mensagens do Amor de que me lembrava devido ao meu estudo diário.

Recebi a resposta que necessitava. Percebi que não obstante o que o sentido material tentava dizer-me, eu era em realidade e para sempre a idéia do Amor, ativa e cheia de propósito; que, ao compreender isso, podia utilizar e desfrutar inteiramente cada oportunidade que Deus me dava de refletir a Sua natureza.

Não passou muito tempo e comecei a sentir a calma do controle da Alma, a harmonia da direção da Mente e a alegria de ver que o Amor divino governava a mim e à minha família. Ao continuar esforçandome em ver cada membro de minha família — e cada pessoa, em qualquer lugar — como o reflexo de Deus, apreciando a verdadeira individualidade de cada um, adquiri um vislumbre do que Cristo Jesus quis dizer quando assegurou a seus discípulos: “Até os cabelos todos da cabeça estão contados. ... Bem mais valeis vós do que muitos pardais.” Mateus 10:30, 31; Tão valioso é cada indivíduo para Deus!

Atualmente, nossos filhos não são mais criancinhas. Não há mais fraldas para dobrar. Entretanto, cada dia, Deus, o Amor, dá-me renovadas oportunidades de expressá-Lo. Alguns anos depois desta experiência mudamo-nos da cidade para um vilarejo agrícola em outro país. Meu estilo de vida mudou de um dia para outro. Mas, eu sabia quem eu realmente era. E sabia que tinha simplesmente de desfrutar dessa oportunidade nova e divinamente outorgada para continuar a expressar minha identidade verdadeira e imutável, tentando observar a natureza do Amor a todo o meu redor, amando-a e vivendo-a.

“Não o que sou, mas o que és, Senhor” Hinário, n° 195; é como principia um hino no Hinário da Ciência Cristã. Que instruções explícitas para a descoberta de nós mesmos! Se precisarmos saber quem somos, é em realidade a Deus que precisamos conhecer: “Porque dele também somos geração” Atos 17:28. — Sua representação em qualidade integral. É esta compreensão o que satisfaz.

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