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Vida a irromper

Da edição de setembro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Cristo Jesus apresentou a Vida inquebrantável e expressada por si própria. Que conceito ilimitado ele nos deu! Como isso varre as teias de aranha, a crença em início e em fim do tempo! Como desafia os pensadores a olharem além da periferia da matéria em busca de respostas aos porquês da existência!

Pessoas ponderadas, em muitas áreas do saber, preocupam-se com a conservação da vida. Os ecologistas caracterizam-se pelo respeito e pelo amor à vida. Para eles, esta é algo a proteger e a preservar. Muitos entendem que uma lei da vida governa a natureza e que toda a criação se desenvolve em harmonia com o ritmo dessa lei. Vêem os seres vivos mantendo uns para com os outros um relacionamento de vida. O dano causado a um deles representa dano para todos. Uma bênção prestada a uma delas é uma bênção para todas.

O estudante de Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) também reverencia a vida. Pela Ciência Cristã ele vem a conhecer um fato básico e fundamental: que a Vida é Deus e que Deus está poderosamente sempre presente e é imperecível. Inerente nessa Vida sempre presente está o poder que irrompe expressando-se em harmonia inteligente, pois a Ciência Cristã não ensina que há muitas vidas particulares tentando manifestar uma concordância comum, mas que há somente uma Vida, Deus, que se expressa como a Vida de tudo. Nesse relacionamento não pode haver nenhum conflito, nenhum desperdício, nenhuma poluição.

Em certo sentido, um Cientista Cristão pode ser chamado um ecologista espiritual. Ele vê que a criação se mantém num relacionamento inquebrantável com seu criador, Deus, e trabalha a fim de reproduzir esse relacionamento construtivo nos seus contatos com outras pessoas. O Cientista Cristão alerta prova, cada vez mais, que essa Vida infalível governa o homem à imagem de Deus. Todo detalhe do seu ser — a saúde, o progresso, a qualidade dos seus cuidados para com outros — tudo isso é determinado pelo modo pelo qual ele, em todo aspecto de sua vida, reflete a Vida que é Amor.

Com os olhos abertos para as maravilhas da natureza, o que o Cientista Cristão compreende do ambiente ao seu redor é algo mais do que aquilo que os sentidos materiais percebem. O verde refrescante da primavera, as frondes das samambaias a desabrochar, os botões voltados para o alto, são símbolos de beleza a serem acarinhados. Eles lhe dizem algo do poder renovador dessa Vida sempre presente. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, escreve sobre esse poder: “Por sua própria volição, não brotam hastes de relva, nenhum ramo no vale lança botões, nenhuma folha desdobra seus graciosos contornos, nenhuma flor sai da clausura de sua cela.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 191;

Algum tempo atrás uma amiga e eu caminhávamos até o meu carro, estacionado na entrada asfaltada que levava da sua casa à rua. Era um dia de primavera e havia indícios de vida nova em toda parte, ao nosso redor. De repente ambas paramos e, surpresas, retivemos a respiração. Justamente aos nossos pés vimos um lírio do vale que conseguira brotar sob a superfície dura do asfalto e irromper na luz do dia. Parecia impossível que essa coisinha delicada houvesse aberto caminho através do asfalto. Mas aí estava o lírio, exibindo vida e entoando aos céus o seu próprio cântico de alegria. A plantinha havia recusado deixar-se sufocar.

Parece-nos que fomos capturados sob a crosta dura de algum problema? Porventura aceitamos como parte de nossa vivência a frustração causada por esperanças crestadas? Permitimos que em nós se instalem apatia e energias em declínio? Lembremo-nos daquela plantinha frágil. Para cima e através do asfalto!

A energia e a devoção que pomos numa atividade progressista e dirigida por Deus não devem ser encaradas como mero esforço pessoal ou animação passível de desgaste. São reflexos da Vida incansável que é Deus; e, como tal, trazem consigo a fruição a que têm direito. Os brotos tenros do nosso pensamento espiritualizado, as nossas aspirações, que se elevam e apontam o caminho do progresso, destinam-se, tal como aquela planta delicada, a tomar forma e a florescer em realizações. Não permitamos, porém, que nossos pensamentos sejam como o concreto que resiste ao seu irromper.

Os receios e as dúvidas agem como obstruções. A especulação e as conjeturas dos mortais sobre nossa saúde e nosso suprimento, sobre nós mesmos e sobre nossas oportunidades, são como um muro que construímos ao nosso redor. São a ação poluente da mente carnal. Tornam-se convicções sólidas para aquele cujo olhar está fito na matéria. Ele perde de vista o poder que a Vida tem para agir.

Pelo estudo da Ciência Cristã aprendemos a aceitar a Vida divina como nossa própria Vida em reflexo individual. O fulgor e a energia individuais identificados com essa Vida se expressam no homem, o qual é a imagem de Deus. Quando percebemos que em realidade somos esse homem, aqui e agora, tornamo-nos redivivos. Nossa visão mental abrese para as maravilhas e possibilidades que estão ao nosso alcance, para a abundância já preparada para nós e com a qual nem sequer havíamos sonhado. Aprendemos alguma coisa sobre aquele verdadeiro ambiente que os evangelhos chamam de reino do céu.

Cristo Jesus possuía uma compreensão ímpar da ecologia. Reconhecia a unidade do ser, o criador e a criação ligados um ao outro num amor indissolúvel. Esse Amor era para ele tão universal e todo-inclusivo que pôde dizer: “Sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” Mateus 25:40; Uma só economia divina envolve a todos.

Ele não deixou atrás de si um rastro de detritos — negócios por fechar, problemas a resolver, pacientes por curar. Seu trabalho era instantâneo e ordeiro. Nenhum atraso, nenhum desperdício pode ser encontrado nos registros que lhe dizem respeito. Através de toda a sua missão vemos Vida infindável a se expressar. Ele disse: “O Pai que permanece em mim, faz as suas obras.” João 14:10;

O aspecto cruel da doença deu lugar à saúde. As limitações de tempo e espaço se desfizeram. Ele exibiu a prova daquela Vida que não podia ser mutilada nem aleijada, apagada nem morta. Nem a doença nem o pecado puderam derrotá-lo. A Sra. Eddy escreve: “O Profeta de Nazaré podia fazer com que a irrealidade de ambos ficasse aparente num momento.” Miscellaneous Writings, p. 60.

Pense nas possibilidades que se nos oferecerão quando essa Vida se manifestar em nossos negócios e relacionamentos, ao negarmos o que se costuma chamar de nossa natureza humana e permitirmos que esta ceda à natureza divina, deixando assim que nossa verdadeira identidade brilhe! Aí não há lugar para o tédio, o trabalho maçante, a monotonia enfadonha. A sua vida, a minha vida — ao ser compreendida como reflexo da Vida divina — torna-se espiritualmente sensacional. Novas descobertas sobre nosso verdadeiro eu lançam-nos com rapidez ao reino inexplorado do pensamento e da ação.

Pense no poder que nos é possível exercer se o Amor nos impele para a frente, para concepções ilimitadas acerca de nós mesmos e de nosso mundo — o poder que tem o bem de formar uma nova imagem de fraternidade! O amor que sentimos exige ser posto em ação. A sabedoria adverte: Utilize o amor ou você o perde!

A Vida, irrompendo, declara: Viva e dê amor!

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