Muitíssimas vezes nas citações por serviços destacados acham-se incluídas as palavras: “Serviu com distinção.” Ora, distinção não é algo reservado apenas aos que se acham envolvidos com serviço público ou com atos de heroísmo. Todo indivíduo tem o direito de reivindicar para si esta distinção criada por Deus e que é inigualável, e fazer uso dela. A Bíblia declara: “Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti.” Isaías 60:1;
A Ciência Cristã demonstra que ninguém precisa viver de modo medíocre. Todos têm a liberdade outorgada por Deus de resplandecer sem temor, de levantar-se e ser contado, de levar uma vida com objetivo e realização, servindo a Deus e à humanidade com distinção.
Como se pode obter tal liberdade? Graças à compreensão da natureza verdadeira de Deus como Espírito infinito, ou Mente, e do homem como reflexo espiritual de Deus. Esta compreensão leva ao entendimento de que o homem não é um mortal insignificante a competir por distinção com outros milhões de mortais. A compreensão da identidade real do homem como semelhança de Deus age na existência humana como lei espiritual, da qual se haure o alento e a fortaleza para manifestar o que se é em realidade: o reflexo de qualidades divinais, tais como inteligência, originalidade, criatividade. Tais qualidades, quando manifestadas, trazem à luz a identidade espiritual e distinta do homem como idéia inigualável na Mente divina, Deus.
A distinção espiritual e verdadeira talvez pareça passar desapercebida. Mas, o que é mais importante, ela desvenda auto-respeito profundo e alegre domínio, dando à pessoa um sentido de utilidade e realização, o que a liberta da crença escravizadora de ter que ser mera cópia de outra pessoa. E traz consigo o conhecimento libertador de que ninguém tem de submergir na mediocridade a sua individualidade, nem assumir uma aparência de indiferença, vulgaridade ou inferioridade.
A Ciência Cristã ensina que distinção vem da nossa disposição de nos identificarmos como o reflexo espiritual da Mente, o único Ego divino, em vez de estabelecer nossa identidade mediante um sentido pessoal de egotismo. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A Mente divina mantém distintas entre si, e eternas, todas as identidades, desde a duma folha de relva até a duma estrela.” Ciência e Saúde, p. 70.
É importante compreender que todo indivíduo tem uma individualidade somente sua, que não pode jamais ser duplicada. Quão vital é então permitir que nossa singularidade espiritual se revele, resplandeça e emita “a glória do Senhor”, sua fonte divina! Quando aprendemos a devotar maior atenção à atividade de manifestar as qualidades divinas em vez de apenas apresentar uma aparência exterior passável, começamos a vivenciar a maravilha e a alegria de ser o que realmente somos — a imagem de Deus, o homem perfeito. E a nossa aparência exterior mostrará que nos estamos descartando daqueles traços com que o sentido material erroneamente identifica o homem: pecado, doença e limitação.
Cristo Jesus era distinto e inigualável. Viveu como nenhum outro indivíduo vivera. Sua vida e suas obras demonstraram que ser inabalavelmente fiel à sua identidade espiritual como filho de Deus é viver de modo corajoso e eficaz. E seu poder de cura desvendou a verdadeira identidade do homem, a imagem de Deus.
