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A simplicidade da Verdade

Da edição de agosto de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


“Se existe uma verdade suprema, por que não é ela simples e geralmente aceita?” Essa pergunta talvez tenha sido feita milhões de vezes no decorrer dos séculos. Comovente é considerarmos nesse contexto a acolhida que Cristo Jesus deu aos pequeninos: indubitavelmente ele sabia que o inocente e incorrupto correspondia à verdade do ser.

Dois mil anos mais tarde, uma pessoa que buscava a verdade — e a encontrou — escreveu a um de seus amigos a respeito da Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss): “A Verdade é, e sempre foi, simples; e devido à sua simplicidade absoluta, nós, com o nosso orgulho e egoísmo, estamos passando por cima dela. Estivemos com os nossos olhos voltados para o alto, esquadrinhando os céus com o olhar fito bem longe em busca de luz, esperando ver a verdade rutilar qual grande cometa, ou de alguma maneira extraordinária; e quando, em vez de vir com grande pompa e esplendor, ela aparece na simplicidade da demonstração, titubeamos diante dela e recusamos aceitá-la; nosso orgulho intelectual entrou em estado de choque, e temos certeza de que houve algum engano. A natureza humana é sempre a mesma.”  De um testificador, publicado em Miscellaneous Writings de autoria de Mary Baker Eddy, p. 469;

A verdade espiritual do ser, como se acha exposta na Ciência Cristã, é simples e capaz de ser provada, porque procede do Amor divino. É a revelação que o Amor faz de si mesmo à humanidade. E a Ciência do Amor será mais compreendida de um modo geral quando o sentido espiritual (em vez de o mero julgamento mundano) lhe for aplicado.

Aceitar a Ciência Cristã como a verdade simples a respeito da Divindade e de sua criação requer de nossa parte boa vontade — a disposição de pôr de lado algumas idéias preconcebidas; a disposição de deixar de raciocinar segundo as evidências dos sentidos; a disposição de escutar mais o que a Mente divina tem para dizer do que o que os humanos têm para dizer; a boa vontade de abandonar o preconceito mortal e o orgulho. Raciocinar de acordo com a lógica da Ciência divina requer humildade, e a singeleza de permitir que essa Ciência governe todas as ações e dirija a nossa vida.

Mary Baker Eddy conta-nos um caso em que há necessidade de tal disposição. Escreve: “Certo crítico disse que, para justificar essa maravilhosa filosofia, a Ciência Cristã declara que tudo o que é mortal ou discordante não tem origem, existência, nem realidade. Nada realmente tem Vida senão Deus, que é Vida infinita; por isso, tudo é Vida, e a morte não tem domínio. Esse escritor infere que, se há qualquer coisa a ser medicada, essa coisa tem de ser o único Deus ou Mente. Se tivesse formulado seu silogismo corretamente, a conclusão teria sido que nada sobrava para ser medicado.” E acrescenta: “Os críticos deveriam considerar que o assim chamado homem mortal não é a realidade do homem. Então, veriam os sinais da vinda do Cristo.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 347;

A verdade é o que nos fala da bondade e do amor de Deus e do homem perfeito espelhando Deus. Será que você pode conhecer Deus e saber que o ser mortal não é o homem real? Sim, porque Deus é Amor. E faz parte da natureza do Amor ser inteiramente acessível a todos. Esse é o fato simples. O Amor divino não pode ser um Deus incognoscível. O Amor divino não pode esconder-se numa gruta de complexidades, oculto da humanidade. O Amor divino vem ao nosso encontro na medida em que vamos ao seu encontro, porque — espiritualmente falando — o Amor é onipresente. O Amor, por sua própria natureza, começa a diminuir o distanciamento. As qualidades crísticas existentes em todos nós correspondem a essa iniciativa.

A simplicidade da Verdade foi amplamente ilustrada na vida e nos ensinamentos de Cristo Jesus. Para ele, estar consciente de que Deus é Tudo era infinitamente mais natural do que estar ciente da matéria. Porque ele entendia Deus, a Verdade, foi o homem mais científico que jamais viveu. Não se limitava a conhecer acerca de Deus. Ele conhecia Deus. Por essas razões, suas curas, provas da simples verdade da presença de Deus, eram tão rápidas e inequívocas.

Limitar-se a ler acerca da Ciência Cristã não basta se desejamos ficar convictos de sua simplicidade. Mesmo se tivermos captado apenas um pouco dela, precisamos pôr essa pequena quantidade em ação. Quanto mais o fazemos, tanto mais descobrimos a simplicidade da Verdade. Montar alguma peça dum equipamento doméstico pode parecer assaz difícil até que digerimos as instruções que a acompanham e, de fato, pomos mãos à obra. De igual modo, colocar nossa vida sob a direção da Verdade pode parecer algo formidável, mas na medida em que começamos a provar a verdade — talvez primeiro em pequeninas coisas — a nossa confiança vai crescendo.

A Ciência Cristã ensina que a mente pessoal extremamente céptica a respeito das coisas espirituais não é por certo a consciência verdadeira do homem. Mostra que determinado tipo de sistema de ondas elétricas que opera debaixo do crânio — o funcionamento do cérebro material — nunca pode vislumbrar a Verdade.

Deus é o Deus de todos, e a Mente divina é a Mente de todos. O pensamento mortal buscaria deificar-se, considerar-se a origem do conhecimento. Pretenderia que tudo o que não tivesse ocorrido dentro de seu curto âmbito de consciência e experiência jamais teria acontecido! Se aceitamos essa pretensão, complicamos interminavelmente o nosso conceito do ser. Mas podemos colocar de lado paulatinamente o pensamento mortal e admitir cada vez mais como nossa a Mente divina. Assim fazendo, demonstramos a simplicidade e a autenticidade da verdade do ser na cura e num amor mais profundo. Somos capazes de afirmar, do mesmo modo que o cego a quem Jesus curara: “Uma coisa sei: Eu era cego, e agora vejo.”  João 9:25. Então estamos cientes de que descobrimos a simplicidade da Verdade.

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