Gostaria de relatar uma experiência que tive há mais de vinte e um anos, quando eu era piloto da Marinha dos Estados Unidos. Certa noite, em fevereiro, eu estava voando num avião monomotor em manobras de baixa altitude a cerca de quarenta e oito quilômetros da costa sul da Califórnia, quando o motor começou a ratear. Comecei a subir para ganhar altura e saltar caso fosse necessário. Pedi ao líder do vôo um avião para me escoltar de volta à base. Estava com medo e disse a Oração do Senhor repetidas vezes.
Não apenas o motor estava falhando, mas por algum motivo o rádio de emergência e o equipamento eletrônico também tinham falhado, de modo que não foi possível entrar em contato com ninguém que pudesse me orientar quanto à minha posição e rota. Várias vezes pedi ao piloto que me escoltava para transmitir a emergência, mas ele parecia não acreditar em mim. Alguns minutos depois o motor deu várias explosões contra e parou de funcionar. Disse então a esse piloto que eu ia saltar e que ele avisasse o grupo de resgate.
Eu estava numa altitude de duzentos e cinqüenta metros quando saltei, e quase imediatamente após sentir o paraquedas abrir eu já estava debaixo d’água, lutando para voltar à superfície. Estava completamente escuro, e quando inflei meu bote salva-vidas, podia ver apenas seus contornos contra as estrelas.
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