Cristo Jesus não punha restrições de idade à nossa capacidade de curar a doença e a discórdia. Nem mesmo disse que precisamos ter mais de vinte anos de idade para realizar maravilhas tais como acalmar a tempestade e superar situações de fome, alimentando multidões. Disse: “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” João 14:12; Não há razão alguma para se presumir que a promessa feita pelo Mestre seja somente para pessoas que já concluíram a escola secundária.
No livro Ciência e Saúde a Sra. Eddy torna claro que essa promessa do Cristo, e a exigência que é feita pelo Mestre aos seus seguidores de todos os tempos, está dirigida a todos. Escreve ela: “É possível — é até dever e privilégio de cada criança, homem e mulher — seguir em certo grau o exemplo do Mestre, pela demonstração da Verdade e da Vida, da saúde e da santidade.” Ciência e Saúde, p. 37;
Assim — qualquer que seja a faixa etária em que você se encontre, o mandamento de Jesus: “Curai enfermos,” Mateus 10:8; está dirigido a você. Agora é o momento de obedecer a esse mandamento — começar a demonstrar, até certo ponto, a presença de Deus, o bem, e a conseqüente nulidade do mal. Agora é o momento de começar a destruir a limitação e a discórdia, qualquer que seja a forma sob a qual possam aparecer.
Jesus nunca pediu ao povo que fizesse algo impossível. Quando enviou seus discípulos ao mundo para curar, deu-lhes o poder necessário para que tivessem êxito. Depois dos seus primeiros esforços eles ficaram enlevados pelos resultados obtidos. Agora, hoje, podemos confiantemente atender ao chamado contínuo do Mestre e, se acreditarmos no seu ensinamento, também constataremos que estamos dotados do poder de curar todo e qualquer tipo de problema humano.
Quem quer que sejamos, nunca devemos ter medo de pôr em prática o poder sanador do Cristo — quer ao ajudar a nós mesmos ou a outros. De fato, a Sra. Eddy ressalta que a prática da cura científica começa com a recomendação feita por Cristo: “Não temais!” Marcos 6:50; ver Ciência e Saúde, p. 410; E, mais adiante, ela insiste: “Começa sempre teu tratamento acalmando o medo dos pacientes.” ibid., p. 411; De início, para obtermos curas, talvez tenhamos de vencer o medo dentro em nós, antes que o possamos derrotar nos outros; mas é-nos possível fazê-lo, aceitando de todo o coração o ensinamento dado por Jesus de que Deus, o nosso querido Pai, está presente em toda parte e é todo-poderoso.
De modo natural o cristianismo destrói o medo a partir desta base: que Deus é Amor sempre presente e todo-poderoso. É impossivel ter medo quando estamos convictos de que Deus, o Amor, é Tudo e, como o diz a Bíblia: “Não há outro.” Isaías 45:5; Na totalidade de Deus nada existe que possa induzir medo. Não há mal algum, nem influência negativa, nem poder destrutivo. O medo se torna obsoleto quando compreendemos essa verdade.
Está claro que não basta apenas dizer que Deus, o bem, é Tudo e que não há mal algum. Precisamos reconhecer e viver essa verdade. Precisamos ter fé nesse fato, ater-nos a ele em pensamento a cada hora, e vivê-lo em nossa vida diária. Temos de ser bons, não apenas professar o bem. A Ciência exige integridade. Só mediante aplicação honesta dos fatos da totalidade de Deus, o Amor divino, em pensamento e em atos, é que podemos comprovar Seu poder de curar. Temos de ser coerentes na recusa de aceitar sugestões imorais e de agir de acordo com elas, sugestões que talvez nos tentem a crer que o mal possa ser válido ou ter valor, ou que a matéria tenha poder de promover a saúde e a felicidade.
Então, se formos continuamente bons e manifestarmos o bem, também seremos cada vez mais capazes de provar para outros, assim como para nós mesmos, que o bem é tudo. Disso resultará que a enfermidade e outros tipos de discórdia e de limitação, que alegam haver algo oposto ao bem infinito, desaparecerão.
Se um problema não é resolvido por esse reconhecimento geral de que Deus, o Amor divino, é Tudo, a Sra. Eddy recomenda sermos específicos em argumentar contra a dificuldade ou a indisposição que precisa ser curada. “De início, argumenta mentalmente, não em voz alta, que o paciente não tem moléstia”, escreve ela, “e formula o argumento de maneira que destrua a evidência da moléstia. Insiste mentalmente que a harmonia é a realidade e que a doença é um sonho temporal. Compenetra-te da presença da saúde e do fato de que o ser é harmonioso, até que o corpo corresponda às condições normais de saúde e harmonia.” Ciência e Saúde, p. 412.
A harmonia é sempre um fato no reino de Deus, o Espírito divino, e esse reino perfeito, no qual verdadeiramente vivemos e nos movemos, está sempre presente. Nenhuma influência má existe nele; nenhum acidente pode nele ocorrer; nenhuma maldade ou falta de cuidado pode estar em ação para nos privar do suprimento abundante de boas dádivas vindas de Deus; nenhum fim pode advir à Vida e ao Amor infinitos. Sabendo disso, os Cientistas Cristãos de qualquer faixa etária podem dizer: “Alegrar-me-ei e exultarei em ti”, como a Bíblia tantas vezes recomenda.
A gratidão a Deus por Sua bondade e a alegria no conhecimento de Sua eterna presença vêm facilmente aos jovens, e, como essas qualidades de pensamento promovem a cura, é natural que os jovens se ocupem do ministério da cura. Vêem que a luz espiritual raia na consciência humana mediante sua aceitação prazenteira dos verdadeiros fatos do ser. Graças a essa luz discernem a realidade — a perfeição presente do universo e do homem como Deus os fez — e o poder dessa verdade realiza a cura.
