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Produzir colheitas sem haver sementeira?

Alimentar um mundo faminto

Da edição de janeiro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Um bom número dos problemas da humanidade vem à tona repetidamente. Um deles é o desafio de alimentar um número cada vez maior de gente por todo o mundo.

Às vezes há previsões de que o mundo será incapaz de se alimentar, e isso talvez aterrorize certas pessoas. Thomas Malthus, pioneiro no estudo da população, nos primeiros anos de 1800 fez uma dessas previsões. Segundo sua teoria, a menos que o crescimento populacional fosse sustado, a população seria maior do que a oferta de alimentos e o resultado disso seria desastroso. Aconteceu, porém, algo que a teoria maltusiana não levado em consideração — a nova tecnologia multiplicou a produção agrícola. E, pelo menos na época, sua previsão não se concretizou.

Num raio de alcance bem grande, no entanto, o mundo ainda se acha ameaçado pelo espectro da fome. Ainda há pessoas que à noite se recolhem com fome. Ora, algo pode acontecer que imporá silêncio a essa ameaça de um mundo faminto. A Bíblia descreve pessoas de visão que encontraram soluções originais para problemas de falta de alimento. Por vezes, a resposta lidava com uma necessidade humana em grande escala — outras, tratava-se de algo mais modesto. Em cada caso, no entanto, a resposta veio de uma maneira singular.

• A confiança que José depositava em Deus veio a alimentar o povo de uma nação, durante anos de seca.

• A proximidade de Moisés a Deus trouxe o maná aos filhos de Israel.

• Elias, que fora sustentado por Deus no deserto, por meio de sua compreensão espiritual fez render a pequena quantidade de azeite e de farinha que a viúva possuía.

• Eliseu, sob a direção divina, levou o seu atônito servo a alimentar cem homens com um magro suprimento de pães de cevada e espigas verdes.

• Cristo Jesus alimentou milhares de pessoas com alguns peixes e pães.

Sem dúvida poder-se-ia encontrar um número de fatores em comum a esses personagens bíblicos. Um dos mais óbvios, porém, é o fato de que cada um deles era obediente a Deus. Toda a vida deles — memoriais permanentes, ilustrando obediência a Deus — capacitou-os a romper as barreiras mentais, inclusive aquela que privaria as pessoas do alimento necessário. Os obstáculos que, hoje em dia, haveriam de impedir a provisão de alimento a um mundo faminto, são, em essência, de natureza mental em vez de material. A visão espiritual que capacitou os personagens bíblicos a romper as limitações mentais mediante verdades espirituais ainda pode ser exercida.

Hoje, a Ciência divina, o Consolador prometido por Cristo Jesus, está aqui para revelar os fatos espirituais do ser. Traz à luz a natureza plena de Deus — a supremacia e infinidade do bem. A Ciência explica que a verdadeira natureza do homem é a de idéia espiritual da perfeição de Deus. O homem nunca é um mortal despojado, mantido à mercê de conceitos distorcidos como fome, má nutrição, míngua. O homem é o reflexo da consciência divina, íntegro, completo, sustentado. Tais fatos metafísicos concludentes — revelados à consciência humana — são o fio aguçado do Cristo, a perpassar o pensamento mortal ignorante.

Hoje, como nos tempos bíblicos, precisamos ser obedientes a Deus. Escutar tão de perto a mensagem trazida pelo Seu Cristo que possamos ver além das limitações da mortalidade e captar um vislumbre das possibilidades oferecidas pelas verdades metafísicas. Quanto mais perto de Deus estivermos, tanto mais claramente perceberemos os fatos espirituais que hão de resolver os problemas — até mesmo a fome mundial. No início do livro do Gênesis, por exemplo, encontramos este vislumbre espiritual: “Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, no dia em que o Senhor Deus criou a terra e os céus, e toda planta do campo antes que fosse plantada, e toda erva do campo antes que houvesse brotado.”  Gênesis 2:4, 5 (conforme a versão King James);

Há um profundo significado no conceito de que uma planta existe antes de a sua semente ter sido lançada à terra. Uma profunda verdade metafísica está aí simbolizada. As verdades que sustentam a realidade estão disponíveis em abundância antes mesmo de vermos a prova do suprimento que atende à necessidade humana. Seria possível, hoje em dia, produzir colheita sem ter havido sementeira — seria viável a ceifa preceder o cultivo do solo? Não, segundo a crença humana atual. A função do metafísico é, porém, a de desfazer a crença humana limitada. De acordo com a crença, Cristo Jesus não poderia ter alimentado milhares de pessoas com apenas alguns pães e peixes. Mas ele rompeu as restrições do modo de pensar mortal.

Quando as verdades espirituais forem percebidas em maior profundidade, novas possibilidades começarão a emergir na consciência humana. A chave, como no caso de Cristo Jesus, é a nossa obediência a Deus — obediência aos fatos eternos e originais do ser. Mary Baker Eddy pergunta: “Pode o agricultor, segundo a crença, conseguir uma colheita sem semear a semente e esperar a germinação desta de acordo com as leis da natureza?” E continua: “A resposta é não, e no entanto as Escrituras nos informam ter sido o pecado, ou seja, o erro, que primeiro causou a condenação do homem a lavrar a terra, e indicam que a obediência a Deus eliminará essa necessidade.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 183;

E assim, secundário é que a consciência, neste estágio da crença, esteja ou não preparada de um modo geral para aceitar colheitas sem sementeira. De primordial importância é a necessidade de o metafísico exercer visão espiritual o suficiente para discernir as possibilidades da provisão irrestrita do bem que Deus oferece ao homem. Quanto mais poderosos e incisivos forem tais vislumbres, tanto mais cedo cederá a crença humana confinadora. Repetimos, será que de um ponto de vista espiritual a semente e o solo precisam ser sempre considerados essenciais para a produção de colheitas? No seu artigo: “Uma só Causa e Efeito” a Sra. Eddy faz esta incisiva declaração: “O agricultor pondera a história de uma semente e crê que sua colheita provenha da semente e do torrão de terra; enquanto as Escrituras declaram que Ele fez ‘toda planta do campo antes que fosse plantada’.” Miscellaneous Writings, p. 26.

Talvez, algum dia, a fome mundial venha a ser saciada pela colheita produzida sem que tenha sido feita a sementeira. Talvez a resposta venha de outras maneiras. Não importa como a solução surja, a Ciência Cristã ajuda-nos a ver que a resposta será mais genuína e duradoura se resultar da oração — do vislumbre espiritual inspirado. Os que têm fome no mundo inteiro necessitam entranhadamente, nas linhas de frente da batalha por alimento, do tipo de metafísico qualificado que romperá os limites do pensar materialista ao descobrir a criação infinita de Deus — essa Sua “planta do campo” — e ao compreender o suprimento abundante do bem que Deus concede ao homem.

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