Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Impossível perder a segurança

Da edição de janeiro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Vocês talvez se lembrem da parábola de Jesus a respeito do homem rico cujos bens terrenos se haviam multiplicado tanto que ele se propunha a construir celeiros maiores a fim de neles guardar os seus bens, e então confiantemente pensava poder levar uma vida regalada. Na parábola, Deus diz ao homem: “Louco...” e o informa de que os seus dias haviam chegado ao fim. Jesus conclui a parábola, dizendo: “Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.”  Lucas 12:20, 21;

Será que o rico agricultor encontrou segurança? É claro que não. Evidentemente pensava tê-la encontrado, mas estivera pousando o olhar no local errado.

As palavras de Cristo Jesus nessa parábola indicam o caminho da verdadeira segurança. Tão ilusória quanto a felicidade, se procurada numa base material, a segurança é encontrada quando aprendemos que ela não consiste da quantidade de coisas (ou contas bancárias) que possuímos. Antes, ela se encontra na manifestação das qualidades divinas que Deus nos dá livremente e que precisamos aprender a manifestar mais amplamente. Essa é uma lição vital, pois, embora se suponha que as nossas necessidades básicas sejam asseguradas mais e mais por alguma repartição governamental, parecemos estar numa era de insegurança cada vez maior. Os governos, ainda que desempenhem papel indispensável na sociedade, nunca podem ocupar o lugar de Deus, o Deus infinito que já proveu o homem de tudo o que ele necessita.

Quem permitir que seu conceito de segurança fique dependendo de provisões governamentais ou de crenças amplamente aceitas a respeito das condições econômicas e das oportunidades de emprego, está se furtando a uma responsibilidade a que, de direito, não pode fugir. Como o homem rico da parábola, todos precisamos aprender que a segurança jamais provém da quantidade de coisas que possuímos ou do que outros fazem por nós, mas de manifestarmos as qualidades que nos são concedidas por Deus — qualidades tais como inteligência, amor, atividade, alegria. Quem expressa ativamente qualidades cristãs encontra emprego adequado, atividade realizadora, remuneração suficiente.

O conceito de que a matéria não é o que parece ser é fundamental à Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss). No testemunho continuamente mutável dos sentidos materiais — e, num sentido mais amplo, nos conceitos relativos de espaço e tempo em que os acontecimentos parecem ter lugar — não há alicerce duradouro no qual edificar nossa vida ou pelo qual medir nossas realizações. Encontramos tal base só quando um mais amplo conceito espiritual do ser substitui o testemunho do sentido material pelo reconhecimento, em algum grau, de Deus, o Espírito infinito, e das qualidades espirituais duradouras que emanam do Espírito. Como corolário desse processo do novo nascimento, podemos ver que nossa segurança não depende de coisas materiais. A segurança nunca pode alicerçar-se em algo instável e, fundamentalmente, irreal; a segurança deve provir do que é imutável, indestrutível.

Precisamos rejeitar os pontos de vista materiais em geral e procurar o que é duradouro no Espírito. Precisamos também substituir especificamente o conceito material das coisas — de objetos estáticos como aqueles que o agricultor tinha em mente ao propor-se a armazenar seus bens em celeiros maiores — pela percepção de que o bem, a verdadeira substância, se desdobra continuamente. A Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, di-lo simplesmente em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “As categorias da metafísica assentam sobre uma única base, a Mente divina. A metafísica reduz as coisas a pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas idéias da Alma.” Ciência e Saúde, p. 269;

A insegurança e a ansiedade que afligem tantas pessoas, originam-se às vezes de carência; mas com mais freqüência provêm, nos países mais ricos, da tendência mortal de medir o bem em termos de coisas, de quantidade, em vez de reconhecer que o bem é espiritual, jamais suscetível de ser contado numa base material. Um dos efeitos da existência de maiores populações, de grandes empresas e sindicatos, e de grandes governos é a tendência de pensar em termos de quantidade em vez de qualidade. Até certo ponto, isto é inevitável no esquema humano das coisas. Ora, o Cientista Cristão pode reconhecer que, embora tal coisa pareça inevitável, é ela distintamente secundária ao seu dever de pensar, cabendo-lhe reivindicar que por direito inato o homem possui todas as qualidades ilimitáveis de Deus, as quais são eternamente suas para que as expresse.

“Nossa segurança,” escreve a Sra. Eddy, “reside na nossa confiança de que realmente moramos na Verdade e no Amor, a eterna mansão do homem.” Pulpit and Press, p. 3; Essa mansão está repleta de atividade com bom propósito, manifestando a inteligência da Mente divina. Está repleta do artesanato e da beleza da Alma. Está repleta da ternura e da calidez do Amor, da novidade da Vida, expressando-se para sempre na singularidade de cada identidade individual.

Inseguros? Identifiquemos de modo acertado o problema. Sentimo-nos inseguros por não haver o suficiente de alguma coisa? Ou será que habitamos nos celeiros estéreis do pensar materialista em vez de na “eterna mansão do homem”? O Salmista escreve: “O que habita no esconderijo do Altíssimo ... descansa à sombra do Onipotente.”  Salmos 91:1. Permanecendo sob o cuidado e o controle de Deus, achamos o fim de toda angústia e insegurança.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / janeiro de 1980

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.