Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

As responsabilidades de um praticista da Ciência Cristã

Da edição de dezembro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


O praticista da Ciência Cristã tem a grande e fundamental responsabilidade de reconhecer a capacidade de Deus para curar o caso que se apresenta. A Sra. Eddy diz: “É a Verdade que executa o trabalho, e tu precisas compreender o Princípio divino de tua demonstração e ater-te a ele.” Ciência e Saúde, p. 456;

O praticista deve discernir a Verdade eterna que “executa o trabalho”. Deve aceitar a Verdade e apreciá-la, reconhecê-la e senti-la. Dessa forma ele a demonstra.

Ele não está tentando tomar o lugar de Deus e efetuar a cura por si mesmo; ao contrário, é a testemunha, divinamente designada, da obra que Deus, a Verdade, está sempre realizando através do Cristo, a verdadeira idéia. É-lhe reconfortante e fortalecedor afirmar, com as palavras de Jó: “Ele [Deus] cumprirá o que está ordenado a meu respeito, e muitas cousas como estas ainda tem consigo.” Jó 23:14; E, nas palavras do Salmista: “Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa.” Salmos 57:2;

Coerência entre o viver e a prática

A compreensão disso é particularmente inspiradora para o praticista que, sem reserva, procura, não só entender o Princípio divino de sua demonstração, mas também ater-se a ele, através de um modo de vida coerente com a lei de Deus que cura. É um grande alívio ser completamente honesto em todos os aspectos; ser completamente coerente com toda a verdade. Na prática da Ciência Cristã, deparamo-nos com o fato de que não podemos provar e demonstrar uma verdade, seja para um paciente, seja para nós mesmos, a menos que nos atenhamos a ela, isto é, a menos que vivamos de acordo com essa verdade. Temos de viver uma verdade a fim de sermos capazes de demonstrá-la.

Além disso, não podemos aprender mais a respeito de Ciência Cristã, sem pormos em prática o que já sabemos dela. A necessidade de praticar a verdade é óbvia, à luz do que a Sra. Eddy diz definindo a Ciência Cristã: “Como sendo a lei de Deus, a lei do bem, que interpreta e demonstra o Princípio divino e a regra da harmonia universal.” Rudimentos da Ciência Divina, p. 1;

Qualquer afastamento dessa lei, ou falha em obedecê-la, frustra, na mesma proporção, nossa capacidade de demonstrá-la. Não podemos enganar Deus. Ele é onipresente e onisciente. Sua lei é oniativa e se impõe por si mesma. Afastar-se de Sua lei é desviar-se do que é divino, e isso perde o direito ao poder divino. Sob a lei de Deus não há lugar para “mentirinhas inocentes” ou qualquer outro tipo de mentira. A Sra. Eddy expressa-o sucintamente: “A desonestidade destrói a habilidade de curar mentalmente.” Não e Sim, p. 2;

Coerência entre o pensamento e a prática

Assim sendo, todo indivíduo que se esforça lealmente para comprovar, pela sua prática, que a Ciência Cristã realmente cura, estabelece como regra o timbrar em ser completamente honesto em tudo o que faz. Moral, social e financeiramente, em tudo. Há um bom teste para mostrar o grau de fidelidade de nosso pensamento em coerência com o que sabemos de Ciência Cristã. Pergunte-se se lhe seria preciso mudar o pensamento a respeito de alguém — qualquer pessoa! — se esta viesse, de repente, pedir-lhe que ore por ela, que lhe dê tratamento. Experimente.

O ideal seria que nosso pensamento a respeito de tudo e de todos estivesse tão de acordo com a lei de Deus, fosse tão crístico, que sempre tivesse um impacto sanador. Então todos sentiriam a bênção de nosso pensamento, quando este os alcançasse. E a vida seria tão diferente para nós e para outros! Estaríamos realmente vivendo a lei de Deus, como a expressão e a atividade dessa lei. Seriam eliminadas as limitações quanto à cura que poderíamos realizar ou quanto à rapidez com que poderíamos trabalhar e curar, pois a lei de Deus está baseada na Verdade, que já é verdadeira e que não precisa tornar-se verdadeira.

Expectativa no tratamento

Mesmo o praticista mais experiente não espera conseguir a ascensão completa do paciente através do tratamento. Surpreendentemente, poucos pacientes procurariam alcançar tal resultado! Mas é importante esperar-se uma cura completa e perfeita como resultado de cada solicitação de tratamento. Isso é especialmente verdadeiro se o caso parece lento em ceder e é necessário um trabalho longo e contínuo. Trabalhando a partir da base de que o tratamento é a lei de Deus em ação, o praticista leal procura ater-se ao Princípio divino e fazer com que cada tratamento seja, não só constantemente novo e estimulante, mas também o melhor tratamento que ele jamais tenha dado. Não obstante, o praticista permanece contente e disposto a continuar o trabalho pelo tempo que o Amor determinar.

Ele nunca tenta, de maneira alguma, segurar o paciente, tanto quanto não teria aliciado o paciente em primeiro lugar. Um praticista que realmente compreende o Princípio e a ele se atém, toma cuidado para nunca fazer ou dizer algo com a mera finalidade de atrair pacientes. E torna a coisa fácil e agradável ao paciente, quando este sentir que preferiria continuar o trabalho sozinho, ou mesmo procurar outro praticista. O paciente deveria ter boas razões para sentir que se vai com o caloroso consentimento do praticista e sem o mínimo eriçamento do sentido pessoal. O praticista deve evitar qualquer violação do sigilo, até mesmo a revelação da identidade do paciente. E o paciente faria bem em ser discreto, não divulgando a identidade do praticista.

A questão de quanto tempo o tratamento deve continuar, quando a cura ainda não for visível, é algo a ser decidido individualmente, tanto pelo paciente, como pelo praticista. Se o praticista perceber que o paciente está se tornando pessoalmente dependente dele, deve curar essa dependência e eliminá-la durante o trabalho ou o paciente deverá ser animado a procurar outro praticista. A cura provém da lei de Deus e não de um praticista pessoal.

Quanto tempo deve ser dedicado ao tratamento?

Todo praticista merecedor desse nome faz questão de reservar bastante tempo para sua prática. Reservar bastante tempo significa, não só elaborar sua agenda para que as outras atividades não interfiram com o desempenho fiel da prática, mas também dar ampla atenção ao trabalho para cada um dos pacientes.

Quanto tempo deveria o praticista dedicar ao tratamento de um paciente? Até que perceba que o paciente sentiu o toque do Amor divino, quer isso leve um momento quer horas. Alguns casos cedem rapidamente, com o Amor divino tornando-se aparente instantaneamente e a cura sendo realizada de imediato. Em outros, o praticista pode muito bem permanecer com o caso, em tratamento silencioso, ou mesmo ir à cabeceira do paciente e lá ficar até que tenha a certeza espiritual de que a obra do Amor está completa. Embora a maior parte dos tratamentos, hoje em dia, seja dada em resposta a um telefonema ou a uma carta, o praticista deve estar disposto a ver o paciente pessoalmente, quer em seu escritório, quer, quando for apropriado, na residência do paciente. Em qualquer caso, o objetivo será o de elevar o pensamento do paciente e promover a cura, e não o de simplesmente fazer uma visita agradável ou de satisfazer ao sentido pessoal.

Cobrança de honorário

Com uma compreensão demonstrada da prática, compreensão essa maior do que a de qualquer outra pessoa, a Sra. Eddy deixou regras específicas para os praticistas da Ciência Cristã, estabelecendo suas responsabilidades espirituais. Entre outros trechos, o que vai da página 8 à página 17 de Rudimentos da Ciência Divina é particularmente útil nesse sentido. À página 14 desse livro, ela afirm que os Cientistas Cristãos devem dedicar a Deus todo o seu serviço. “Para esse fim”, diz ela, “é preciso por enquanto pedir um preço razoável pelos seus serviços, e então ganhar conscienciosamente os seus honorários, praticando com exatidão a Ciência Divina e curando os doentes.”

Em outra ocasião, ela disse: “Os praticistas da Ciência Cristã devem cobrar pelo tratamento o mesmo que cobram os médicos de boa reputação em suas respectivas localidades.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 237. Praticistas honestos cobram o suficiente e realmente fazem o trabalho. Em certos casos, eles podem reduzir o total dos honorários devidos, mas não há concorrência de preços ou qualquer forma de concorrência na prática da lei divina do amor universal e desprendido e da harmonia.

A verdadeira recompensa do praticista

O praticista está na profissão mais elevada que a humanidade conhece, mas não está nela por dinheiro, fama ou poder. Ele está servindo a Deus, à Sua própria maneira. Este serviço indica o crescimento e progresso espirituais do praticista. Uma visão espiritual renovada descortina-se à medida que ele vai compreendendo cada vez mais o Princípio divino de seu ser e se coaduna com ele em seu viver e em sua prática. Ele desperta para a beleza, o encanto e a tangibilidade radiantes do ser espiritual, que aparecem na medida em que ele está cada vez mais unido, em sua vida e em sua prática, com a atividade auto-reveladora da lei de Deus. Esta é sua mais rica e real recompensa pela prática. E deleita-se em amar!

Não há outro caminho para o reino dos céus, exceto através da prática da Ciência Cristã na forma como ela foi divinamente revelada à Sra. Eddy. Nosso crescimento e expansão espirituais jorram e transbordam quando nosso viver e nossa prática se tornam coerentes com o Princípio que é Amor.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / dezembro de 1980

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.