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São demonstráveis a ética e a moral mais elevadas?

Da edição de dezembro de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Quanto a isso, não haja dúvida! São demonstráveis. E a chave de tal demonstração é um conceito correto do homem — de sua natureza, sua origem, sua motivação, seu propósito. Tal conceito apurado é espiritual.

Os Dez Mandamentos registrados por Moisés são básicos para a ética e a moralidade. Divinamente inspirados, formam o fundamento da lei esclarecida e da ordem moral. Sua clara proclamação de monoteísmo — de que há apenas um único Deus e de que Ele é supremo — estabelece o critério para todo comportamento ético e moral.

Cristo Jesus deixou claro que seu ensino visava apoiar a lei. Cumpriu a verdadeira intenção da lei, revelando a inteireza e a perfeição do ser do homem. O apóstolo Paulo prestou tributo à lei espiritual, quando escreveu: “A lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte.” Romanos 8:2;

Os esforços feitos no sentido de legislar sobre a ética e a moral trouxeram resultados mistos. O suborno, a conduta pouco profissional, o tráfico de influências, o roubo, não são coisas fora do comum. Até mesmo os limites de velocidade, tão evidentemente necessários à segurança humana, são com freqüência infringidos por aqueles que se recusam a acatá-los. Reconhece-se que a ética é necessária para haver uma sociedade estável e progressista, mas o comportamente destituído de ética continua. As conseqüências caóticas da inobservância da lei são evidentes.

Apesar do mandamento: “Não adulterarás” Êxodo 20:14;, a prostituição e outras formas de perversão sexual, inclusive a homossexualidade, são um flagelo para a sociedade. Em alguns países estão, por decreto, proibidas, mas mesmo assim existem.

Por quê?

Por causa do conceito errôneo que se tem da natureza do homem. O fracasso deve ser diretamente atribuído a um conceito mortal. Há homens e mulheres que aceitam a crença de serem incapazes de controlar certas tendências, a despeito da educação, da lei moral, das restrições legais, da persuasão religiosa, da razão. Os mortais julgam estarem sujeitos a influências biológicas inerentes neles mesmos, sujeitos a condições materiais, leis genéticas, forças hereditárias. Acreditam-se dominados pelas necessidades e exigências do corpo, pela incessante procura de prazer e deleite na matéria. Por isso é que tão freqüentemente são por elas dominados. Os interesses comerciais e alguns interesses criminosos tiram proveito dessas fraquezas com excitantes apelos ao povo para que obtenham satisfação, distinção, gosto e sofisticação, oferecendo-lhes ainda a falsa promessa de liberdade e domínio, mas deixam de mencionar a escravidão imposta pela aceitação desregrada de tais apelos.

Para o orgulho dos mortais e para a vontade humana as restrições parecem um freio à liberdade, ao direito de se expressarem, à necessidade de satisfazerem às suas paixões, conseguirem seus desejos e ambições, sem tomar em consideração como isso pode afetar outros. Mas as Escrituras atribuem a Deus, o Espírito, o papel de criador. O homem é mencionado como sendo a imagem de Deus. Isso significa que o homem tem de ser espiritual, não material. E é nisso que reside o tremendo potencial da humanidade para realizar progresso moral e ético. Uma compreensão da natureza imortal do homem torna possível demonstrar formas mais elevadas da ética e da moralidade.

A avaliação espiritual e correta do homem mostra que este não está sujeito a engodos sensuais, nem a tradições dos mortais, mas que é subserviente, humilde e exclusivamente, ao seu Criador. A desmoralização, o vício e a frustração são desconhecidos ao homem a quem Deus cria. Sua alegria não provém da matéria. Acha-se na Alma, Deus, e faz parte inata da herança espiritual do homem. A liberdade não é uma coisa precária, mas é genuína, expansiva e duradoura. O domínio do homem não pode ser pervertido, mas enobrece, purifica, enaltece. O potencial verdadeiro do homem é infinito.

Nisso não há idealismo impraticável. Os fatos espirituais são demonstráveis na vivência de cada um. A demonstração começa com o reconhecer-se honestamente a realidade daquilo que é espiritual e a irrealidade decepcionante daquilo que é material, bem como com acatar-se o padrão proclamado por Cristo Jesus: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Mateus 5:48; Tal padrão é básico para a Ciência Cristã. “A compreensão crística acerca do ser científico e da cura divina inclui um Princípio perfeito e uma idéia perfeita — Deus perfeito e homem perfeito — como base do pensamento e da demonstração” Ciência e Saúde, p. 259;, escreve a Sra. Eddy.

Na proporção em que reconhecemos esse fato espiritual, ficamos aptos a descartar noções preconcebidas sobre as fraquezas dos mortais e começamos a provar que nosso potencial de demonstrar graus mais elevados de ética e de moralidade não tem limite. Precisamos admitir que a natureza mortal não é a verdadeira; que Deus dotou o homem de pureza e inteligência, e que essas são demonstráveis, capazes de serem exercidas na nossa vivência aqui e agora, sempre que em espírito de oração dependermos de Deus.

Quando nos afastamos com repugnância de tendências decepcionantes e hipócritas, as circunstâncias humanas perdem seu poder de tentar. Quando já não olhamos para o corpo à procura de felicidade, as influências degradantes da existência mortal não nos impressionam. A obediência à lei moral e espiritual torna-se parte integrante do comportamento humano.

Por quê? Porque reconhecer, em espírito de oração, que a justiça, a pureza e a obediência são inerentes no homem criado por Deus faz com que essas qualidades se tornem vitais para nós.

Não basta simplesmente declarar que cada qual é filho de Deus. É preciso compreender o que isso significa. Tal como o Pai, assim é o filho; tal como a causa, assim o efeito. Jesus raciocinava convincentemente sobre esse tema: “Cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas.” Lucas 6:44; Precisamos conhecer Deus como o Princípio divino de todo o ser e do universo. Isso requer que se examine em espírito de oração a natureza do Princípio.

O Princípio não é frio. Não é autoridade desapiedada. O Princípio é Amor. Ambos os termos são sinônimos de Deus. E como o Amor é Princípio, ele é imutável e inexaurível.

E o homem é a própria imagem do Amor. Ele expressa a fortaleza do Princípio com a ternura do Amor. Nosso trabalho consiste em reconhecer a origem divina do ser do homem, reivindicá-la, em espírito de oração, como parte intrínseca de nossa individualidade, e depois viver de acordo com essa origem. Aprendemos a amar o que é semelhante a Deus e a desprezar a contrafação.

O padrão de perfeição pode parecer grandioso demais no começo. Pode parecer tanto impraticável como impossível. Isso acontece apenas porque o testemunho dos sentidos materiais continua a emitir a opinião de que o homem seja falível. Requer-se paciência e persistência para demonstrar a verdade do ser do homem, assim como se requer paciência e persistência para criar uma família, conseguir instrução, dominar uma habilidade artística, ganhar seu próprio sustento.

Que padrão será esse? O de andar aos trancos e barrancos pelo labirinto dos conceitos mortais errôneos? Ou o de reconhecer o potencial ilimitado do homem tal como Deus o conhece?

A coação, por si só, não trará a resposta certa, como a infração das leis existentes mostra com clareza. Mas o entendimento espiritual e o desejo espiritual podem e hão de trazer a resposta. A grande necessidade está em crescer na compreensão da natureza e do caráter de Deus, de maneira que Ele se torna não apenas cognoscível, mas está sempre à disposição para nos habilitar a demonstrar Seu poder curativo e regenerador.

O desejo espiritual é inerente em toda consciência humana: esse desejo é a fome e a sede por satisfação espiritual, é o anseio do coração por paz e pureza, por harmonia e bondade. O desejo espiritual é cultivado mediante as orações de renúncia ao próprio eu — a afirmação diária, silenciosa, de nossa coexistência com Deus e a negação sincera e honesta das pretensões da existência mortal.

A Sra. Eddy escreve: “Deus é o criador do homem, e como o Princípio divino do homem permanece perfeito, a idéia divina ou reflexo, o homem, permanece perfeito. O homem é a expressão do ser de Deus.” Ciência e Saúde, p. 470. Eis aí a exposição da natureza imortal do homem. Essa explanação diametralmente oposta ao conceito mortal errado que a humanidade está propensa a aceitar, permanece como chave da demonstração de uma ética e moral mais elevadas. Compreender isso e continuar cultivando o desejo espiritual de expressá-lo, significa o fim da frsutração e desilusão humanas e a consecução progressiva do potencial espiritual inexaurível do homem.

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