Justiça para todos não é um ideal inatingível, mas uma possibilidade presente.
De tempos em tempos, somos chamados a prová-lo, quando disputas trabalhistas ameaçam estrangular os serviços vitais e a economia de nações inteiras, causando reveses a milhões de pessoas. Reclamações — algumas legítimas, outras ilegítimas — resultam em ações calamitosas como greves de trabalhadores em serviços essenciais, com resultados deploráveis para a economia de todo o país.
A justiça é um concomitante do verdadeiro ser, estabelecida e mantida para sempre no universo espiritual pela lei divina. É um atributo do Princípio onipresente. Estabelece-se na terra na medida em que a humanidade consegue discernir e sentir o governo de Deus como realidade presente.
Há mais de setenta anos, Mary Baker Eddy disse que, por muito tempo, havia orado diariamente para que cessasse a guerra entre as nações, e insistiu ainda: “Os desacordos nacionais podem e devem ser arbitrados com sabedoria e justiça; e plenamente resolvidos.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 286; E, em diversas ocasiões, ela cita a Regra Áurea como base para a solução de todo tipo de disputas.
Indubitavelmente o amor abnegado, que é a base do ensinamento de Cristo: “Tudo quanto ... quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” Mateus 7:12., poderia fazer-se presente de maneira mais óbvia quando se procuram resolver desacordos, mesmo nos desentendimentos entre concidadãos. A amargura entre o governo e os grevistas, entre patrão e empregado — mesmo o ressentimento por parte de cidadãos cujas vidas são desastrosamente perturbadas apesar de não terem o mais leve envolvimento nas causas da controvérsia — tudo isso é passível de solução.
O que pode ser feito? Conquanto possamos nos sentir desesperados — vítimas das gigantescas forças de vontade própria que não conseguimos influenciar — a oração pode inverter esse sentimento de frustração. Muita coisa pode ser feita para que o poder de Deus exerça ação curativa sobre o caso. O poder da oração científica — ação mental e espiritual que percebe a verdade e a presença do Ser divino, e reconhece que suas qualidades de amor e justiça estão atuando naquela hora e naquele local, até mesmo na mesa de negociações — é adequado para contrabalançar os elementos mortais do interesse próprio, da avareza, da injustiça e das considerações políticas errôneas que pareçam estar obscurecendo as questões. Pela compreensão da Ciência Cristã, a lei divina da harmonia, qualquer pessoa pode acionar esse pensamento curativo.
No caso de as negociações chegarem a um impasse e as condições predominantes atingirem um clímax de frustração, o Sr. e a Sra. Cidadão, seus filhos — todos — podem acionar forças espirituais poderosas. Na medida em que, individualmente, encararem o conflito e os argumentos mortais pró e contra, considerando-os à luz da presença da Mente divina e do seu governo do universo, a influência espiritual do Cristo se fará sentir diretamente na sala de reunião em que as negociações ficam paralisadas.
Em vez do egotismo e da desconsideração para com o bem-estar público, haverá maiores provas de justiça e solicitude. Em lugar da obstinação, surgirá a cooperação. Em vez do sentido pessoal, haverá uma resposta ao Princípio. O metafísico, reconhecendo que existe apenas uma Mente e que essa Mente está refletida em cada pessoa envolvida no caso, dará contribuição significativa a acordos viáveis, justos e inteligentes. A justiça fará sentir seu impacto sobre todas as pessoas envolvidas. As disputas serão mais rápida e plenamente resolvidas e a harmonia nacional será restabelecida. O governo divino se evidenciará cada vez mais nas questões da humanidade.
