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Nossos esforços individuais em prol da paz

Da edição de abril de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando vejo chefes de estado trabalhando pela conciliação mediante a diplomacia, pergunto-me qual o papel que me compete na consecução da paz mundial. Como cidadã consciente, que colaboração posso dar?

Ao pensar nisso, ocorre-me que durante toda a história registrada, os conflitos que levantaram nação contra nação pareciam ser muitíssimas vezes pouco mais do que mesquinhos atos de agressão tribais, baseados no egotismo e na vingança. Fica-me cada vez mais claro que confrontações de caráter global são em realidade apenas agigantamentos de contendas e lutas entre vizinhos. Alguém a traspassar desconsideradamente uma propriedade alheia, um cão da vizinhança a ameaçar crianças, um terreno lotado de lixo a invadir um jardim bem cuidado — esses tipos de conflitos são bem conhecidos de todos nós. Que são eles senão disputas de fronteira que podem deflagrar as nossas pequenas guerras?

Compreendendo-o, pergunto-me: “Estarei colaborando para a paz mundial mediante uma vida pacífica com meus vizinhos? Ou estarei colaborando para a luta mundial? Estarei tendo compaixão cristã por todos os que se encontram dentro do raio de alcance do meu pensamento? Estarei dando amor a todos de igual modo? Ou o meu sentido de amor está personalizado, centralizado na família, um amor concentrado que se vai diluindo cada vez mais ao atingir uma maior parte da humanidade?” Perguntas difíceis, não é mesmo? Elas representam o meu desafio.

Cheguei à conclusão de que o afeto exclusivista, unilateral, demonstrado à minha família, minha igreja, minha raça, ou ao meu país excluiria de meu amor o restante (a maior parte) da humanidade. Nessa estreiteza jazem as sementes ocultas do conflito, o combustível que inflama a hostilidade internacional. De fato, a Ciência Cristã
Christian Science (kris'tiann sai'ennss) ensina que o amor em prol da humanidade começa com o amor no lar e na família. “O lar”, diz-nos Mary Baker Eddy, “é o lugar mais querido da terra, e deveria ser o centro, mas não o limite, dos afetos.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 58;

A verdadeira família de pessoas e nações repousa na paternidade de Deus e o seu conseqüente: a fraternidade dos homens. Ao se compreender esse ponto, elimina-se o tribalismo e o conflito entre pessoas e, portanto, entre as nações. Como o diz um belíssimo hino:

Ao teu irmão acolhe com ternura,
Pois reina Deus no terno coração;
Amar a todos, eis a prece pura:
Sorrir é hino, agir é oração.Hinário da Ciência Cristã, nº 217;

É preciso amar! — amar não só a nossa própria família, mas amar a todos, independente de raça, credo ou nacionalidade. Não precisamos nos deixar enganar pelo preconceito, a intolerância e o tribalismo que dividem a humanidade e sim ver cada indivíduo como ele é verdadeiramente, um filho querido de Deus. Ao curar o cisma “nós-eles” percebendo a imagem individualizada de Deus em vez de ver o homem mortal, daremos contribuição fundamental à paz mundial.

Nas rixas entre vizinhos, tanto quanto nos conflitos internacionais, o agressor é sempre o mesmo, e esse agressor não é o homem, porém o mal impessoal. A crença perniciosa de que exista um mortal que vive na matéria, com todas as crenças concomitantes inerentes nesse conceito (várias mentes, lealdades diversas, conceitos variáveis de realidade), traz inevitavelmente conflitos. Nossa Líder, a Sra. Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, escreve: “A crença errônea de que a vida, a substância e a inteligência possam ser materiais, produz ruptura, desde o começo, na vida e na fraternidade do homem.” Ciência e Saúde, p. 541;

O ponto de vista material que classifica e divide o homem em pessoas de posses e pessoas carentes, e separadas por barreiras religiosas, raciais e lingüísticas, vive de fato “breve tempo, cheio de inquietação”  Jó 14:1;. Mas o homem criado por Deus (o você e o eu reais) não é definido materialmente. O filho de Deus é perfeito, visto que a perfeição do Pai evidencia-se na perfeição de Sua imagem reflexa, o homem. As qualidades não divinais, tais como a agressividade, o preconceito, o ódio e a vingança são, portanto, qualidades não inerentes ao homem, e o homem não as pode manifestar. A partir deste raciocínio, está claro que o conseqüente (o homem) não pode incorporar coisa alguma que não seja inerente ao seu antecedente (Deus). O homem só é o que Deus o fez ser, nada mais, nada menos.

Em meio a esses conflitos mundiais, onde, então, encontram-se os filhos da criação de Deus? Aí mesmo onde o sentido material pretende que esteja o agressor, o vizinho hostil, o combativo membro de comissão na igreja, está o homem de Deus ainda por ser discernido. Com essa visão cristã do homem assoma a bênção: “Agora veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante do nosso Deus.”  Apoc. 12:10;

Nosso papel em prol da paz mundial está bem definido. Podemos substituir a ilusão agressiva do homem material pela verdade do homem de Deus. Podemos decidir-nos a contemplar e reconhecer apenas a semelhança de Deus — ver apenas o bem. Além disso, podemos viver o homem cristão eliminando de nossa própria vida a luta, o conflito e as inclinações agressivas. E talvez convenha perguntarmo-nos de quando em quando: “Estarei colaborando para a paz mundial ao oferecer uma vida livre de conflito?”

A Sra. Eddy explica: “O reino dos mil anos é um estado e um estágio de progresso mental, que se desenrola desde que existe tempo. Seu ímpeto, acelerado pelo advento da Ciência Cristã, é notável e aumentará até que todos os homens O conheçam (conheçam ao Amor divino) desde o menor deles até ao maior, e um só Deus e a fraternidade entre os homens sejam conhecidos e reconhecidos por toda a terra.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellancy, pp. 239-240.

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