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[Original em alemão]

Toda vez que o temor ou um opressivo sentimento de responsabilidade...

Da edição de abril de 1980 dO Arauto da Ciência Cristã


Toda vez que o temor ou um opressivo sentimento de responsabilidade me fazem duvidar de minha capacidade, constato que as verdades da Ciência Cristã acerca do homem real e do seu relacionamento com Deus são capazes de destruir tal depressão “pela renovação da [minha] mente” (Romanos 12:2).

Para mim a maravilha de tal renovação baseia-se no significado claro e evidente das seguintes palavras de um hino da Sra. Eddy (Hinário da Ciência Cristã, n° 207): “Refúgio verdadeiro é o Amor./ As armadilhas são visões mortais.” Foi-me comprovado que o refúgio no Amor está sempre disponível, demonstrando a irrealidade do mal e a totalidade do bem, em certa ocasião quando tinha pouca noção do que realmente era a Ciência Cristã.

Por ocasião do incidente eu era o mais verde dos novatos em dois sentidos: não só como engenheiro de vôo e radio-telegrafista de um avião monomotor, mas também como metafísico. Os vôos para os quais eu estava escalado ocorriam a cada duas semanas e duravam aproximadamente cinco dias entre partida e regresso, havendo, portanto, nove dias para manutenção no aeroporto de São Paulo, nossa base. Apesar de o avião e o motor serem muito bem construídos e haverem passado por rigorosos testes, tudo era periodicamente verificado: da hélice à cauda, e de asa a asa.

O plano de vôo para o primeiro dia previa uma viagem de mil quilômetros e cinco escalas. O avião estava lotado (cinco passageiros); o piloto tinha muita experiência; apenas o engenheiro de vôo não estava muito convencido de suas próprias qualificações. Eu estava bem familiarizado com o equipamento de vôo, mas não com o vôo propriamente dito. Depois de aproximadamente uma hora de viagem, tiveram início fortes vibrações que começaram a afetar todo o avião. Continuar o vôo em tais condições estava fora de cogitação.

Pouco depois, uma mudança na rotação do motor fez desaparecer as perigosas vibrações, mas não podíamos continuar o vôo com segurança se não fosse consertado o que causara as vibrações, que poderiam ocorrer novamente a qualquer momento.

Após bem sucedida aterrissagem num campo de pouso de emergência, e após haver sido enviado um telegrama solicitando a presença de um avião-socorro, postei-me diante do avião pensando no que fazer. Eu estava só. O piloto e os passageiros haviam ido para a cidade mais próxima, e eu agora dispunha de tempo e tranqüilidade para cuidar da situação. Dirigi-me à cabina, sentei-me em meu assento, e pela primeira vez esperei que Deus fosse me ajudar. Ao mesmo tempo, porém, estava muito cético, pois simplesmente não conseguia vislumbrar a maneira pela qual minha oração poderia fazer um avião avariado ter condições de vôo outra vez. A única arma de que dispunha era a “exposição científica do ser” (Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, p. 468): “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo. O Espírito é a Verdade imortal; a matéria é o erro mortal. O Espírito é o real e eterno; a matéria é o irreal e temporal. O Espírito é Deus, e o homem é Sua imagem e semelhança. Por isso o homem não é material; ele é espiritual.” Sete linhas que, segundo meu conceito da cura que se fazia necessária, deveriam resolver meus problemas assim que elas me tivessem ocorrido.

Imediatamente fiz-me três perguntas. Primeira: havia mudado alguma coisa como resultado da oração? Segunda: você sabe agora onde está o defeito? Terceira: você sabe o que deve fazer? Nesse ponto senti que minha oração havia falhado, conforme temera desde o início. Respondi as três perguntas resoluta e negativamente. Mergulhei num estado de prostração no que se referia ao aspecto profissional e religioso do caso, e vi confirmarem-se as palavras encontradas em Gálatas (6:3): “Se alguém julga ser alguma cousa, não sendo nada, a si mesmo se engana.”

Sem a menor contribuição de minha parte para que isto acontecesse, repentinamente a luz da percepção espiritual começou a brilhar.

Depois de alguns minutos levantei-me, ocupei o assento do piloto, inclinei-me sobre o parabrisa e abri uma tampa de inspeção localizada bem à sua frente. Enquanto isso se passava, eu me observava como se fosse uma terceira pessoa, manifestando desaprovação profissional por estar procurando o defeito longe das partes que se moviam e giravam no avião. A Mente onisciente, porém, sabia muito mais e assumiu o comando assim que meu falso senso de inciativa deixara de se manifestar.

Foram necessários poucos momentos para abrir a tampa de inspeção, constatar o defeito e saber como consertá-lo. Logo abaixo da tampa de inspeção, uma das correias que seguravam o tanque de óleo havia se rompido, fazendo com que o pesado tanque começasse a vibrar, e afetando finalmente o avião todo. Tratava-se de um lugar pouco comum para se procurar esse defeito. Toda a operação não durou mais de dois minutos.

Todas as três perguntas haviam sido respondidas afirmativamente. A presença benéfica da Mente onisciente e onipotente me havia sido revelada pela Ciência Cristã apesar de meu ceticismo, e ainda hoje continuo a usufruir grande benefício dessa experiência. Com um sentimento indescritível de reabilitação profissional e ressurreição religiosa corri ao rádio, cancelei o pedido de um avião-socorro, consertei o defeito, e estava pronto para prosseguirmos vôo quando o piloto e os passageiros voltaram da cidade.

“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Salmos 46:1). Com essa prova no bolso e com uma fé mais forte, mesmo que ainda não se constituísse em compreensão de minha parte, completamos o plano de viagem para aquele dia.


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